Casamento no Brooklin Botanical Garden - verão 2000 - Marisa e eu
Festa de Natal 1999 - James & Rich -- Na foto - Michele (a famosa noiva), eu e Ana.
Incríveis estas fotos. Parecem de uma outra vida... Flashback total!
Volta e meia me pergunto por que Nova York tem sempre um efeito diferente em mim. Além do encantamento que a cidade exerce sobre a maioria dos normais, Nova York me faz refletir sempre e perdida nos meus pensamentos, acabo me sentindo melhor. Acabo ficando mais próxima de mim mesma.
Esta última viagem a Nova York foi muito boa para mim. Aquela cidade me faz muito bem por vários motivos, por ser meu segundo lar, por ser lá onde está grande parte de meus amigos de longa data, por poder andar a pé e sem medo, por ser simplesmente o centro do mundo. (Sorry London, mas como Nova York não há!)
Amo Nova York por muitos motivos, mas acho que acima de tudo porque é lá que me sinto mais viva. Sempre tenho uma sensação muito estranha quando estou lá: me sinto livre, feliz e a impressão que tenho é que a qualquer momento posso encontrar a Dani de 10 anos trás correndo pela rua. E a minha vontade é abraçá-la e dizer a ela que tudo vai ficar bem no final. Que nada destes problemas idiotas que ocupam a cabeça dela valem a pena. Gostaria que ela soubesse que a vida nos reserva umas surpresas, nem sempre boas, mas que todas elas nos transformam na pessoa que queremos ser. Diria para aquela Dani guardar as suas lágrimas, pois ela ainda vai ter muitas oportunidades de derramá-las, por coisas que realmente importam. Não perca seu tempo insistindo em apostas erradas, pois a vida é muito curta e os momentos felizes preciosos demais.
Lembro que as minhas preocupações naquela época, lá nos idos dos anos 90, eram bem diferentes: Será que o carinha da semana passada vai ligar? Qual das dez festas de sábado vou acabar indo? Preciso ligar para meus 500 amigos para marcar a festa-surpresa de aniversário de um deles. Onde está meu celular? Enfim, "preocupações" mais que normais e banais para uma jovem de 22 anos. Mas tinha meus momentos de crise também. Aquela cidade é tão louca e frenética que às vezes me perguntava se não ia acabar perdendo a minha essência. Me perguntava também se no meio daquela multidão desvairada conseguiria achar e, mais do que isso, enxergar o amor da minha vida. Estas eram as minhas dúvidas naquela época. Eram estes os pensamentos que me ocupavam a cabeça enquanto caminhava a pessos rápidos pela Sétima Avenida para pegar o metrô para o trabalho. Dúvidas e reflexões que me consumiam enquanto passava minhas tardes de sábado perambulando pelo meu bairro querido, o West Village, reduto de beatniks, artisitas, velhos hippies, escritores legendários (Robert Frost e e cunnings moraram na minha rua!!!!) e meu mundo do faz de conta também.
Então quando volto para lá, sinto um déjà-vu enorme. Tudo me é tão familiar e ao mesmo tempo tão fascinante. Gosto de parar, respirar um pouco e pensar na minha vida, no quanto caminhei e no quanto lutei para estar ali. Estas útlimas semanas têm sido um pouco isto para mim: uma volta ao começo, um mergulho na minha essência, uma reconciliação com quem eu sou.
E o que parecia uma viagem fadada ao fiasco e com um enorme gosto de fracasso, se transformou em uma das melhores experiências dos últimos meses. Para mim, Nova York é sempre Nova York. E o Rio? Ah, o Rio é sempre o Rio, mas isto já é uma outra história.
4 comments:
É uma delícia ler sobre as suas aventuras nesse blog!
Mais uma coisa maravilhosa na sua vida:
O tempo só te fez bem!!!
Vocês está muito mais bonita!
Beijos
Selma
Selma,
Você sempre me colocando para cima! Estas fotos realmente me fazem ver o tempo de uma forma mais positiva...
Beijos!
Caramba, vc está mais linda agora.
Voltei, tava sumida, mas voltei (marido estava doente / está em recuperação). Tava com saudade de escrever pra você. Beijos.
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