
Há 70.000 pessoas entre 15 e 39 anos que recebem o diagnóstico de câncer a cada ano nos EUA. Nas últimas duas décadas o aumento nos índices de sobrevivência nesta faixa etária foi ínfimo ou nulo. Ao assinar esta declração você está apoiando a Declaração de Direitos dos Jovens e Adolescentes para que ela se transforme num padrão para o tratamento e que venha a atender as necessidades desta população mal servida.
Acho que algo deste porte deveria ser feito no Brasil, onde não temos nada documentado sobre o câncer em pacientes jovens.
Nos EUA, país onde não existe sistema de saúde universal, há muitos problemas que precisam de uma solução imediata: acesso à saúde e proteção legal são exemplos.
No Brasil, o acesso à saúde é problemático, mas temos um sistema de saúde pública existente e leis que amparam os pacientes de câncer. Por outro lado, os planos de saúde são mais intransigentes que os americanos e os médicos muitas vezes minimizam o papel do paciente em seu próprio tratamento.
O fato é que cada vez mais jovens têm que lidar com o câncer no Brasil e no mundo e muito pouco tem sido feito para amenizar este sofrimento.
Achei interessante o que encontrei aqui.
Declaração de Direitos dos Jovens e Adolescentes Portadores de Câncer
Não somos casos pediátricos nem geriátricos
Temos necessidades únicas – médicas, sociais e econômicas
Entretanto, os direitos e a dignidade de adolescentes e jovens adultos são iguais aos de todos os indivíduos.
Merecemos ter nossas crenças, privacidade e valores pessoais respeitados.
Acesso à saúde é um direito, não um privilégio.
Nossos direitos, como os entendemos e queremos preservá-los, são:
1. O direito de ser levados a sério quando buscamos atenção médica para evitar o diagnóstico tardio ou errôneo, e o privilégio de ter discussões confidenciais com respeito ao nosso próprio tratamento.
2. O direito a um plano de saúde dentro das nossas possibilidades, assim como testes para detecção de doenças em estágio inicial, sem interferência de seguradoras de saúde ou status socioeconômico.
3. O direito aos métodos preservação de fertilidade e a informações e pesquisas sobre possíveis efeitos atuais ou futuros que o tratamento do câncer possa ter sobre nossa fertilidade.
4. O direito de ser informado sobre testes clínicos disponíveis e acesso razoável aos mesmos.
5. O direito de acesso direto a especialistas em câncer em adolescentes ou jovens e, quanda requisitada, uma segunda opinião independente de plano de saúde ou localização geográfica.
6. O direito de acesso a um(a) assistente social ou profissional especializado em pacientes de câncer jovens ou adolescentes.
7. O direito ao suporte psicológico “normalmente aplicável”.
8. O direito de ter nossa posição como estudantes ou profissionais protegida por lei enquanto tratamos o câncer a fim de minimizar discriminação.
9. O direito a explicações claras sobre os efeitos colaterais da doença e do tratamento a longo prazo e a todas as opções para procedimentos reconstrutivos ou de reabilitação.
10. O direito de ter todas as opções de tratamento explicadas a nós em detalhes, ter todas as nossas perguntas respondidas, e receber esclarecimento quando necessário para que possamos ser parte ativa de nosso tratamento.
No comments:
Post a Comment