tag:blogger.com,1999:blog-3387254411989373582024-02-07T23:37:01.099-05:00CONTEMPORARY CINDERELLAE viveram felizes para sempre... ....Unknownnoreply@blogger.comBlogger941125tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-8937252874527482082020-11-29T09:22:00.024-05:002020-11-29T09:48:29.022-05:00Sonhos que viram realidade <p>Se você chegou aqui em busca de informações sobre câncer de fígado, tenho ótimas notícias. Este blog não era atualizado há anos porque eu estava muito ocupada vivendo a vida pela qual tanto lutei.</p>
<p>Durante um período muito difícil foi na escrita, neste blog, que encontrei refúgio, acolhimento e inspiração. Numa época tão importante para mim, numa época onde havia muito mais dúvidas do que que repostas, a capacidade de externar o que acontecia dentro de mim me permitiu seguir em frente.</p>
<p>Estes posts quase diários me ajudaram a escrever a minha história. E olhando para trás, acho que de alguma forma as minha palavras, às vezes duras, às vezes confusas, às vezes esperançosas talvez possam ajudar alguem que esteja atravessando um problema semelhante. Lembro-me de quando adoeci o que mais queria era encontrar alguém que tivesse passado por situação parecida. Nos idos de 2002, não encontrei ninguém. Uma pessoa sequer que tivesse enfrentado um câncer de fígado e tivesse sobrevivido para me dizer que o meu desafio era difícil mas era possível.</p>
<p> fé, segui em frente, sem manual de insutruções, sem guia, sem ideia do que me esperava pela frente. Respirando fundo, com muito apoio da minha família e dos meus amigos, vivendo um dia após o outro, consegui. Cinco anos mais tarde, quando achei que aquele capítulo da minha vida já estivesse encerrado, eis que a doença mais uma vez cruzava o meu caminho.</p>
<p>Foi aí que entendi o papel que me cabia. E o livro que eu queria ter lido em 2002, o livro que me traria esperança, o livro que me traria alento...ainda precisava ser escrito. Nessa hora percebi que era meu dever documentar o que se passava na minha cabeça e na minha alma diariamente para que um dia pudesse olhar para trás e entender a minha jornada.</p>
<p>Mantive este blog ativo por quase três anos com o objetivo de descobrir o que se pasava dentro de mim e de compartilhar as minhas experiências -- boas e ruins -- com quem quisesse me ouvir ou ler. De repente, me dei conta de que tinha bastate material para publicar um livro. O tal livro que que queria ter lido e ainda não tinha sido escrito. Dez anos se passaram e, numa série de coincidências e acontecimentos pouco prováveis que o ano de 2020 nos trouxe, senti uma força muito grande que me impulsionou a lançar o livro agora. Percebi que se em 2002 não pude encontrar ninguém para me mostrar o caminho, em 2008 me tornei eu mesma a minha guia. E hoje em 2020 estou aqui, "Viva Para Contar". </p>
<p>Então se você quer saber mais detalhes dessa caminhada, espero que encontre no meu livro inspiração e esperança. O livro impresso em português sai em meados de 2021, mas enquanto isto o eBook já está disponível online na <a href="https://www.amazon.com.br/contar-Reflex%C3%B5es-sobre-C%C3%A2ncer-Juventude-ebook/dp/B08LNY2X3M" target="_blank" rel="nofollow">Amazon Brasil</a> <a href="https://www.amazon.com/Viva-Para-Contar-Reflex%C3%B5es-Portuguese-ebook/dp/B08NJFL917/ref=sr_1_1?crid=26NT1HPRX9TNM&dchild=1&keywords=viva+para+contar&qid=1606659352&sprefix=viva+para+contar%2Caps%2C174&sr=8-1" target="_blank" rel="nofollow"> e Amazon.<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nmkdoEva3YCAnXN3mfZx49AqdrT0gJ2tqg_Jhgh84TLWmTSItWW1hroCwKCg5eC0zpz-cmBhoQqZeg3ANy5zTl2FDDHzBHyxW8cekx6g1orEjnHoBmlXh_669uTZP65jvtjqQXt2ZzE/s2048/capa-vivaparacontar-frente-alta+_resize.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="320" data-original-height="2048" data-original-width="1426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_nmkdoEva3YCAnXN3mfZx49AqdrT0gJ2tqg_Jhgh84TLWmTSItWW1hroCwKCg5eC0zpz-cmBhoQqZeg3ANy5zTl2FDDHzBHyxW8cekx6g1orEjnHoBmlXh_669uTZP65jvtjqQXt2ZzE/s320/capa-vivaparacontar-frente-alta+_resize.jpg"/></a></div></a> </p>
<p>E se você quiser deixar uma resenha lá, vou ficar enternamente grata.</p> A versão em inglês deve sair na segunda metade de 2021!
<p>Muita saúde sempre!</p>
<p>Dani</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-27997855421910792902013-11-29T21:25:00.001-05:002013-11-29T21:25:25.593-05:00Stationery Card<div class="sflyProductPreviewWidget" style="width:425px; height:494px;"><div class="sflyProductPreviewWidgetTop" style="height:6px; background-image:url(http://cdn.staticsfly.com/img_/share/preview/msc/widget/top.gif);"></div><div class="sflyProductPreviewWidgetCenter" style="height:482px; padding: 0 6px 0 6px; background-image:url(http://cdn.staticsfly.com/img_/share/preview/msc/widget/bg.gif); background-repeat:repeat-y;"><div class="sflyProductPreviewLogo" style="width: 105px; height: 34px; padding: 14px 0 0 14px;"><img src="http://cdn.staticsfly.com/img_/share/preview/msc/widget/logo.gif" style="padding: 0; background: #ffffff; border: none; box-shadow: none;"></div><div class="sflyProductPreviewContainer" style="height:350px; text-align:center; padding: 0;"><a rel="nofollow" href="http://share.shutterfly.com/action/welcome?sid=0AcMnLJozbNmb1Q&cid=SFLYOCWIDGET&eid=115"><img src="http://images-community.shutterfly.com/prs/v1/0AcMnLJozbNmbg/0AcMnLJozbNmbvWg/p/67b0de21b3127d902548/JPEG/1385778315000/0/" style="padding: 0; background: #ffffff; border: none; box-shadow: none;"></a></div><div class="sflyProductPreviewMessageContainer" style="height:55px; background-color:#f4f4e9; text-align:center; padding: 15px 0 15px 0; line-height: 19px;"><div class="sflyProductPreviewTitle" style="font-family: arial, sans-seris; font-size: 15px; color: #333333; font-weight: bold;"><span>Stationery Card</span></div><div class="sflyProductPreviewViewCollection" style="font-family: arial, sans-seris; font-size: 13px; color: #333333;"><span>View the entire <a rel="nofollow" href="http://www.shutterfly.com/cards-stationery" style="color: #6666cc;">collection</a> of cards.</span></div><img width="1" height="1" border="0" style="padding: 0; background: #ffffff; border: none; box-shadow: none;" src="https://os.shutterfly.com/b/ss/sflyshareprod/1/H.15/111?pageName=sharekey&c1=msc&c2=blogger" /></div></div><div class="sflyProductPreviewWidgetBottom" style="height:6px; background-image:url(http://cdn.staticsfly.com/img_/share/preview/msc/widget/bottom.gif);"></div></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-2841763617887056072013-05-28T14:37:00.000-04:002013-12-07T22:28:38.110-05:00Como Cancelar um Atração na Disney<p>E para quem acha que a diversão na Disney foi só o que viu nos dois vídeos postados do post passado, está muito enganado. A nossa maior aventura na Terra do Mickey Mouse foi mesmo acabar com a alegria de centenas de crianças que estavam sentadas e finalmente assistiam a última performance de <a href="https://disneyworld.disney.go.com/entertainment/animal-kingdom/finding-nemo-the-musical/">Finding Nemo</a>, no Aninal Kingdom. </p>
<p>Mas vamos começar do início. Até que o dia não tinha sido dos piores e o Joaquim estava se portando incrivelmente bem. Bem verdade, o Animal Kingdom é o melhor parque para crianças menores -- tem muita coisa ao ar livre e espaço para os pequenos brincarem mais soltos -- mas ele parecia estar gostando das mísicas e dos bichinhos. </p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggJs83MBpKrrf_FKIc30DwxqWQu_g8ppRWHhiX8_G2FijRSQRgMwCQzscpM-InEYtVezzCbOIfI_jac6wkY-KJhojKSvFto8w6MJa3Ax1ctOuCRRI_U7EV_6jeEuAoylrE4pfiU6fX0Nc/s1600/photo+(2).JPG" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggJs83MBpKrrf_FKIc30DwxqWQu_g8ppRWHhiX8_G2FijRSQRgMwCQzscpM-InEYtVezzCbOIfI_jac6wkY-KJhojKSvFto8w6MJa3Ax1ctOuCRRI_U7EV_6jeEuAoylrE4pfiU6fX0Nc/s320/photo+(2).JPG" /></a>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgB3oOV5He_e8dqp3kTcRzS3FRVq9EIWnMrfg8GY39HrdqR9P9QpdSHGqBWjSzy9NjXlW5RwQHDk_ikrVyUknnNFEDWQAGSqpO_lka-nXMBlVlV8J1WzrjMIYjGAjpqzTK2UWNDrDajNA/s1600/photo+(3).JPG" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgB3oOV5He_e8dqp3kTcRzS3FRVq9EIWnMrfg8GY39HrdqR9P9QpdSHGqBWjSzy9NjXlW5RwQHDk_ikrVyUknnNFEDWQAGSqpO_lka-nXMBlVlV8J1WzrjMIYjGAjpqzTK2UWNDrDajNA/s320/photo+(3).JPG" /></a>
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/vUKU6P2SAHQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<p>Depois de um tempinho, o Joaquim acabou dormindo durante algumas horas no início da tarde -- só assim pudemos almoçar em paz. Dpois disto, ainda se divertiu bastante a bordo do jipe fazendo safari e tocando uns tambores que ele adora. Por mim, já poderíamos ir para casa. Mas no finalzinho do dia, as meninas pediram muito para ver o show de marionetes Finding Nemo e resolvemos por consenso atender ao pedido.</p>
<p>Já sabendo do risco, Blake, Joaquim e eu resolvemos sentar mais perto da saída. O Joaquim não gosta muito destes shows: muito barulho e escuridão, mas não custava tentar. Logo que as luzes se apagaram o primeiro sinal: "All done now," código do Joaquim nos avisando que dentro de alguns segundos ele começaria a berrar. Ainda tentamos mais alguns minutos, mas ficou muito claro que a situação só iria piorar e o "All done now" continuava de forma insistente e cada vez mais estridente! Nos preparamos então para uma saída rápida e discreta, mas foi aí que tinha um ferro no meio do caminho... E o Blake deu uma pancada tão grande com o joelho neste ferro do encosto dos bancos que nossa fuga tornou-se ainda mais frustrada.</p>
<p>Rapidamente, ele me passou o Joaquim, sentou na fileira mais próxiam a saída e me pediu que levasse o Joaquim e seguisse sem ele, que estava com muita dor. Com o Joaquim aos berros e se debatendo no meu colo, saí correndo pela porta de emergência o mais rápido que pude. A última coisa que vi foi o Blake sentado com a mochila no colo. </p>
<p>Corta!</p>
<p>Já lá fora, perto da saída de emergência a situação é a seguinte:</p>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0m5EAB2UzEsFTsfFk1iKmxGWyhNzHmJ1nMyMwVUuy6zHGV2UG1ghOK_LnNRut8mza-C2HO66tQOqFe_ofqpH6Gvmj9tDXDebds0gdfdj_rxUa3xLjN1BGadpujXctcLJmYAJdCPGstZ0/s1600/photo+(4).JPG" imageanchor="1" ><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0m5EAB2UzEsFTsfFk1iKmxGWyhNzHmJ1nMyMwVUuy6zHGV2UG1ghOK_LnNRut8mza-C2HO66tQOqFe_ofqpH6Gvmj9tDXDebds0gdfdj_rxUa3xLjN1BGadpujXctcLJmYAJdCPGstZ0/s320/photo+(4).JPG" /></a>
<p>Eu esperando o Blake sair para fugir para as montanhas... Joaquim aos prantos, jogado no chão, berrando "Daddy, daddy, daddy!" E um minuto se passa. E mais cinco se passam. E dez...e nada do Blake! Resolvo voltar ao teatro com Joaquim berrando no meu colo, no meio da escuridão. E para não atrapalhar ainda mais o show, tento tapar sua boca com a mão, o que de nada adianta.</p>
Ao entrar no teatro vejo o Blake no chão, amaparado por um senhor e rodeado por muitas pessoas -- todas estranhas. Perguntei se o Blake havia machucado o joelho, mas algo naquela cena me causava estranheza... E o senhor que amparava o Blake disse que não. Pensei rapidamente num ataque de pânico ou coisa parecida, mas antes que dissesse mais algo, o senhor se adiantou "Foi uma convulsão, e das bravas." Como assim!? Fiquei ainda mais atônita.</p>
<p>A poucos metros dali, praticamente a minha família inteira assistia inocentemente o show das marionetes, até que decidi estragar a festa da galera. Logo avistei a minha irmã e vocês imaginem o que eu disse para ela... Aliás, melhor não. Mas foi mais ou menos "Sua pateta, tá fazendo o que com esta cara de paspalha que ainda não levantou para me ajudar? Meu marido estirado no chão, meu filho tendo um ataque, eu sozinha aqui e você aí achando graça no peixinho que se perdeu do pai?! Fala sério, vem aqui AGORA!!!" Ela, coitada, meio tonta, na maior inocência, tentando se locomover com sua barriga de seis meses atráves das cadeiras sem entender nada...</p>
<p>Finalmente, ela chegou e tirou o Joaquim do meu colo. Na mesma hora chegaram os paramédicos da Disney e a equipe de socorro. Logo depois, as luzes se acenderam e, para desespero das centenas de crianças que estavam se divertindo horrores, ouvimos o comunicado "Sentimos muito informar que a atração Finding Nemo foi cancelada por hoje. Por favor, dirijam-se para a saída mais próxima.</p>
<p>Só que a nossa aventura estava só começando. Assim que os paramédicos chegaram , mediram a pressão e examinaram a glicose do Blake -- sim minha gente, ecocardiograma e exame de sangue no ato!!! -- para um diagnóstico preliminar. Perguntaram sobre o histórico de saúde do Blake, fizeram umas outras perguntas a ele e determinaram que não devia se tratar de convulsão -- ele estava muito alerta e não havia feito xixi na calça -- quem disse que Disney não pode ser cultura. Discovery Channel é pouco, a gente gosta é de reality mesmo!</p>
<p>E assim, o Blake e eu deixamos Nemo e seus amiguinhos pela porta dos fundos a bordo de uma ambulância e seguimos para o hospital. Próxima atração: emergência num sábado à noite! Mas é aí que a história fica boa...</p>
<p>Brasileiros e brasileiras, a gente chega na emergência de um hospital num sábado à noite e espera encontrar:
( ) um monte de gente bêbada e fedorenta na sala de espera e funcionários mal humorados
( ) Pato Donald e Mickey Mouse batendo um papo cabeça
(x) Gente educada e funcionários sorridentes e de bem com a vida</p>
<p>Pois é, it's the happiest place in the world after all, pelo menos para o staff do <a href="http://www.orlandohealth.com/drpphillipshospital/">Dr. Phillips Hospital</a>, em Orlando. Este blog não é de dicas de viagem, mas modéstia à parte, de hospital eu entendo!!!</p>
<p>Fomos superbem recebidos, desde a recepcionista até o médico. Todos nos perguntando pelo Joaquim e se precisávamos de mais alguma coisa. Nos oferecendo comida e bebida -- pelo menos pra mim até que o Blake fosse examinado -- e explicando, passo a passo, o que estava acontecendo. A enfermeira tinha o cabelo mais lindo da Florida -- liso, cheio, negro -- e era uma simpatia. Parecia genuinamente preocupada com nosso bem estar.</p>
<p>Minutos depois entra o médico todo sorridente, digno do elenco de ER ou Grey's Anatomy -- uns 50 anos, cabelo meio grisalho e olhos super azuis -- dava de 10 no George Clooney e no Patrick Dempsey e ainda tinha a vantagem de ser médico de verdade! Ele olha pro Blake e logo diz: "Queria muito ver você, pois acredite se quiser, a mesmíssima coisa me aconteceu quando eu tinha uns 30 anos. Bati com a perna na quina de uma mesa e acordei a uns 5 metros de onde estava. Também me lembro de ter tido uns sonhos muito reais num breve espaço de tempo. Coisa muito estranha." E segundo o doutor do olho azul, depois dos exames mais detalhados que afastaram outras possibilidades mais sérias como arritmia ou outros problemas cardíacos, o que o Blake teve mesmo foi uma síncope. Pois é, a gente vive usando o termo e não sabe direito o que é. No caso do Blake, o diagnóstico final foi "<a href="http://www.healthguidance.org/entry/12051/1/Vagal-Nerve-Fainting.html">síncope vasovagal</a>" </p>
<p>E a tal "convulsão" na verdade foi resultado do sonho que o Blake teve: ele estava tentando dirigir um carro que tinha perdido o controle e havia pessoas o impedindo de alcançar o volante. Então ele tentava se desvencilhar das pessoas que na verdade estavam tentando ajudá-lo. Mas para quem via de fora, parecia que ele estava se debatendo, sofrendo uma convulsão. Imaginem o susto! E tudo isto ao som da trilha sonora de Finding Nemo!!!</p>
<p>Já mais trabquilos, recebemos alta. Felizmente tudo não havia passado de um grande susto. Ao chegar no hotel, encontramos o Joaquim feliz e brincando com seus avós e priminhos. Graças a Deus, sem nenhum sinal de trauma. Mas Disney e síncopes, nem tão cedo para gente! Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-63600235911887332702013-05-21T14:11:00.001-04:002018-10-28T21:55:40.099-04:00Disneyworld com crianças, ou melhor, com o Joaquim
<br />
Não faço muitos posts de viagem porque sinceramente não tenho muito saco e tem gente que faz isto superbem. Então se você quiser dicas bem bacanas de viagem, sugiro visitar os blogs excelentes <a href="http://www.aprendizdeviajante.com/">Aprendiz de Viajante</a>, <a href="http://luciana.misura.org/">Colagem </a>e <a href="http://drieverywhere.net/">Dri Everywhere</a>. Mas se você tem um filhote que é impossível e se acha a pior mãe do mundo porque não consegue fazer com que o pequeno se comporte direito, pode puxar uma cadeira que tenho história para contar.<br />
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Primeiro a boa notícia: você não está só. Em Maryland, bem no meio do caminho entre Washington e Baltimore, mora um casal que depois de anos tentando engravidar conseguiu finalmente realizar este sonho: em 9 de dezembro de 2010, veio ao mundo nosso pequeno Joaquim, que apesar do nome de santo, de anjinho não tem nada. Chegou com três dias de atraso e cheio de atitude. O Joaquim é uma criança adorável. É um menino inteligente, carinhoso, espirituoso. Mas é também teimoso, marrento e determinado, que é como suas professoras preferem descrever sua filosofia de só fazer o que quer. Nem imagino a quem ele deve ter puxado... E nem venham dizer que ele é mimado, porque quem conhece a gente pode atestar o contrário.<br />
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Mas chegando logo ao ponto do post, muitos amigos andam me perguntando como foi a viagem, então resolvi tocar no assunto aqui. Conhecendo muito bem o filho que tenho, a ideia de levar o Joaquim a Disney antes dos 10 anos sequer nos passava pela cabeça. Mas é aí que entram as tais circunstâncias e a família inteira resolve ir pra Florida passar 10 dias, pois era a última chance das minhas sobrinhas irem a Disney antes da irmãzinha delas nascer, em agosto. E como a nossa última viagem a Disney em família tinha ocorrido em meados dos anos 90, quando éramos só nós cinco, a ideia de reunir a "grande família" que contando agregados e família da família, chegava a 14 pessoas, não resisti. Já ciente do "desafio", me programei pra ir com o Blake e Joaquim mas para passar só quatro dias. Não ajudou muito a minha viagem de trabalho a Portland, Oregon, na semana anterior. Depois de dias longuíssimos e muitas horas no ar, fioquei exausta, mas nada que se comparasse aos quatro dias de calor escaldante em Orlando com o Joaquim.
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<br />Queria dizer pra vocês que foi tudo uma maravilha, mas convenhamos que Disney com quatro crianças de menos de quatro anos é só para os fortes. Some-se ainda a esta equação o fato de que o mais novo da turma era o Joaquim -- também o mais barraqueiro. Dá para imaginar o imbroglio! As meninas, Chiara e Giovanna, de quase quatro e cinco anos (fazem aniversário em julho) amaram. O Felipe, priminho delas, de quase três (aniversário em junho) não aproveitou tanto assim, mas se portou superbem. (Mas também o Felipe é um ANJO!) E o Joaquim, ah o Joaquim...bom não dá nem para colocar em palavras...<br />
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Juro quer gostaria de dizer que os quatro dias foram assim:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LVaoHAe8Yqo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> <br />
Mas estaria mentindo e eu não sei mentir. Então vejam vocês com seus próprios olhos:<br />
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/O6HYT0lFbgE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe> <br />
Então é por estas e outras que nosso próximo passeio à Disney não deve acontecer nem tão cedo. Pelo menos até que me recupere do trauma desta viagem -- então bota tempo nisso!Unknownnoreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-9660451620093573792013-04-15T12:41:00.000-04:002013-04-15T12:41:15.623-04:00A Maternidade e as Escolhas<p>Faz tempo que não venho aqui, mas com filho pequeno, trabalho novo, promoção e viagens, sobra pouco tempo para fazer qualquer coisa. Meus amigos e familiares bem sabem que telefonema meu só nos horários de sete às oito da manhã ou entre cinco e meia e seis e meia da tarde, do carro indo ou voltando do trabalho, graças ao Skype e ao Viber. Chegando em casa é aquela correria, filho, jantar, banho, historinha, cama. E no dia seguinte, tudo de novo. </p>
<p>O Joaquim é o maior milagre que aconteceu na minha vida e hoje não consigo nem imaginar nossa vida sem ele. Não estou aqui para reclamar da vida -- aliás não tenho motivo -- mas mal consigo me lembrar dos tempos que fazia aquilo que queria na hora que queria. Hoje, tudo tem que ser bastante planejado e muito bem negociado para que nem eu nem o Blake nos sintamos ainda mais sobrecarregados. Com a chegada do Joaquim também aprendemos que não somos mais senhores do nosso destino, e repondemos também a um senhorzinho de dois anos muito temperamental. Nossa vida virou um enorme jogo de erros, tentativas e acertos. E alguns planos que de início parecem maravilhosos volta e meia acabam em enormes fiascos. Tipo a nossa entrada na academia.</p>
<p>Depois de relutar bastante, finalmente resolvi que frequentar a academia seria bom pra família toda: O Joaquim faria natação uma vez por semana e nos outros dias ficaria na creche da academia enquanto eu e o Blake nos exercitaríamos. Ideia brilahte, né? Afinal o Joaquim vai para creche desde os três meses e adora esporte e na creche da academia tem tudo. O primeiro dia foi ótimo. Já podia imaginar o resto dos nossos finais de semana: cedo para a aula de natação, depois yoga/pilates e bicicleta, enquanto o Blake malhava e o Joaquim brincava com os amiguinhos na creche. Ideal! Só que este cenário idílico só durou UM DIA! No dia seguinte, enquanto eu estava na yoga, o Blake foi chamado pelo autofalante da academia -- Joaquim fazendo escândalo! E no fim de semana seguinte, a aula de natação, que no primeiro dia tinha sido ótima, foi um horror. O Joaquim não gostou nenhum pouco de seguir as ordens da professora. Então depois disso, o Blake e eu acabamos nos revezando em casa e na academia, o que não fazia o menor sentido, já que o objetivo era um programa em família. Pois é, ao que tudo indica, vamos cancelar a academia e aproveitar a piscina do condomínio. Quanto a mim, acho que vou ter que tomar coragem e enfrentar o eliptical lá do basement. Mas vamos combinar que para uma extrovertida preguiçosa, a ideia de passar meia-hora que seja suando no eliptical enfiada no basement é tão tentadora...quanto uma visita ao inferno. Mas vamos que vamos!</p>
<p>Minha sábia avó já dizia que ser mãe é padecer no paraíso. Agora te entendo bem, Vozinha. O negócio é que, ao contrário de muitas mulheres, meu sonho nunca foi ser mãe. Acho que até queria, mas nunca foi minha prioridade, até que me deparei com a real impossibilidade. Engraçado, né? Nunca fui daquelas mulheres -- e conheço várias -- que diziam que iam ter um filho de qualquer forma: casada, solteira, produção independente, com esperma de doador. Apesar de ser muito emocional, neste quesito sempre fui prática. Se eu tivesse um filho, queria que ele fosse resultado de um relacionamento bacana, queria ter um parceiro que estivesse tão investido no projeto de vida quanto eu. Acho que foi por isto que demorei tanto... A minha avó, sempre ela, já estava até me dizendo que eu poderia até esperar mas deveria logo congelar meus óvulos! Isto em 1999! Não disse que a minha avó era uma mulher à frente do seu tempo?</p>
<p>O fato é que o tempo foi passando e quando achava que estava pronta para engravidar, o câncer voltou e mudou completamente as regras do jogo. Quando adoeci pela primeira vez, aos 28 anos, nem me preocupei com a questão da fertilidade, afinal não fiz quimioterapia sistêmica, o tipo de câncer não tinha causa hormonal e eu não tinha nenhum plano de me casar. Mas cinco anos depois, a situação era completamente diferente: estava cinco anos mais velha, ia fazer um ano de casada e queria logo aumentar a família. Pois é, até a vinda do bebê tinha sido pensada. Por que não engravidei logo que casei? Porque tanto o Blake quanto eu achávamos que deveríamos primeiro construir um relacionamento sólido e estável primeiro. Um ano era o nosso prazo e como tudo estava indo maravilhosamente bem, já estávamos pensando em encomendar o bebê. Só que não foi bem assim. E vou dizer que quando recebi a notícia da recidiva, recém-casada, aos 33 anos, com um histórico de saúde complicado, foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Se receber a notícia de que você tem câncer é terrível, imagina receber a notícia de que ele voltou cinco anos depois, quando você deveria estar "curada"? E que todos aqueles planos maravilhosos que você tinha agora são pensamentos distantes. Só quem passou por isto sabe. Acreditem, ninguém quer saber.</p>
<p>Mas tudo bem, os dois anos passaram e recebi "permissão" para engravidar. Alguma pessoa normal consegue imaginar uma coisa destas? Sim, permissão de uma comissão internacional de seis médicos entre hepatologistas, oncologistas, ginecologistas, clínicos gerais e especialistas em reprodução assistida, da UFRJ e de Johns Hopkis. Claro que poderia ter engravidado sem a permissão de ninguém, ou ao menos ter tentado, mas calculo muito bem os meus riscos. E então depois de tentar engravidar sem sucesso durante um ano, a mesma comissão me autorizou a fazer a fertilização in vitro. E depois de dois meses, alguns exames invasivos, uns procedimentos, muitos exames de sangue, e de umas 200 injeções, consegui engravidar na primeira tentativa. Fiquei em estado de choque, pois para mim nada vem de primeira. Até senti uma culpa estranha, mas logo passou e quando o Joaquim nasceu saudável e cheio de atitude, entendi que a tranquilidade tinha acabado ali.</p>
<p>O que muita gente não conseguia entender é que depois de tanto sofrimento e esforço eu sequer pensava em largar minha carreira para ficar em casa com o meu filho. Pois é, isto nem me passava pela cabeça -- culpa da minha mentalidade de neta de imigrante que acha que sucesso é igual à carreira ou da minha veia workaholic. A verdade é que só comecei a pensar seriamente no assunto maternidade quando vi amigas que tinham filhos pequenos indo a happy hour, saindo no fim de semana, sempre super arrumadas e muito estilosas. Longe de mim ser egoísta, mas virar bruxa depois de mãe, nem pensar! Eu achava mesmo que dava para dar conta de tudo: uma carreira bacana, um trabalho interessante, uma casa linda, filhos bem cuidados, um marido feliz e uma mãe bonita e bem arrumada. Santa inocência!</p>
<p>Olhando para trás, vejo que tinha uma visão completamente equivocada da maternidade. Pelo menos da maternidade nos EUA, onde você está certamente "on you own", usando uma expressão deles. Pois aqui não existe licença-maternidade: algumas empresas fazem a "caridade" de guardar sua vaga por 12 semanas enquanto você fica em casa com o bebê, mas você não recebe NADA por isto. Auxílio-creche? A mãe americana se vira como pode e o Tio Sam permite que você abata $5000 por ano do imposto de renda com despesas deste tipo. O que não contaram para ele é que aqui nos arrredores de DC, uma creche decente não sai por menos de $20.000 por ano! Só a creche -- fora as atividades extracurriculares. Família? Aqui, salvo raríssimas exceções, é cada um por si. Agora que o Joaquim está maiorzinho a minha sogra fica com ele uma noite por semana, o que é um prêmio, mas filho é responsabilidade dos pais e ponto final. Babá/nanny? Bom, aí já é problema meu, pois pelo preço que pagamos de creche, sem dúvida conseguiríamos contratar uma nanny. Só que a ideia de deixar uma estranha sozinha na minha casa cuidando do meu filho me dá calafrios. Sei lá, de repente leio muito jornal, thanks, but no thanks! A única pessoa que eu sequer cogitaria é a nossa housekeeper/cleaning lady/faxineira que vai lá em casa a cada duas semanas e é como se fosse da família. Mas como ela não pode, nem penso na hipótese.</p>
<p>E nesta vida corrida e maluca aqui nos EUA, tem dias que eu acordo e me sinto a supermulher por poder dar conta de tudo. Outros dias acordo me perguntando como é que vou conseguir fazer tantas coisas em 24 horas. Às vezes chego em casa me sentindo uma fracassada. Mas algumas vezes, depois de um dia produtivo no trabalho, quando consigo fazer um jantar legal e colocar o Joaquim para dormir, eu e o Blake trocamos um olhar cheio de cumplicidade e respiramos aliviados: missão cumprida -- amanhã tem mais. E numa época que as mulheres americanas se perguntam incessantemente se se pode ter tudo ao mesmo tempo, acho que tenho a minha resposta. Hoje, depois de uma viagem relâmpago a Porland a trabalho e de um fim de semana cuidando do pequeno que está com otite outra vez, vim para o escritório e o Blake ficou em casa de manhã com ele até a minha sogra chegar. Como diz a Hilary Clinton, <i><i><a href="http://www.amazon.com/Takes-Village-Hillary-Rodham-Clinton/dp/B004J8HXQS">it takes a village</a><a href="http://www.amazon.com/Takes-Village-Hillary-Rodham-Clinton/dp/B004J8HXQS"></a></i></i>. Se pode ter tudo, não sei, mas pesno que se pode ter muita coisa, desde que se tenha um companheiro que tenha as mesmas prioridades que você. E nesta hora tenho que concordar com <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sheryl_Sandberg">Sheryl Sandberg</a>: a escolha mais importante que uma mulher faz na vida é a escolha de um marido (ou esposa). E a minha foi perfeita. Agora estou louca para ler <a href="http://www.amazon.com/Lean-In-Women-Work-Will/dp/0385349947">Lean In</a>. Depois volta para dizer o que achei!</p>Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-23189383122114114722013-01-10T07:18:00.001-05:002013-01-10T07:18:14.007-05:00RioSempre digo que se ganhasse na loteria, passaria metade do ano aqui e metade nos EUA, evitando assim eternamente o inverno, o frio e a escuridão, que definitivamente não combinam comigo. Acho que para me conformar, minha mãe e minha irmã sempre dizem que a vida nos EUA é melhor para minha saúde. De acordo com elas, o nível de stress é menor -- menos violência, menos burocracia (alô Detran!), e menos frustração, em compensação, mais paz, mais disciplina e mais civilidade. E claro, menos sol, pois apesar de branquela eu adoro uma praia, uma piscina e às vezes sou meio negligente com o filtro solar.<div>
<br /></div>
<div>
O Rio nunca teve tantos expatriados quanto agora -- isto é nítido. Por todos os lugares, vejo crianças falando inglês ou outra língua estrangeira, e muitos adultos que certamente não nasceram aqui. Apesar da desaceleração da economia, parece que os estrangeiros realmente resolveram arriscar e investir aqui. Acho que por enquanto este não será o meu caso, uma vez que o Blake é funcionário público e eu ainda não consegui um emprego virtual. Além disto há a tal "qualidade de vida" que no Rio custa caro. As escolas públicas de Maryland ainda oferecem uma qualidade que só pode ser comparada às melhores escolas particulares, que aqui têm custo absurdo. Sem falar nas atividades extracurriculares -- tudo pela hora da morte!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Mas que há mais vida, mais movimento, há. Por enquanto, só me resta aproveitar estes dias e recarregar as baterias para o que me aguarda na volta a Maryland. Rio a longo prazo, só de férias. Pelo menos até eu ganhar na loteria...pena que não jogo nunca.</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-37724796126113641162012-12-20T14:44:00.003-05:002012-12-20T14:44:28.526-05:00Minuto de Silêncio pelas Vítimas de Sandy Hook<br />
<a href="http://www.causes.com/momentforsandyhook?utm_source=nmos_medium" style="border: 0; margin: 0; padding: 0;" target="_blank"></a><br />
<img alt="Moment of Silence for Sandy Hook Victims on Dec. 21" src="//causes-prod.s3.amazonaws.com/assets/mf/RQ/Qa/iX/oh/Da/dZ/Yr/NMoS-button-white-300.png" style="border: 0; margin: 0; padding: 0;" /><br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-91718057723707065192012-12-09T14:44:00.002-05:002012-12-09T14:44:58.102-05:00Boas Festas!!!<br />
<br />
Só agora consigo um tempinho para pensar em Natal...<br />
<br />
Olhem só a carinha do nosso cartão!<br />
<br />
<div class="sflyProductPreviewWidget" style="height: 494px; width: 425px;">
<div class="sflyProductPreviewWidgetTop" style="background-image: url(http://cdn.staticsfly.com/img_/share/preview/msc/widget/top.gif); height: 6px;">
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<a href="http://share.shutterfly.com/action/welcome?sid=0AcMnLJozbNmbsw&cid=SFLYOCWIDGET&eid=118"><img src="http://images-community.shutterfly.com/prs/v1/0AcMnLJozbNmbg/0AcMnLJozbNmbuwg/p/67b0de21b3127d902548/JPEG/1355082190000/0/" style="background: #ffffff; border: none; box-shadow: none; padding: 0;" /></a></div>
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<div class="sflyProductPreviewTitle" style="color: #333333; font-family: arial, sans-seris; font-size: 15px; font-weight: bold;">
<span>Photo Card</span></div>
<div class="sflyProductPreviewViewCollection" style="color: #333333; font-family: arial, sans-seris; font-size: 13px;">
<span>View the entire <a href="http://www.shutterfly.com/cards-stationery" style="color: #6666cc;">collection</a> of cards.</span></div>
</div>
</div>
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</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-42558225129132294932012-12-05T15:37:00.001-05:002012-12-05T15:37:07.900-05:00Frase do dia...<br /><br /><br /><i>I write to discover what I think. After all, the bars aren't open that early. </i><div>
<br /> Daniel J Boorstin <br /><br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-51745443009843262862012-11-27T08:45:00.000-05:002012-11-28T08:48:37.380-05:00Dois - parte dois<div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Dez
anos mais tarde, agora em 2002, fazia mais ou menos um ano que tinha voltado ao
Brasil. Depois de uma longa temporada nos EUA, entre a Virginia e Nova York, e
com dois diplomas americanos embaixo do braço e alguma experiência profissional
no exterior, me sentia às vezes mais americana que brasileira. Mas a parte
pior da adaptação estava passando, eu havia engrenado um MBA no Rio e o
trabalho era legal.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Se
por uma parte era ótimo estar em casa, ao lado da família, revendo os amigos,
indo à praia toda semana, por outro lado era meio complicada a sensação de me
sentir uma estranha dentro do meu próprio ninho. Mas sempre achei que levava um
jeitinho, do também escorpiano Drummond, para ser </span><a href="http://pensador.uol.com.br/frase/MjIzNjA4/"><span lang="PT-BR" style="color: blue; mso-ansi-language: PT-BR;">gauche na vida</span></a><span lang="PT-BR">,
então não posso dizer que estava surpresa. Na esperança – ou seria desespero? –
de me conhecer/entender melhor, comecei a fazer psicanálise. Duas vezes por
semana passava pela experiência um tanto quanto sui generis de me deitar no
divã de costas para a analista para falar de assuntos que muitas vezes me
incomodavam. Mas nunca tive medo de enfrentar situações desconfortáveis e, no
final, certamente saí ganhando. O que eu não sabia porém é que tudo que estava
me acontecendo serviria para me preparar para o que ainda estava por vir.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Olhando
para trás, tudo fica muito claro, mas quando se está ocupada vivendo o dia a
dia, fica difícil imagimar como todas aquelas pecinhas vão se encaixando para
fazer sentido lá no final. Quando saí de Nova York queria apenas me dar um
prazo para decidir o que fazer: não me desfiz do meu apartamento no West
Village, não fiz mudança e continuei trabalhando remotamente. (O motivo inicial
da minha mudança foi justamente a troca de emprego e transferência do meu
H1B,visto de trabalho nos EUA, para uma outra empresa, o que me obrigava a
passar este período de transição fora do país.)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tudo
correu praticamente como planejado, mas no meio do caminho, em meados de 2001,
surgiu meio que do nada e através de uma amiga próxima uma proposta de emprego
muito bacana no Rio. Embora não soubesse que estava gravemente doente, algo me
dizia que tinha chegado a hora de passar uma longa temporada em casa. Como toda
decisão para mim é muito difícil, depois de pensar muito, e até pelo fato da
proposta de trabalho ser tão diferente, resolvi sublocar meu apartamento em
Manhattan e me dar um prazo de seis meses no Rio para cuidar da vida.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os
seis meses se passaram, as coisas foram entrando nos eixos e eu resolvi então
aumentar o prazo para um ano. Tudo ia bem, fora uma anemia que me deixava meio
fraca de vez em quando. Não fraca o suficiente para me fazer faltar ao trabalho
ou deixar de sair no fim de semana, mas como já fazia mais de um ano que me via
nesta condição, resolvi investigar. Mais uma vez, a minha curiosidade valeu a
pena. Pensando bem, daquela vez, a minha curiosidade me salvou. Perdi a conta
de quantos médicos me viram – pelo menos uns 10 no Brasil, além de outros tantos
que já tinham me visto em Nova York – e nada de diagnóstico. Mas eu queria uma
resposta.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Até
que ouvi falar num médico ortomolecular que tinha uma dieta maravilhosa e
resolvi me consultar. Desta vez, não para investigar a minha anemia, mas para
perder uns três quilinhos que me incomodavam. Como já imaginava, o médico disse que
não faria nada sem antes ver meus exames, então saí do consultório com uma
lista enorme. Dias depois, o resultado. Não sou médica nem sou “metida à médica”.
Não me automedico, não receito nem aspirina aos outros, mas não sou analfabeta.
Ao abrir o envelope com os resultados dos exames de sangue, percebi que havia
algo muito errado. Várias taxas mostravam diferenças estratosféricas entre os meus valores e os valores desejáveis. Na mesma hora
liguei para o médico, que estava de férias em Miami.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sem
saber bem o que fazer, voltei a contatar a hematologista, que desta vez pareceu muito assustada quando me viu. Me encaminhou para uma gastro, que me indicou
uma ultra que só poderia ser realizada por uma médica no Rio de Janeiro. Sorte
a minha, esta médica era amiga da minha família. Na mesma hora, meus pais
ligaram para ela e no dia seguinte, estava eu aguardando o meu destino, naquela
sala de ultrassom, um ambiente até então estranho, mas que – mal sabia eu – se tornaria
muito familiar para mim.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
o resto desta história vocês já sabem: tumor, cirurgia, CTI, hospital, casa,
mais hospital, químio, trabalho, casa, mais químio, trabalho, casa...e a vida que
segue. Mais o que fica é a transformação, é a oportunidade de poder ver o mundo sob um ângulo diferente, de sentir-me envolta por uma corrente do bem,
por poder me conectar com algo muito maior do que eu mesma.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
ano de 2002 foi inegavelmente difícil para mim e para todos ao meu redor,
mas são tantas lições aprendidas que me sinto extremamente grata e até mesmo
privilegiada por ter passado por uma situação tão delicada com tão pouca idade.
Aprendi muito e, melhor, tive e ainda tenho tempo para poder usufruir um pouco
deste aprendizado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Como
diz uma amiga, que enfrentou um linfoma com uma serenidade absurda (coisa que eu
seria incapaz de fazer), o grande desafio agora é conseguir manter vivo o efeito
da pancada, aquela que dói lá no fundo e que deixa a gente meio tonta e cheia
de questionamentos. Não quero a dor da doença, mas quero levar comigo para
sempre o que aprendi com ela, a habilidade de enxergar o que realmente vale a
pena. O único problema é que a rotina e também o tempo – ah este tempo – teimam
em querer apagar as tais lembranças, e volta e meia tenho que escrever textos
como este que me fazem reviver momentos importantes e me forçam a focar no que realmente
interessa.<b><o:p></o:p></b></span></span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-2918556384783555642012-11-09T10:30:00.000-05:002012-11-16T21:25:00.548-05:00Dois -- parte umNão me considero uma pessoa supersticiosa. Tenho algumas manias (quem não as tem?), tenho fé, mas acho que sou muito desligada para me apegar a rituais e a superstições. Mas outro dia, refletindo e pensando que este ano tem sido sem dúvida um ano de grandes desafios e dificuldades, me dei conta que em anos terminados em 2 a minha vida sofre uma grande reviravolta.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Obviamente, era nova demais para me dar conta do que aconteceu na minha vida nos idos de 1982...fora derrota do Brasil na Copa para a Itália... Mas dez anos depois, aconteceria algo que ia mudar a minha vida para sempre. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Em 1992, consegui realizar meu sonho: recebi uma das 18 bolsas de estudo concedidas pelo governo americano a estudantes brasileiros de graduação. É difícil acreditar, mas este tinha sido meu objetivo de vida desde a minha primeira viagem para a Disney, aos 13 anos! Cabeça de adolescente é mesmo incrível.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Só que o meu sonho, logo no início, acabou tendo sabor de pesadelo. Na minha cabeça de adolescente deslumbrada, vida de bolsista na Virginia deveria ser bem parecida com a rotina dos personagens do <i>Barrados no Baile</i>, ou <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Beverly_Hills,_90210">Beverly Hills 91210</a>, um dos meus programas favoritos na época: todo mundo bonito, todo mundo dirigindo carrão, programação intensa, várias atividades e aventuras.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
A realidade, no entanto, não poderia ser mais diferente já que meu novo lar era uma faculdade só para mulheres localizada numa região carinhosamente chamada de <i><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bible_Belt">Bible Belt</a>. </i>E a minha nova cidade era conhecida nacionalmente por ser reduto de um certo <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Jerry_Fawell">Jerry Falwell</a>, fundador de uma <i>megachurch </i>e da <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Liberty_University"><i>Liberty University</i></a>. Para resumir esta história longa -- e como imagino que a maioria dos leitores jamais vai passar por Lynchburg, Virginia -- para quem achou que ia fazer parte do elenco de <i>Barrados no Baile, </i>acabei virando personagem de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Footloose_(1984_film)">Footloose</a>! Sem Kevin Bacon, é claro.<br />
<div>
<br /></div>
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Acrecente-se a isto tudo o fato da maioridade americana ser de 21 anos -- eu tinha 18 quando vim para cá -- o que tornava a possibilidade de alguma vida social praticamente inviável. Beber nunca foi meu forte -- detesto cerveja -- mas sempre gostei de sair e de dançar e estava cansada de fazer isto no Rio. Na Virginia, tudo era muito diferente do que eu havia imaginado -- nenhum glamour, pouca diversão e uma galera que não tinha nada a ver comigo. Além disto, eu era a primeira aluna brasileira a por os pés na universidade, que estava tentando diversificar o corpo discente, e como tal era uma ave raríssima. Claro que quando me viram pela primeira vez, as recrutadoras ficaram admiradas com o "tom claro da minha pele," mas aí já era tarde demais...a bolsa já era minha! Me disseram que esperavam alguém mais bronzeado e de cabelo ondulado -- e acabaram comigo. Incrível pensar que nunca tinham visto a minha foto, mas é bom levar em consideração que isto tudo aconteceu praticamente numa época pré-Internet.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
E apesar da decepção daqueles que achavam que eu ia "dar um pouquinho de cor" à faculdade, comecei a sentir que se as diferenças verdadeiras tinham pouco a ver com o tom da minha pele ou a textura dos meus cabelos. Foi durante a minha temporada em Lynchburg que descobri acidentalmente que para a grande maioria eu não era considerada branca. A minha surpresa foi tanta e a minha indagação tão incessante que me pediram para escrever um artigo para o jornal da faculdade. Assunto: raça e etnia na America! Imaginem...desde quando sou autoridade nisso?! E do alto da sabediria dos meus 18 ou 19 anos...Mas o que nem me passava pela cabeça era que esta questão me acompanharia durante 20 anos, e hoje a minha perspectiva é bem diferente do que era em 1992 -- isto é assunto para outro post!</div>
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<br /></div>
<div>
Com tantas coisas acontecendo de forma tão diferente do que havia imaginado, o início da minha temporada na faculdade foi tão acidentado a ponto de ter que pedir uma audiência com a decana. Na reunião, diplomática como sempre, chamei todo mundo de embusteiro e pedi o cancelamento da minha matrícula e a volta imediata ao meu país de origem. Já estava praticamente de malas prontas para voltar para a UFRJ quando a decana me pediu que esperasse um mês antes de tomar uma decisão. Como que num passe de mágica, neste mês conheci a minha orientadora, um pessoa fantástica, que me desafiou de uma forma tão brilhante quanto sutil...e acabei ficando por lá e me formando. E -- para minha sorte -- nunca mais fui a mesma.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-44306220367651488952012-10-22T10:00:00.000-04:002012-10-22T10:00:45.845-04:00O dia que eu deveria ter morrido…<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffnwMNJ2KOffofs1sC1ft7NT523oFF7dDREQzZEVzAMzogO5igq9i4ddGgMlj26k2pksX_YYOY486GHBJ1na8uOFrL7EilrR8P9sFEfouy9EDxoDKpp40f76faEsuH0VLhFmQIKaSPzI/s1600/mehop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgffnwMNJ2KOffofs1sC1ft7NT523oFF7dDREQzZEVzAMzogO5igq9i4ddGgMlj26k2pksX_YYOY486GHBJ1na8uOFrL7EilrR8P9sFEfouy9EDxoDKpp40f76faEsuH0VLhFmQIKaSPzI/s320/mehop.jpg" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7y7Nj7CjxJkHe5CH49PAf_ST99XHnSi6bRSSX5eS4bJi-hPIzG02xJjG45p9CFL6uJdGJEMo4RiGV12QCxIifPRC9tAOralMwJgyFk2jbFvl7gPgeUIAXiGXf8JX1qFifc0bca33Izc/s1600/DSC01880.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7y7Nj7CjxJkHe5CH49PAf_ST99XHnSi6bRSSX5eS4bJi-hPIzG02xJjG45p9CFL6uJdGJEMo4RiGV12QCxIifPRC9tAOralMwJgyFk2jbFvl7gPgeUIAXiGXf8JX1qFifc0bca33Izc/s320/DSC01880.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh77VLxElBHPr7nlfaYqv74Rkx1_fkoRYtpOP4R0mqh5HRzYR_L5XK4oIG1G3P2m07I6FPnvmmY26Y_e4cwIzo35OQ8R_YE8MpzzJWuBnveythyphenhyphen5sX6jVhPtdNXoJcEwtGOcyNgTJX1Yxg/s1600/DSC02020+-+fixed.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh77VLxElBHPr7nlfaYqv74Rkx1_fkoRYtpOP4R0mqh5HRzYR_L5XK4oIG1G3P2m07I6FPnvmmY26Y_e4cwIzo35OQ8R_YE8MpzzJWuBnveythyphenhyphen5sX6jVhPtdNXoJcEwtGOcyNgTJX1Yxg/s320/DSC02020+-+fixed.JPG" width="253" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAP6KGq9ByIJnh4r6uMCWy3maAUSMRfPPWftLb8vw5PRJYNi3996o8Erpc181vARAgJJXQZm_OBJ_rZEuSd58bn1Rv3aTqfXV1UH4RqaXJ2Po9oglgVea6h0ojsPmV_LYpyITL_GaPgio/s1600/IMG_6756.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAP6KGq9ByIJnh4r6uMCWy3maAUSMRfPPWftLb8vw5PRJYNi3996o8Erpc181vARAgJJXQZm_OBJ_rZEuSd58bn1Rv3aTqfXV1UH4RqaXJ2Po9oglgVea6h0ojsPmV_LYpyITL_GaPgio/s320/IMG_6756.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwqCu2KHHCY2TZZuz2hUvUs4xlkaDn7CkRbF5sYJnNZ0C1WuI6UEQJChULpUImi6ooejChvBL5Q0xzZeijSytaQ60S2nIxyPUT4Uy0eeJJLYKF_BUxmGh5cbUMQPW9Bu8h3HSE3ZDUqc/s1600/IMG_0852.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwqCu2KHHCY2TZZuz2hUvUs4xlkaDn7CkRbF5sYJnNZ0C1WuI6UEQJChULpUImi6ooejChvBL5Q0xzZeijSytaQ60S2nIxyPUT4Uy0eeJJLYKF_BUxmGh5cbUMQPW9Bu8h3HSE3ZDUqc/s320/IMG_0852.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmsfSMgADj_4Bpg6SrsBvyGPcoDBGrqL4X8lk7-dwR-agIAEo6uVYtZLELdMY8gj9GqJWB_yd9b8mPCIc7bdTGyWWvuUEyAJTjVI35mqK2iNVjEMh-PRY1UwBLkrQfg31cbmFFyquT1jE/s1600/_MG_3348.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmsfSMgADj_4Bpg6SrsBvyGPcoDBGrqL4X8lk7-dwR-agIAEo6uVYtZLELdMY8gj9GqJWB_yd9b8mPCIc7bdTGyWWvuUEyAJTjVI35mqK2iNVjEMh-PRY1UwBLkrQfg31cbmFFyquT1jE/s320/_MG_3348.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbEPe6eqjJy53qIwthnBguUy5wxFWq8Toz6P15yhv27Mj1niXzyXdGHZqWTZAofRqmXkuUV5my1K9fCyVFO3kxYl5mAMz0tBXwygK4sbaDcAKDJH_CaZB6vnp-WBi2HTnK3h1GK5cRJo/s1600/IMG_0175.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbEPe6eqjJy53qIwthnBguUy5wxFWq8Toz6P15yhv27Mj1niXzyXdGHZqWTZAofRqmXkuUV5my1K9fCyVFO3kxYl5mAMz0tBXwygK4sbaDcAKDJH_CaZB6vnp-WBi2HTnK3h1GK5cRJo/s320/IMG_0175.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_6Km3o6AQTzvnaWBkq_Pnz9JV1PjfU67b399F4pyNINc8H-JOudrfENEkmhdwq3Y24XUuWI193we20uVLROUEo6xea8nYHPlSdMGS4Krxq3y3nskogaWcRCCrYpT1hRrXZWLOxD1om4/s1600/aDSC_5910.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_6Km3o6AQTzvnaWBkq_Pnz9JV1PjfU67b399F4pyNINc8H-JOudrfENEkmhdwq3Y24XUuWI193we20uVLROUEo6xea8nYHPlSdMGS4Krxq3y3nskogaWcRCCrYpT1hRrXZWLOxD1om4/s320/aDSC_5910.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRCx2zg-tQLS9MzmmugWRVfeDhFhYO1E00qGqPu71ZxNJpFWZyZqZ6ACK6FTkKjpCgvgmrHGGFdEyu-8qJGNxQktmriIkkwSsvnvSQX4Cndgmd8IcCPwQBSBPg412PXdguh1LhdW41T0c/s1600/vovocasamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRCx2zg-tQLS9MzmmugWRVfeDhFhYO1E00qGqPu71ZxNJpFWZyZqZ6ACK6FTkKjpCgvgmrHGGFdEyu-8qJGNxQktmriIkkwSsvnvSQX4Cndgmd8IcCPwQBSBPg412PXdguh1LhdW41T0c/s320/vovocasamento.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">22 de outubro de 2002 – uma terça-feira normal para todo mundo, mas não para mim. Ainda me lembro de ter acordado relativamente cedo, tomado café e logo depois ter partido rumo ao hospital, onde não fazia ideia do que me esperava. Menos de uma semana antes, tinha recebido o diagnóstico de que um tumor gigante no meu fígado teria que ser retirado às pressas. Segundo o médico, se por algum motivo o tumor que já tomava boa parte do meu fígado rompesse, eu morreria imediatamente de hemorragia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu, que
nunca tinha sequer dado entrada num hospital, estava chocada demais para ficar
assustada. A única coisa que sabia é que a tal cirurgia me deixaria com uma
cicatriz enorme que atravessaria meu abdomen. Sabia também que precisaria de
transfusão de sangue pelo porte da intervenção, mas para dizer a verdade, não
fazia ideia do risco que corria. Uns chamam de autopreservação, outros de
mecanismo de defesa. O que quer que tenha sido, encarei o dia mais importante
da minha vida, como um dia normal.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Já no
hospital, recebo a visita da representante do banco de sangue. Ela queria me
ver antes da cirurgia e me dizer que eu era uma pessoa muito querida, pois em
pouquíssimos dias tinha conseguido uma doação de sangue record. Ao contrário do
que ela pensava, este mérito nunca foi meu, mas de tantas pessoas que cruzaram
o meu caminho naquele dia. Muitos doadores eram amigos muito próximos e
familiares, mas outros tantos eram amigos de amigos e amigos de amigos de
amigos, que sequer me conheciam. Em pensar que a eles devo a minha vida...a
esta enorme corrente do bem. Devo minha
a minha vida a muita gente – médicos, enfermeiros, amigos, familiares, e até a estranhos
que decidiram que naquele dia iam me salvar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E 11 horas,
três choques hipovolêmicos e 10 litros
de sangue depois, eu lutava pela vida num leito de CTI. Pouco me lembro das
primeiras e cruciais 72 horas. Me lembro do anestesiologista que acariciava meu
cabelo e me dizia que eu tinha dado muito trabalho durante a cirurgia. Me
lembro dos enfermeiros que se alternavam espremendo chumos de gase molhada nos
meus lábios, me lembro do escuro, do barulho dos aparelhos e da sensação de
solidão que me acompanhou pelos cinco dias que fiquei por lá. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não me saem
da memória também três “enfermeiros” que guardavam meu sono à noite: uma mulher
ruiva de cabelos ondulados, um homem branco calvo e um homem negro alto. Minha
grande surpresa foi descobrir que ninguém com estas características fazia parte
da equipe de enfermagem do CTI do Copa D’Or... Como existem coisas que ninguém consegue explicar, decidi que
aqueles três eram meus anjos da guarda. Aliás, depois da doença aprendi que existem
muitas coisas sem explicação...e aos poucos, vou aprendendo a conviver com
elas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Olho para
trás e vejo os últimos 10 anos como um período de aprendizado intensivo. Suo
eternamente grata por ter vivido coisas que no meu caso poderiam facilmente
nunca ter acontecido: conheci pessoas fascinantes, lugares novos, vivi
experiências marcantes – encontrei a minha cara-metade, juntos lutamos e
conseguimos enfim trazer ao mundo nosso filho, Joaquim, que por muito pouco
poderia não estar aqui. E ao olhar para ele esta manhã, foi difícil conter as
lágrimas quando me dei conta que o resto da minha vida havia começado extamente
naquele dia de outrubro de 2002. Durante os últimso dez anos, aprendi bastante,
ganhei muito e também perdi – uma das pessoas mais importantes para mim.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A
experiência da doença me deixou muitos ensinamentos. Depois de tudo que passei,
gostaria de dizer que me tornei uma pessoa mais calma, mais iluminada e melhor.
Mas estaria mentindo. Continuo sendo eu...um pouco mais humilde, muito mais
sensível e 100% humana</span>.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-68666867824860076622012-09-10T12:47:00.001-04:002012-09-10T12:47:28.888-04:00Invejosa eu?Não me considero uma pessoa invejosa. Fico muito feliz quando gente querida compra carro novo, ganha uma promoção no trabalho ou consegue realizar um sonho que acalenta há tempos. Mas hoje vou fazer uma confissão: tem uma coisa que me causa uma inveja absurda! Morro de inveja de gente prática, pragmática e decida! Gente que tem foco e objetivo e não olha para o lado até atingi-los.<br />
<br />
Não que eu não tenha foco. Pelo contrário, tenho e muito. Também tenho ambição, quero crescer, melhorar, subir, etc. Mas por outro lado sou muito apegada a tudo e a todos. Tenho uma personalidade interessante e paradoxal: ao mesmo tempo que me canso da rotina, detesto mudanças radicais. me apego a coisas e pessoas com muita facilidade e a ideia de ficar longe delas me machuca demais. Eu sei, é coisa de maluco e me causa uma dor tamanha.<br />
<br />
Sempre fui assim -- invento desafios e depois faço das tripas coração para concretizá-los. Desde pequena sabia que queria estudar fora -- não me pergunte o motivo -- eu só sabia que queria ser universitária num campus americano. Nada no Brasil me despertava grande interesse, eu queria a verdadeira "college experience." E tinha que ser na graduação, não podia ser pós porque aí perderia a graça. Consegui o que eu queria, mas o preço foi ficar longe da minha família durante a duração do curso. E foi barra, com 18 anos e bem filhinha de mamãe/papai, a saudade apertou bastante e várias vezes pensei em desistir e sair correndo pro colonho da mamãe. Mas sobrevivi e consegui terminar o curso superbem -- foi uma tremenda experiência. E lá se vão nada menos do que 20 anos!<br />
<br />
Recentemente coisa parecida aconteceu. (E percebi que pouco havia mudado!) Andava meio instisfeita com meu trabalho,com os rumos da empresa e com a minha posição. Comecei a pensar em novos desafios, comecei a arrumar ao CV, mas sem grandes planos ou ambições. Então do nada, uma headhunter me liga com um CV de 2007 me perguntando se eu teria interesse numa vaga. Resolvi ir em frente mais para me preparar para uma futura oportunidade do que por vontade de conseguir o emprego propriamente dito.<br />
<br />
Só que as coisas foram progredindo tão rapidamente que em pouco tempo me vi às voltas com uma excelente oferta. Qualquer ser humano normal estaria exultante. Menos eu, que passei as semanas seguintes aos prantos e sem dormir direito. Quem diria que meu desejo poderia ter se materializado tão rapidamente? Comecei a colocar condições, que foram totalmente atendidas, então acabei aceitando o convite, que é uma proposta muito legal.<br />
<br />
Ao saber da minha iminente saída, o presidente da empresa ficou chocado, o que tornou as coisas muito mais complicadas para mim. Me pediu para ficar e conversou comigo por quase duas horas, dizendo que as coisas aqui iam mudar e que eu teria excelentes oportunidades. Quase entrei em parafusos. Em vez de aliviada por estar deixando um trabalho que já não me satisfazia completamente e estar partindo para uma oportunidade que, ao que tudo indica, vai me dar muito mais liberdade, fiquei arrasada. Chorava copiosamente cada vez que um colega de trabalho vinha conversar comigo. No meu atual emprego, fiz tantos amigos, conheci lugares bacanas, tanta gente legal...mas me sentia presa e sem esperança de movimento num futuro próximo.<br />
<br />
A novela durou aproximadamente três semanas, mas este fim de semana resolvi que minha decisão seria final. Já empenhei minha palavra e a oportunidade me parece realmente boa, ainda que não tenha o apelo de salvar vidas na África ou na América Latina.<br />
<br />
Vou ouvir um conselho de uma amiga muito bem sucedida e prática. Vou lá tentar, mas deixo as portas abertas aqui e mantenho o contato... É bom saber que posso voltar um dia.Unknownnoreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-13267138932852211432012-08-31T11:41:00.000-04:002012-08-31T11:41:04.999-04:00Onde foi parar a minha voz?Escrever nunca foi difícil para mim. não sei explicar bem, mas é algo muito instintivo, é quase como respirar ou beber água, então o blog sempre foi um depositário de ideias que povoam a minha cabeça e ao mesmo tempo uma espécie de terapia virtual. Ultimamente, entretanto, tenho tido muita dificuldade de vir aqui.<br />
<br />
Nos últimos três meses, não parei de escrever. Nem poderia, escrevo para viver. Então durante este tempo, escrevi capítulo de livro, discurso, colunas em jornais, manuais, coleção de perfis, ensaios e relatórios. Dei voz a muita gente e vida a muitos projetos, mas não conseguia achar a minha voz.<br />
<br />
Me escondi atrás de personagens: fui pequena empresária na Libéria, catadora de lixo na Índia, prefeita mirim na Palestina e CEO nos Estados Unidos. Fui todo mundo, menos eu. Sempre que procurava falar um pouco de mim, me deparava com um vazio enorme, a imensa lacuna da perda de alguém muito especial. Uma sensação estranha e difícil de explicar. A gente se sente completamente oca, sem alma, sem chão, sem assunto, sem vontade. Totalmente vulnerável.<br />
<br />
Sempre escrevi para colocar minhas ideias e minha vida em ordem, para me situar no meio do caos, para achar meu rumo. No momento ainda ando meio perdida, mas aos poucos vou procurar a vir mais aqui...devagarzinho espero logo reencontrar a minha voz, que ultimamentetem andado presa na garganta.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-74321366548786974962012-08-13T10:21:00.001-04:002012-08-29T12:41:30.616-04:00Família<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgNEVNYc8MOt2fMmgv_dvfx6AzO1z6DzjEnvnQNMSSX8iwP9Td6kXuT6WBb6o45y0a6rgw8Abt4Ega0JtVHb1Wd86AJw3SPHN0GtvcVn1Dx-LOQyAX5gtsqDy5JBy26SUF6o36S7lv-MU/s1600/aDSC_5921.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgNEVNYc8MOt2fMmgv_dvfx6AzO1z6DzjEnvnQNMSSX8iwP9Td6kXuT6WBb6o45y0a6rgw8Abt4Ega0JtVHb1Wd86AJw3SPHN0GtvcVn1Dx-LOQyAX5gtsqDy5JBy26SUF6o36S7lv-MU/s320/aDSC_5921.JPG" width="213" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0JAlnL8kXe2VNQyaW5JoWhboqwDFkCLfLctv3y92HDFyCjW23eZH2oNumifm_zxOaGboLW_Jhbe9YPdWOEf31ehilaGm1YBA6-buRasaYTjtYddCZhv_ypKtae7d1If7KadW-6a97Chw/s1600/aDSC_5877.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0JAlnL8kXe2VNQyaW5JoWhboqwDFkCLfLctv3y92HDFyCjW23eZH2oNumifm_zxOaGboLW_Jhbe9YPdWOEf31ehilaGm1YBA6-buRasaYTjtYddCZhv_ypKtae7d1If7KadW-6a97Chw/s320/aDSC_5877.JPG" width="212" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_6Km3o6AQTzvnaWBkq_Pnz9JV1PjfU67b399F4pyNINc8H-JOudrfENEkmhdwq3Y24XUuWI193we20uVLROUEo6xea8nYHPlSdMGS4Krxq3y3nskogaWcRCCrYpT1hRrXZWLOxD1om4/s1600/aDSC_5910.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2_6Km3o6AQTzvnaWBkq_Pnz9JV1PjfU67b399F4pyNINc8H-JOudrfENEkmhdwq3Y24XUuWI193we20uVLROUEo6xea8nYHPlSdMGS4Krxq3y3nskogaWcRCCrYpT1hRrXZWLOxD1om4/s320/aDSC_5910.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Depois de três meses de um inverno rigoroso na minha alma, aos poucos quero voltar ao blog, pois surpreendentemente é um dos maiores canais de comunicação que tenho com tantos amigos nesta vida corrida.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
As fotos acima são do último aniversário da Chiara e da Giovanna, há um mês, quando corajosamente Joaquim e eu fomos ao Brasil pelo primeira vez sem o Blake. Entre ataques e choradeiras, sobrevivemos todos! Nossa temporada no Rio foi ótima e pudemos realmente aproveitar a família e a hospitalidade carioca...</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-75023512399050383782012-05-19T23:02:00.000-04:002012-05-19T23:02:18.907-04:00Quem perde avó fica um pouco órfão...<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Sempre me perguntei como alguém pode seguir adiante depois de uma grande perda. Como é que a gente acorda de manhã, se veste e vai trabalhar depois de perder alguém que amamos assustadoramente? Será que alguém pode mesmo ser feliz depois que perde uma das pessoas que mais amou na vida? Como se faz para sorrir de novo? Para achar alegria?</div>
<br />
<span style="color: purple;">Acho que nunca quis pensar muito que um dia eu teria que descobrir estas respostas sozinha, e mais, nunca quis imaginar que este dia estaria tão próximo. Não que eu tenha as respostas, longe disto, mas agora atravesso um período escuro e solitário, vivencio uma enorme lacuna que engole a minha alma. É muito mais intenso e profundo que qualquer um possa imaginar.</span><br />
<br />
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;">Como acontece com as experiências mais marcantes na vida, não existe maneira de se preparar para a morte de alguém que amamos. Nem a ordem natural das coisas, nem o sofrimento do ente amado, nem o cumprimento de sua missão na Terra...nada parece fazer sentido e justificar como de uma hora para outra ficamos sem alguém que significou tanto na nossa vida.</span></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;">O que mais me doi é imaginar que alguém que tinha uma dimensão absurda e ocupava um lugar tão importante na minha vida não vai passar de uma foto num porta-retrato para o meu filho, que obviamente não se lembrará da Bisa que tanto o amou. Amou-o tanto que horas antes de nos deixar me perguntava: "Como está o nosso Joaquim?" E isto machuca. Ele não vai poder vivenciar a sua doçura, seu afeto, sua dedicação, sua sabedoria, seu amor, como eu tive a sorte de fazer.</span></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;">Agora me pergunto como fazer para que em algum momento, quando tiver entendimento suficiente, ele entenda a importância que a minha avó teve na minha vida. É difícil de explicar, em primeiro lugar porque o nome "avó" é pouco para ela. Como há pouco me disse minha irmã, ela foi mãe, de verdade. E não desmerecendo a minha mãe, muito pelo contrário, as duas se complementavam de uma forma perfeita no papel mais importante que pode haver na vida de uma criança, ou, no nosso caso, de três. </span></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;">E por isto hoje nós choramos muito e vamos chorar durante muito tempo, pois não perdemos uma avó, que só nos via nas férias ou no fim de semana. Perdemos uma mãe, que foi presença constante durante toda a nossa vida. E mesmo no meu caso, que passei grande parte do tempo longe, ainda assim, os laços com ela nunca enfraqueceram: cartas, telefonemas, skype, visitas, sempre a senti muito perto de mim.</span></div>
<div style="color: purple; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; font-size: small;"><span style="color: purple;">E enfrentando esta enorme perda, me dou conta de que no meu caso, ao perder a minha avozinha me tornei um pouco órfã...Só quem teve a sorte de morar com sua avó ou crescer assim tão perto dela pode entender o que eu digo ou ter alguma ideia da dimensão da minha dor.</span></span>Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-59458460147836242092012-05-17T11:56:00.001-04:002012-05-19T22:43:27.759-04:00Adeus, Vovó<br />
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Bubinha querida,</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Me custa acreditar que você não está mais aqui comigo. Que daqui
a pouco, quando acordar, não vou poder ligar e pedir para ouvir a sua voz. Eu
sei, os últimos meses foram difíceis e a cruz ficou pesada demais. Entendo que
você esta melhor agora, descansando ao lado de Deus e dos anjos, onde é seu
lugar. Mas para mim, a dor ainda é grande demais. Sou egoísta, queria você
entre nós eternamente.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Você sempre foi minha inspiração, minha referência,
meu dicionário e meu norte. Sempre com um conselho carinhoso, ou uma palavra
afetuosa na hora certa. É tão difícil imaginar que não vou ter mais seu
colinho, Vovó. A dor é tao enorme que me deixa inerte, tão profunda que lateja
no meu peito, tão real e ao mesmo tempo tão distante.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Não acredito em morte e em fim. Acredito no amor e na fé de que
aqueles que amamos estarão sempre conosco, mesmo quando não podemos vê-los ou
ouvi-los mais. Sei exatamente onde você está, Vovó: bem aqui, do lado esquerdo
do meu peito, de onde jamais sairá. Você está também em cada bom livro que eu
ler, em cada filme de suspense que prender minha atenção, ou em cada sorriso do
nosso pequeno Joaquim, que vai ouvir falar muito da Bisa que ele teve a
felicidade de conhecer. </span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Pois é Vovó, Deus mais uma vez me atendeu, quando implorei a Ele
que deixasse que você conhecesse meu filho. Que felicidade inigualável tive ao
colocar o Joaquim nos seus braços. Prometo, Vovó, que vou contar cada história
que você nos contava quando crianças e que vou contar a ele as histórias da
nossa família para que ele saiba de onde veio e quem eram as pessoas
maravilhosas que vieram antes dele.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Hoje é um dia muito triste para mim, Vovó, mas longe de mim me
revoltar com a sua partida. Você lutou o quanto pôde e a cada momento que viveu
deixou sua marca em tantas pessoas que te amam, em forma de lembranças, de
ensinamentos e de amor. Você desempenhou com perfeição o papel de avó e de mãe
ao mesmo tempo. Ter você em nossas vidas foi uma enorme bênção e seus
ensinamentos seguirão com cada um de nós até nossos últimos dias, eu prometo.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Obrigada por tudo, Vovó. Descanse em paz, você merece. Te amo
para sempre.</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Sua neta,</span><span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;">Dani
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: purple; font-family: Verdana,sans-serif;">
<span lang="PT-BR" style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQaE09BmK3KjG2g92FhCuIlFGsT4Q-e5A_HgfPg0uaBgr6xfdVzoCCvjjHq288hsbmbO5juh4UGPHacI0CRFpTO3xm8Ebl7jcr4zZnn_aKU8BDoCNkDlqtMWIsTE1Q-IP1bgFAbsRvE6U/s1600/1237910362995" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQaE09BmK3KjG2g92FhCuIlFGsT4Q-e5A_HgfPg0uaBgr6xfdVzoCCvjjHq288hsbmbO5juh4UGPHacI0CRFpTO3xm8Ebl7jcr4zZnn_aKU8BDoCNkDlqtMWIsTE1Q-IP1bgFAbsRvE6U/s320/1237910362995" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVtEbuEF_Tqrgpc2U8xQgYAFzsimU4GCZtg6hmWIwtjyWO_RYV95y9NrfUXwAv50Tr1zN35k28RdajVw6qmGh5Xn0K15AmVqFElVxy06NDoII_ho5bBWDIYDvFV6PKaPTIM3L-kvAEdUc/s1600/vos.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVtEbuEF_Tqrgpc2U8xQgYAFzsimU4GCZtg6hmWIwtjyWO_RYV95y9NrfUXwAv50Tr1zN35k28RdajVw6qmGh5Xn0K15AmVqFElVxy06NDoII_ho5bBWDIYDvFV6PKaPTIM3L-kvAEdUc/s320/vos.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #222222;"><br /></span></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-10547427727773831322012-05-11T16:08:00.001-04:002012-05-13T12:13:26.480-04:00Time Magazine e as Mães da LibériaPor aqui não se fala em outra coisa que não seja a <a href="http://lightbox.time.com/2012/05/10/parenting/#1">capa da revista Time</a>. Na foto uma mãe oferece o peito a seu filho, de três anos, que está de pé numa cadeirinha. Os dois olham para a câmera. Como aqui nos EUA, tudo é levado ao extremo, tem gente achando o máximo e outros achando o cúmulo do absurdo, uma indecência. Pouca gente, como eu, ficou indiferente. <br />
<br />
Aliás, eu que sou sempre tão inflamada, me surpreendo com a minha reação a muitas coisas que envolvem a maternidade de um modo geral -- sou indiferente. Contanto que não haja maus tratos, cada um faça o que achar melhor ao criar seus filhos. Mas pelo amor de Deus, pense mil vezes antes de criticar os outros ou, pior, se tornar militante fanática. Acho este tipo de mãe um porre! Só elas sabem de tudo, só elas fazem tudo, têm complexo de mártir. Ficam desleixadas porque não tem tempo para si mesmas já que sua vida se resume aos filhos. Na cabeça delas, mãe que usa baton é fútil e egoísta.<br />
<br />
Quando engravidei e logo depois que tive o Joaquim, passei muito tempo pesquisando coisas na internet. Também passei a frequentar grupos de mães locais, só que aos poucos fui me sentindo uma verdadeira estranha no ninho. Ao contrário da maioria das mães que queriam largar tudo e choravam só de pensar em deixar seu bebê na creche, eu contava os dias para voltar ao trabalho. Não que quisesse abandonar meu filho aos cuidados de terceiros, mas queria respirar, trocar ideias com outros adultos. Ao contrário das outras mães, que queriam ficar quietinhas no ninho, eu continuava querendo dar o melhor de mim no trabalho e galgar a próxima promoção. Sempre fui assim, preciso de estímulo externo. Dizem que sou extrovertida, acho que deve ser verdade. Também sou ambiciosa, mas no bom sentido. E ao contrário do que muita gente me disse, a maternidade não tirou isto de mim.<br />
<br />
Longe de mim condenar as mesmas mães que preferiram ficar em casa com seus filhos. Acho um trabalho nobre, mas em nenhum momento acho que elas sejam melhores do que eu ou do que mulheres que optaram por não exercer a maternidade. Não ser mãe não desqualifica mulher nenhuma, muito pelo contrário, se for uma opção consciente, merece muito respeito, afinal o mundo está cheio de<i> filhos de chocadeira</i>! Sempre pensei assim e não mudei de opinião depois do nascimento do meu filho.<br />
<br />
Durante a minha recente viagem a Libéria não pude deixar de reparar a atitude completamente diferente das mulheres africanas quanto à maternidade. Embora com muito menos condições do que as mães dos afluentes subúrbios americanos, as mulheres da Libéria equilibram muito bem seus negócios e a maternidade. Muitas têm os filhos consigo e outras contam com familiares ou empregados para cuidar deles. Ao contrário de muitas mães aqui, não reivindicam medalhas de honra ao mérito e não se auto-intitulam mártires ou seres superiores. Fazem o que suas ancestrais faziam séculos e séculos atrás.<br />
<br />
Na Libéria, um país arrasado por uma guerra civil de 14 anos e onde a maioria das mulheres trabalha loucamente para manter a família, ninguém precisa bater no peito para dizer que é mãe. Para as mulheres da Libéria, a maternidade é linda (todas têm MUITOS filhos e ainda adotam MAIS!), mas não deixa de ser uma coisa absolutamente normal.<br />
<br />
Acho que tem muita gente precisando aprender com elas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0meyqXdUTcg96A_8DsjhZ-__UhnxGs0qLaN-_R8PvD6ap9j98iYorbCyXR3EZ06mPMVNRCE_40psoQTbMWnk2Ux-tmf4aINXz9YcZ7PG4Qm0Tl9CWK7LFIZltgg6bhkXIPICFeuQijI/s1600/_MG_7843-resize.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZ0meyqXdUTcg96A_8DsjhZ-__UhnxGs0qLaN-_R8PvD6ap9j98iYorbCyXR3EZ06mPMVNRCE_40psoQTbMWnk2Ux-tmf4aINXz9YcZ7PG4Qm0Tl9CWK7LFIZltgg6bhkXIPICFeuQijI/s320/_MG_7843-resize.jpg" width="213" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7frn8z6Iz2Pn3px3SN-9zNcLbe8Q4W51QzzEH_R6Z4JQuK3YX86nZtLZprclIErl-8rvdfBSsPDXfZQfHvOS-yyIKmdve5gu3Uc70DEG85WTkqCELXPwzQxCUUr_hyphenhyphenuOK93C_x2PQyDI/s1600/IMG_6515.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7frn8z6Iz2Pn3px3SN-9zNcLbe8Q4W51QzzEH_R6Z4JQuK3YX86nZtLZprclIErl-8rvdfBSsPDXfZQfHvOS-yyIKmdve5gu3Uc70DEG85WTkqCELXPwzQxCUUr_hyphenhyphenuOK93C_x2PQyDI/s320/IMG_6515.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0t3Md83GLft3eQ1ftmVTJ9kXe_G-vVcrWj78_vwqvvpO8NBeRF7-YxdaKn8tTdA6FisufQucZKH4do65auHg8SnbibgSWpyZ7UxP9iADT5lnMjtRWs9HoIA0fJouX1A0VUKLVdXhkSY8/s1600/_MG_5722.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0t3Md83GLft3eQ1ftmVTJ9kXe_G-vVcrWj78_vwqvvpO8NBeRF7-YxdaKn8tTdA6FisufQucZKH4do65auHg8SnbibgSWpyZ7UxP9iADT5lnMjtRWs9HoIA0fJouX1A0VUKLVdXhkSY8/s320/_MG_5722.jpg" width="320" /></a></div>
.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRaY2IsTipmvOjL7HzgUYfiIscBZUJAZMt4pBY4Y6D43x1D6eBeuYc_Nkm2Hmwbh0ufzO76WqjQ6MIAleiX0sA8HF10_eFbmF4cgHvUmExIBSiLbhe1X4oCAEA2AUBYgtyyY4OrwuDkF8/s1600/IMG_0185.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRaY2IsTipmvOjL7HzgUYfiIscBZUJAZMt4pBY4Y6D43x1D6eBeuYc_Nkm2Hmwbh0ufzO76WqjQ6MIAleiX0sA8HF10_eFbmF4cgHvUmExIBSiLbhe1X4oCAEA2AUBYgtyyY4OrwuDkF8/s400/IMG_0185.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRyHQhJJdIAySyXAnXwIUEACodcifDbVGoBHwVHZs-kLYPJSJw8RF-FT4SXGfV0jMFk6HQQDrVmF4r3igexziOmG-FmpbSSsb93et-vRb19rpIcLAgmpFkcSuvsfuBNsHAFWn7ESbZqo/s1600/IMG_0188.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRyHQhJJdIAySyXAnXwIUEACodcifDbVGoBHwVHZs-kLYPJSJw8RF-FT4SXGfV0jMFk6HQQDrVmF4r3igexziOmG-FmpbSSsb93et-vRb19rpIcLAgmpFkcSuvsfuBNsHAFWn7ESbZqo/s400/IMG_0188.JPG" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmzev6b9CF4Zjtg6FWc62QX4VeeXmp70i9SUVjo3pJxmlPBI91qZbXMsPxx-CGCEZn47tqqD8o2XKZ5e_qUl2uW2V0USR6qQEkyL9XWsL87o9ZDyGTfSOPdF_BlQzjcE0tiPIYPFOpBDI/s1600/IMG_0190.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmzev6b9CF4Zjtg6FWc62QX4VeeXmp70i9SUVjo3pJxmlPBI91qZbXMsPxx-CGCEZn47tqqD8o2XKZ5e_qUl2uW2V0USR6qQEkyL9XWsL87o9ZDyGTfSOPdF_BlQzjcE0tiPIYPFOpBDI/s400/IMG_0190.JPG" width="400" /></a></div>
Fotos de Sumaya AghaUnknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-85704281168196313882012-05-09T16:27:00.000-04:002012-05-09T16:27:09.249-04:00I Be Liberia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLLzLE7D9KmbbOma7-fZKMkw0-ZD3u9p9iN8ctUOfvlIYpV8beByCrGJAaJnmGCMb_pHhlZyWwHaLX0svy-BLOB3R6dvlom1yPVnmMfuvWC60S_kLCtzZ6Z-vJ6OxPbZP0ZxMXCYlJFA0/s1600/IMG_0107.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLLzLE7D9KmbbOma7-fZKMkw0-ZD3u9p9iN8ctUOfvlIYpV8beByCrGJAaJnmGCMb_pHhlZyWwHaLX0svy-BLOB3R6dvlom1yPVnmMfuvWC60S_kLCtzZ6Z-vJ6OxPbZP0ZxMXCYlJFA0/s400/IMG_0107.JPG" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyIEL8goBmQ9XPrsSMpgtkpY9erZu98Hp9nczB9eslynIl4ITlr9pZDukra7u3TqadGDK2VlINTFwnvF4NMDJuYme9IubSY9eTWYe9JkRd5smMfPBspn9f9lObgpn7o2zpFlr0N2OX6gI/s1600/IMG_0123.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyIEL8goBmQ9XPrsSMpgtkpY9erZu98Hp9nczB9eslynIl4ITlr9pZDukra7u3TqadGDK2VlINTFwnvF4NMDJuYme9IubSY9eTWYe9JkRd5smMfPBspn9f9lObgpn7o2zpFlr0N2OX6gI/s400/IMG_0123.JPG" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtioCHTwkFDGq5dUlKTmUnUqTiIP6sw4fnsVu3DXWPwpSVd1DFeefUkRCn2SB10iO3nYk9AsDiVyuLiGY5Z9NVBQoZaJ7bzxF3YH8IaEP53BelBfItIqj17P62i5pAqsH49dLph1gzgrc/s1600/IMG_0162.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtioCHTwkFDGq5dUlKTmUnUqTiIP6sw4fnsVu3DXWPwpSVd1DFeefUkRCn2SB10iO3nYk9AsDiVyuLiGY5Z9NVBQoZaJ7bzxF3YH8IaEP53BelBfItIqj17P62i5pAqsH49dLph1gzgrc/s400/IMG_0162.JPG" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8L9fDgSf0BpBivVmPDrROd_fA-jaFKCRPTcjZZ0zPOIPS19nLfm_0FU1IYELvpeXepemcV2KoO56VpkdocJPm1GEfe7zO2VAaYxFjHxeuCP6rMQr6NHHNGABvxKJ6q98cOF3cUghdS3I/s1600/IMG_0174.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8L9fDgSf0BpBivVmPDrROd_fA-jaFKCRPTcjZZ0zPOIPS19nLfm_0FU1IYELvpeXepemcV2KoO56VpkdocJPm1GEfe7zO2VAaYxFjHxeuCP6rMQr6NHHNGABvxKJ6q98cOF3cUghdS3I/s400/IMG_0174.JPG" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbEPe6eqjJy53qIwthnBguUy5wxFWq8Toz6P15yhv27Mj1niXzyXdGHZqWTZAofRqmXkuUV5my1K9fCyVFO3kxYl5mAMz0tBXwygK4sbaDcAKDJH_CaZB6vnp-WBi2HTnK3h1GK5cRJo/s1600/IMG_0175.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwbEPe6eqjJy53qIwthnBguUy5wxFWq8Toz6P15yhv27Mj1niXzyXdGHZqWTZAofRqmXkuUV5my1K9fCyVFO3kxYl5mAMz0tBXwygK4sbaDcAKDJH_CaZB6vnp-WBi2HTnK3h1GK5cRJo/s400/IMG_0175.JPG" /></a></div>
Tem vezes que fotos dizem mais que mil palavras e no caso da minha viagem a Libéria, um dos países mais pobres do mundo, esta é a verdade absoluta. Como nunca tinha ido à África, não tinha a menor ideia do que esperar.E mesmo de acordo com amigos que conhecem o continente de cabo a rabo, não há muito o que dizer sobre a Libéria, uma país destruído por 14 anos de guerra civil e sem a menor infraestrutura disponível --não há eletricidade (só por gerador), não há sinais de trânsito ou hospitais em funcionamento. Fui com um certo medo do desconhecido e voltei encantada com a resiliência do ser humano e com capacidade das pessoas de colocar em prática seus sonhos, mesmo em circunstâncias extremamente desfavoráveis.
Conheci lugares que jamais sonhara em visitar e pessoas que nunca teria a chance de encontrar e que me transformaram profundamente. Ao olhar nos olhos de uma jovem empresária de 30 anos quando ela diz que sua família perdeu tudo na guerra mas ela nunca pensou em abandonar seu país e nem deixou de sonhar em ter seu próprio negócio, entendo perfeitamente o significado da palavra sobrevivente.
Incrível perceber que a expressão dela é bem parecida com a minha, quando me perguntam como reagi à minha doença. É estranho perceber o quanto temos em comum: eu uma mulher de classe média brasileira, educada nos EUA e ela, hoje uma empresária de sucesso num país paupérrimo como a Libéria. a verdade é que nós duas recebemos um punhado de cartas ruins em um determinado ponto de nossas vidas. Mas invés de desistir, não abandonamos o jogo, talvez até por acharmos que não tínhamos outra escolha. Seguimos em frente e estamos aqui para contar e viver nossas histórias. Me enche de felicidade saber hoje que o meu trabalho é contar as histórias destas pessoas fascinantes. A certeza que fica é que viver vale muito a pena, não tem doença ou guerra que mude isto.Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-87807392780989727932012-04-04T09:31:00.002-04:002012-04-04T09:32:24.089-04:00Joaquim, Elmo e o Marketing<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid0WOXB52V_kEsf2L4QVhZpTS8Kmjb8qz4alHOcQDCdT124sqnd4v0_ADy3P6JeYzailRsPbwlgHPe5rPvEJes-THkpaceUaCAKQeTs1GFOBRWODT1t-VrngKTVkJ7v9fsaEdDdgVPwbg/s1600/Elmo.PNG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="210" width="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid0WOXB52V_kEsf2L4QVhZpTS8Kmjb8qz4alHOcQDCdT124sqnd4v0_ADy3P6JeYzailRsPbwlgHPe5rPvEJes-THkpaceUaCAKQeTs1GFOBRWODT1t-VrngKTVkJ7v9fsaEdDdgVPwbg/s400/Elmo.PNG" /></a></div><br />
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Este fim de semana fomos ao supermercado e o Joaquim estava impossível. Dizem os especialistas que as crianças começam com os tais "tantrums" aos dois anos (acho que no Brasil a gente chama de manha mesmo!), mas pelo jeito meu filho é prodígio, pois seus ataques começaram bem cedo, aos 15 meses!<br />
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Depois que começou a andar, ninguém segura mais o Joaquim, que aliás só quer saber de correr. De vez em quando, se joga no chão de propósito e morre de rir. Uma coisa que notei no Joaquim literlmente desde o momento que ele nasceu, foi o fato de ele ter sempre que olhar para fora, enxergar o mundo que está em volta dele. Desde a hora do parto, passando pela amamentação e pelos vários cangurus ou baby carriers que eu comprei, o Joaquim nunca gostou de ficar virado para dentro. O que muitos bebês entendem como aconchego, o Joaquim deve ver como confinamento.<br />
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Mas voltando ao supermercado, obviamente ele detestou ficar sentado na cadeirinha do carrinho, afinal na cadeirinha o bebê vai olhando para mãe e não para o caminho a ser seguido. Em questão de segundos, ele deu um jeito de se virar e praticamente quase pulou do carrinho. No final das contas, um de nós empurrava o carrinho e o outro corria atrás do Joaquim.<br />
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Foi então que ele parou de repente em frente a uma prateleiro e começou a gritar "EMO, EMO". No início não entendemos bem, mas depois, olhamos para baixo e vimos que nosso pequeno apontava para uma lata de espaguete (acho) que tinha, advinhem, o Elmo, personagem da Sesame Street (ou Vila Sésamos, como o programa era chamado no Brasil), estampado no rótulo. <br />
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Ficamos passados, por dois motivos. Primeiro, o Joaquim ter reconhecido e falado o nome do personagem num ambiente totalmente estranho a ele. E depois pela jogada de mestre do marketing do supermercado, que colocou a tal lata numa das prateleiras inferiores, onde adultos raramente prestariam atenção, mas localizada perfeitamente ao nível dos olhos de uma criança pequena, público-alvo do programa. É o não é genial? Tentando capturar mentes antes mesmo que as crianças possam completar uma frase. Americano não dá ponto sem nó e o pior é que todo mundo copia...Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-48961582261424876562012-03-27T10:27:00.000-04:002012-03-27T10:27:55.136-04:00IdiomaSemana retrasada, fui convidada a falar para estudantes de uma escola aqui em Maryland. O convite inicial foi feito a minha COO, que por conta da agenda apertada, sugeriu que eu fosse em seu lugar. O assunto? A importância de falar uma língua estrangeira. O tópico aparentemente inofensivo, mas um tanto desinteressante para um monte de adolescentes, também me levou a uma certa crise existencial. Na semana que me preparava para a tal palestra, passou uma barca aqui na empresa, o que me deixou bastante chateada.<br />
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Encontrar inspiração quando não se está bem consigo mesma é um desafio e tanto, mas como convite já estava aceito, não tive outra alternativa. A professora de espanhol e seus alunos de três turmas diferentes me aguardavam. Não gosto de falar para muita gente. Odeio PowerPoint. Detesto ficar escreva de slides. Não suporto me sentir amarrada a um discurso ensaiado. Não consigo memorizar palestras. Fico nervosa e me sinto engessada. Sou viciada em adrenalina. Stress é meu combustível.<br />
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Já sabia que não ia preparar nada muito detalhado, mas queria ter ao menos uma ideia geral do que dizer para os adolescentes. E foi então que, a pedido da professora, comecei a separar umas fotos dos programas que temos nos mais de 20 países onde trabalhamos. E mexendo nas minhas coisas, descobri também algumas fotos bem turísticas. Foi aí que surigiu o conceito principal da coversa: quando viaja, você pode se contentar só com a superfície ou pode querer aprofundar a sua experiência. Você pode se contentar só com as fotos de cartão postal, ou preferir bater um papo com as pessoas daquele lugar e tentar imaginar como seria um dia na vida deles. <br />
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Não há nada de errado com nenhuma das opções, mas como sou bisbilhoteira e ganho a vida contando histórias, para mim não há cartão postal no mundo que seja mais importante que uma conversa com alguém que viva naquele país. Praia bonita, paisagem perfeita, tem em todo lugar, o que faz um país deiferente do outro é o ser humano e como ele transforma sua realidade. E isto a gente só pode descobrir se fala a língua dele. Como disse Nelson Mandela, <i>If you talk to a man in a language he understands, that goes to his head. If you talk to him in his language, that goes to his heart.</i><br />
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A palestra deveria durar meia hora, mas a conversa acabou durando quase uma hora e meia. Os alunos tinham muitas perguntas e muitas experiências para trocar, apesar da pouca idade. E no final, saí de lá pensando que apesar do meu cinismo inicial, a minha vida teria sido completamente diferente se não falasse outro idioma. Aliás, a vida que tenho hoje simplesmente não seria possível. Desde o meu primeiro emprego, guia da Amsterdam Sauer, até obviamente meu emprego atual, todas as oportunidades que tive, desde os 15 anos, chegaram a mim por causa da fluência num idioma estrangeiro. Isto sem falar nas pessoas que conheci, nos amigos que fiz e no homem com quem me casei. Então talvez o esforço de aprender um idioma não se traduza em cifrões ou em milhões na minha conta bancária, mas representa uma imensa satisfação pessoal, e mais do que isto, me permite viver fazendo o que gosto e ainda por cima sendo paga por isto.<br />
E assim aquilo que começou com o outro em mente, acabou sendo uma viagem para dentro de mim mesma. A palestra seria uma atividade educacional para estudantes de middle school em Maryland, mas quem aprendeu uma grande lição fui eu.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-32796697427500402702012-03-15T10:24:00.002-04:002012-03-15T11:21:11.071-04:00Finalmente Caminhando<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/R844wiz-NJk" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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Custou bastante, mas o Joaquim finalmente está andando para todo lado. Anda com passos largos e firmes, quase não cai (também praticou bastante!), mas os braços, ah os braços fazem a gente morrer de rir. Outro dia quando o deixei na creche, a professora foi logo falando, "Olha que lindo! Ele está andando igual ao Frankenstein!" Olhei com mais cuidado, e não é que ela estava certa? os bracinhos dobrados para cima e as mãozinhas esticadas...o próprio Frankestein! Mas o Frankenstein mais fofo do mundo!<br />
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O Joaquim andou bem tarde, assim como eu. Além de ser expert para engatinhar -- desafio qualquer um a apostar uma corrida com ele, o pequeno ganha no ato -- percebemos que ele também é bastante cauteloso. Até mesmo ao subir e descer as escadas de casa -- que ele faz desde uns nove meses -- ele estuda todos os movimentos meticulosamente e só assim avança. Aprendeu a subir e descer sozinho, depois de muita prática e -- queira Deus que continue assim -- sem nenhum tombo.<br />
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Ele engatinhou relativamente cedo, aos sete meses, e acho que justamente por isto, nãotinha muito interesse em caminhar. A gente o colocava de pé, ele dava um passinho tímido e logo se jogava de joelhos. Depois até andava segurando nos móveis, mas assim que decidia que queria ir a algum lugar, percebia que de joelhos chegaria bem mais rápido.<br />
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Agora sinto que estamos numa nova fase, o pessoal aqui chama de "Walking Waka", que é o apelido dele na creche. Gavetas, armários, máquinas de lavar pratos e roupas que se cuidem... <br />
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O vídeo é de quase um mês atrás, agora ele nem aceita mais que a gente dê a mão...Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-26407339804471142542012-03-05T16:05:00.001-05:002012-03-05T16:07:35.683-05:00Mitância na MaternidadeOntem tive um sonho meio estranho. Não me lembro bem dos detalhes, mas tinha a ver com maternidade e com caretice, ao mesmo tempo. Acho que eu me queixava de não fazer parte das listas VIPs ou de não ser mais convidada para eventos bacanas pelo fato de ser mãe. Paranóia, eu sei.<br /><br />Será que mudei tanto assim depois que meu filho nasceu? Será que deixei de ser contectada e bem relacionada para virar matrona? Sempre tive dificuldade de me encaixar em papéis específicos ou rótulos. Sempre tive interesses diversos demais, opiniões conflitantes demais e vontades demais para poder ser só uma coisa, para explorar um só caminho. Com a maternidade não poderia ter sido diferente. Sim, este é o papel mais importante que desempenho, mas certamente não o único, e é por isto que às vezes me sinto meio peixe fora d’água aqui.<br /><br />Parece que a palavra mãe acabou se tornando sinônimo de militante. Coisas que minha avó e minha mãe encararam normalmente ao longo dos anos, aqui viram motivos de discussão acalorada. Outro dia, um grupo inflamado no Facebook reclamava e exigia que o Facebook se retratasse por não deixar que usuários colocassem fotos mais explícitas de bebês sendo amamentados. Tudo bem, amamentação está longe de ser pornográfia, mas me pergunto por que alguém tem tanta necessidade de colocar fotos desta natureza na internet?! Salvo o caso de fotos ilustrativas e educacionais, que ensinem a mulher a amamentar melhor seu filho, obviamente. Fotos de mães amamentando seus filhos são lindas, mas também são extremamente íntimas. E cá entre nós, duvido muito que seus 500 amigos do Facebook – que incluem o chefe, o pessoal da academia e os vizinhos – realmente tenham grande interesse por este tipo de foto. Coisa mais estranha.<br /><br />Longe de mim criticar quem amamenta! Quer amamentar seu filho até os 10 anos, maravilha. Eu amamentei o meu enquanto pude. Mas por que de repente um ato tão simples e íntimo agora passa a ser parte das manchetes dos jornais? Entendo que querer fazer o melhor par ao seu filho é o dever de toda mãe, mas querer receber medalha de honra ao mérito por fazer o que mulheres fazem desde que o mundo é mundo é um pouco demais.<br /> <br />Esta história de sou mãe-leoa, escutem meu rugido, já deu o que tinha que dar... Só sei que tanto ativismo e tanta militância me dão arrepios. Passo longe destas mães profissionais. Tenho medo de abrir a boca em parquinhos onde elas trocam receitas de como fazer lenços umedecidos em casa ou metem o pau nas mães que usam mamadeira. <br /><br />Quando decidi que queria ser mãe não estava em busca de um novo rótulo para me definir, uma nova causa para abraçar, ou uma nova identidade para assumir. Queria apenas trazer um serzinho especial para este planeta e procurar dar a ele o melhor de mim. Só isso.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-88074554499624845172012-03-01T10:31:00.002-05:002012-03-01T10:37:42.461-05:00Tudo bem...A semana foi tão puxada que nem tive tempo de vir aqui e agradecer as orações e os pensamentos positivos de todo mundo.<br /><br />Minha consulta em Hopkins foi perfeita e melhor do que eu esperava. O médico estava tão otimista que chegou a aventar possibilidade de espaçar mais as consultas semestrais. Eu, de cara, protestei! Acho que devo ser a única paciente que faz ressonância magnética com contraste sem reclamar, mas como gato escaldado tem medo de água fria, pedi para continuar indo lá na mesma frequência. Ele aceitou e disse que de repente ano que vem, a gente espaça... Por mim, não!<br /><br />De qualquer jeit, respiro bem mais aliviada e agora já posso continuar a planejar férias, projetos no trabalho e mil e uma atividades sem aquele medo inrustido. Este mesmo medo, que é meu companheiro de viagem incoveniente, ao mesmo tempo me faz dar valor as pequenas coisas da vida, a contar cada uma das bêçãos recebidas.<br /><br />E depois de mais uma vitória, só posso dizer, graças a Deus!Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-338725441198937358.post-14377049888087440882012-02-17T13:41:00.002-05:002012-02-17T13:50:51.646-05:00Ufa!"Acho que a gente já pode dizer quase com certeza que vai parar no primeiro filho, né?" Esta foi a pergunta/afirmativa do Blake ontem de manhã quando nos arrumávamos para o trabalho. Só para resumir a longa história, hoje estamos os três tomando antibiótico -- três tipos diferentes -- e todos os três fomos ao médico -- em três dias diferentes com três doenças diferentes.<br /><br />O Blake ficou imprestável por conta de uma gripe horrível. O Joaquim pegou uma virose que se evoluiu para otite e eu, uma infecção renal. Melhor impossível, né?<br /><br />Valentine's Day lá em casa foi pior do que enterro...três zumbis rabujentos com vontade de desaparecer.<br /><br />Mas passou e graças a Deus estamos todos melhores. Quanto a pensar em outro filho? Sinceramente quando pai e mãe trabalham longe de casa, o dia inteiro e não tem ajuda, a coisa fica muito difícil, praticamente impossível. Eu que não gosto da ideia de filho único, estou começando a rever meus conceitos.Unknownnoreply@blogger.com6