January 10, 2013

Rio

Sempre digo que se ganhasse na loteria, passaria metade do ano aqui e metade nos EUA, evitando assim eternamente o inverno, o frio e a escuridão, que definitivamente não combinam comigo. Acho que para me conformar, minha mãe e minha irmã sempre dizem que a vida nos EUA é melhor para minha saúde. De acordo com elas, o nível de stress é menor -- menos violência, menos burocracia (alô Detran!), e menos frustração, em compensação, mais paz, mais disciplina e mais civilidade. E claro, menos sol, pois apesar de branquela eu adoro uma praia, uma piscina e às vezes sou meio negligente com o filtro solar.

O Rio nunca teve tantos expatriados quanto agora -- isto é nítido. Por todos os lugares, vejo crianças falando inglês ou outra língua estrangeira, e muitos adultos que certamente não nasceram aqui. Apesar da desaceleração da economia, parece que os estrangeiros realmente resolveram arriscar e investir aqui. Acho que por enquanto este não será o meu caso, uma vez que o Blake é funcionário público e eu ainda não consegui um emprego virtual. Além disto há a tal "qualidade de vida" que no Rio custa caro. As escolas públicas de Maryland ainda oferecem uma qualidade que só pode ser comparada às melhores escolas particulares, que aqui têm custo absurdo. Sem falar nas atividades extracurriculares -- tudo pela hora da morte!

Mas que há mais vida, mais movimento, há. Por enquanto, só me resta aproveitar estes dias e recarregar as baterias para o que me aguarda na volta a Maryland. Rio a longo prazo, só de férias. Pelo menos até eu ganhar na loteria...pena que não jogo nunca.