É engraçado como algumas pessoas nos surpreendem. Minha professora favorita de yoga é uma delas. Alguns anos mais jovem do que eu, Ashley é uma jovem loura e baixinha, que carrega dentro de si uma mistura de energia e tranquilidade e sempre me passa a impressão de ser muito mais sábia do que sua aparência sugere.
Simplesmente adoro as aulas de yoga dela, que mesclam de uma maneira única, esforço físico, atividade mental e uma boa dose de espiritualidade. Uma vez conversando, ela me disse que eu deveria continuar me importando com as pessoas que sofriam, mas que tinha que ter noção do meu lugar. Ashley me explicou que a minha atitude de oferecer um ombro amigo ou uma palavra de esperança era admirável, mas que eu não poderia fazer nada muito além disto. Livrar estas pessoas da dor e do sofrimento não era tarefa para minha alçada, libertar seus espíritos e corpos era tarefa que caberia exclusivamente a Deus, aquele que é capaz de todas as coisas.
Ao sair da sala, senti o meu fardo incrivelmente mais leve, como se tivesse feito uma grande descoberta. Dali para frente, entendi o significado da palavra entrega, que é completamente diferente da palavra desistência. Entregar-se significa muitas vezes aceitar a união com o universo ao passo que desistir é praticamente aceitar a derrota e tem um sabor de fracasso.
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