October 6, 2008

De volta a Baltimore

Saí do Rio ontem à noite, depois de visitar minha avó no hospital. Não foi o quadro que eu havia imaginado, pois queria muito ter saído de lá depois de vê-la no quarto, já fora de perigo. Mas infelizmente não foi possível.

Foi difícil sair de lá e deixá-la no mesmo CTI escuro e frio, mas ao mesmo tempo saí de lá em paz, pois algo me diz que ela vai ficar bem. Diante de cada obstáculo, por mais árduo que seja, ela demonstra força e coragem, sem nunca desanimar. Quando não está sob efeito de sedação dá demonstrações de que sua mente está como sempre esteve, 100%. Pede massagem na perna, reclama de sede e pergunta pela Chiara. Outro dia perguntei se ela estava me confundindo com a minha irmã, ela fez uma cara muito feia, como quem dissesse "sua pirralha, com quem você acha que está falando? Não sou nenhuma velha gagá!" Aliás, ela odeia que a chamem de velhinha...

Acabo de falar com a minha mãe e saber que a minha avó foi levada ao prédio ao lado para fazer uma tomografia computadorizada, pois está se queixando de dores no abdomem. Deus queira que não seja nada. Procuro manter a calma, mas os nervos realmente ficam à flor da pele.

Continuo as minhas orações e sei que muitos amigos por todos os cantos já nos incluíram em suas orações diárias. Peço que continuem, e se possível, que se unam a nossa corrente que acontece todos dos dias às 22h, horário do Brasil. Pedimos pela recuperação da minha avó e de seus companheiros de UTI e pela saúde dos que precisam.

A minha fé como sempre se mantém inabalável e acredito mais que nunca no poder da oração e do pensamento positivo. Sei que dentro em breve minha avozinha vai sair de lá.

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