March 27, 2008

Dinheiro compra felicidade...desde que gasto com os outros!!!


Como adoro uma pesquisa, resolvi colocar a prova o último estudo divulgado pela mídia americana que diz que aqueles que gastam dinheiro com os outros sentem maior satisfação do que aqueles que preferem gastar comprando presentes para si mesmos.

Ontem, depois de uma semana muito feliz, quando pude deixar para trás tantas preocupações e tanto sofrimento, fiz o que meu coração já vinha pedindo há tempos. Resolvi fazer duas doações para duas causas que têm se tornado cada vez mais importantes para mim: American Cancer Society e St. Joseph Catholic Community.

É incrível como nosso humor muda quando enfim resolvemos fazer algo de bom. Entrei na igreja sorridente e saí de lá mais feliz ainda. Agora sou "registered parishoner" da igrejinha aqui no fim da minha rua. Decidi que queria ter uma relação maior com a igreja depois de ir à Missa dos Enfermos, que foi linda. Longe de mim ser fanática religiosa, mas já está mais do que na hora de me dedicar um pouco mais à minha fé.

Saí da igreja e fui direto para a American Cancer Society. Com a minha doação, comprei duas tochas e uma luminárias que serão acesas durante a Cerimônia dos Sobreviventes que abre o Relay For Life, em junho. Comprei uma para a minha avó, que sobreviveu a um linfoma não-Hodgkins, outra para mim e ainda uma luminária para o Ivan Karlos, um rapaz corajoso que luta bravamente contra um câncer de pulmão, mas que com a Graça de Deus, estará curado muito em breve.

Voltei para casa sorridente, afinal quem não gosta de ver outras pessoas sorrindo. E não custa tanto assim... Acho que os cientistas de Harvard mais uma vez estão certos.

Para quem tiver interesse, aqui embaixo há mais informações sobre o estudo.

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Uma pesquisa recente revelou que aqueles que gastam uma quantia razoável com outras pessoas experimentam maior satisfação do que aqueles que compram presentes para si mesmos, Cientistas da Universidade de Harvard reuniram 632 americanos e fizeram perguntas sobre sua renda, seus hábitos de consumo e seu nível de felicidade.

Separadamente, os especialistas reuniram 16 profissionais que estavam prestes a receber um bônus entre US$3.000 e US$8.000, e fizeram as mesmas peguntas oito semanas antes e depois do bônus.

Na primeira experiência, os resultados mostraram que o nível de renda dos entrevistados não era um fator a ser considerado no nível de felicidade, que era mais alto naqueles que gastavam dinheiro com outros, se comparados com aqueles que gastavam consigo mesmos. A segunda pesquisa mostrou que o aumento no índice de felicidade dos funcionários Não foi afetado pelo tamanho do bônus. Entretanto, este mesmo índice parecia aumentar em relação à quantia que os funcionários gastaram com outras pessoas ou doaram para caridade, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

“A maioria das pessoas imaginaria que se você ganha mais dinheiro você vai ser muito mais feliz,” disse o Professor Michael Norton, da Universidade Harvard. “Nossos resultados, e os resultados de muitas outras pesquisas, mostram que ganhar mais dinheiro tornam você uma pessoa um pouco mais feliz, mas não tem um impacto imenso. Nossos estudos mostram que talvez sejam as pequenas mudanças na forma como você gasta este dinheiro que fazem a diferença”.

The Telegraph, um outro diário britânico, reportou que um estudo seguinte onde os especialistas deram aos pesquisados US$5 ou US$20 para gastarem como quisessem, revelou que aqueles que gastaram o dinheiro com outras pessoas se disseram mais felizes se comparados àqueles que gastaram o dinheiro em si mesmos.

“Então em vez de comprar um cafezinho para você, compre um café para o seu amigo e isso pode fazer de você realmente uma pessoa mais feliz”, disse Norton.

Norton é co-autor do estudo realizado em parceria com Dr. Elizabeth Dunn e a mestranda Lara Aknin, da Universidade de British Columbia, no Canadá.

3 comments:

Anonymous said...

Dani, longe de mim querer mudar de foco, mas para vc que adora uma pesquisa como eu e aproveitando as comparações entre seus países do coração, hoje me deliciei lendo sob o sol do nosso céu azul o Globo de Hoje, uma análise do IBGE com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad. Destaco algumas frases que me chamaram atenção:
- Entre os mais pobres, quase metade não tem bolsa-família
- Famílias usam dinheiro do programa para comprar equipamentos para casa.
- "Efeito-preguiça" do Bolsa preocupa (ps meu: ganhando 450 por que tem 3 filhos, trabalhar para que?! Se eu ganhasse trabalhando isso ia me sentir roubada! rsrs)
- "O programa não substitui a Educação" (Eduardo Rios Neto, pesquisador e professor de demografia da UFMG e especialista em avaliação de programas de transferência de renda.
Sendo do time de avaliação e cada vez mais trabalhando com avaliação de impacto da educação, adorei quando ele disse que a exigência de que haja comparecimento na escola para que o benefício seja recebido, não garante a aprendizagem. "Para avaliar o impacto, era preciso comparar pobres que recebem o benefício e pobres que não recebem." Grupo de controle não é interesse para quem está atrás de voto.
Veja se acha na internet essa reportagem. Vale a pena.
Beijos de sua amiga viciada em blogs e uma das que acompanha sempre o seu,
Cristina Palmeira

Dani said...

Cris,
Vou procurar a reportagem.
Sabia que alguém me disse que tinha "perdido" a empregada, pois ela ganhava mais ficando em casa com o bolsa-família do que trabalhando em "casa de madame"? Inacreditável, né? Interessante ver que os favorecidos com o benefício usam para melhorias na casa e não com os filhos... Político oportunista não quer saber de estudo sério, só quer saber de voto.
Triste.
Beijos...adoro suas visitas!

Anonymous said...

Que bom Dani que vc gostou, é isso mesmo, já não bastava as pessoas que pediam para ser demitidas na empresa de gás que eu trabalhava para poder terminar a reforma na casa e isso eu tô falando de 8 anos atrás!
E viva o oportunismo :-(

Procura lá, em todo caso, vou separar para vc e conforme for levo em mãos. :-)
E nem falamos da dengue ainda né?