August 22, 2008

Frentes de trabalho...

Estou com uma novidade engasgada há meses. Queria esperar mais um pouco para contar mas a verdade é que a minha língua já está coçando!!!

Muita gente aqui sabe que virei colunista/correspondente internacional(!!!) da Revista Noivas Rio de Janeiro. Num momento nada característico meu de extrema cara-de-pau, peguei o telefone aqui em Maryland e resolvi ligar para a Lu Bittencourt, editora da revista. Tinha trocado uns emails com ela uns meses antes por conta de uma foto minha que tinha saído na revista, mas nosso contato acabou sendo bem rápido.

Com a proposta de trabalhar em casa para o Mergermarket, resolvi aproveitar meu tempo e a estrutura de home office para fazer matérias que me dessem prazer. E foi assim que acabei me tornando colaboradora da revista. A minha primeira coluna saiu dentro da Fique Por Dentro e ainda colaborei com umas outras matérias, dando um foco Americano/internacional. A parceria tem dado certo e agora no próximo número da revista, minha coluna vai ser independente e com direito a foto e tudo! Oooh-hoo!

Alguns meses antes, para ser mais precisa, em fevereiro, uma amiga minha me deu umas revistas assim que saí do hospital. Uma delas era a Criativa, que para minha surpresa estava completamente repaginada – mais jovem, mais interessante, mais dinâmica. Lendo a revista, imaginei uma matéria da Kris Carr, do Crazy Sexy Cancer, lá. A Kris era a cara da revista; bem-humorada, atrevida, corajosa e moderna.

Em outro arroubo de cara-de-pau, resolvi mandar um email para a redatora-chefe da revista. Sei que isto é a coisa mais comum na vida de qualquer repórter, mas sempre tive um medo terrível de rejeição e evitei ao máximo estes telefonemas/emails oferecendo meus serviços a estranhos, mas no fim decidi que um email não seria tão ruim assim. Apertei o "send" e lá se foi minha mensagem. Não liguei para confirmar nada, não fiz follow-up, deixei para lá. A minha breve cara-de-pau tinha acabado assim que o email tinha sido enviado.

Vários meses se passaram até que em junho, para a minha total surpresa, a redatora me escreve de volta, dizendo que tinha adorado a minha pauta e tinha encaminhado para a editora, que ia entrar em contato comigo. Dito e feito! Em questão de horas elas tinham comprado a minha idéia, mas o prazo da matéria era de uma semana!!!! Quase enlouqueci, pois estava às voltas com um outro projeto muito bacana de uma vinícola no Vale do São Francisco. Mas como dizem por aqui, "when it rains, it pours" e eu nunca fiquei triste de ter trabalho bacana para fazer.

Depois de trocar emails com um monte de gente, resolvi ligar do nada para a editora da Kris. Obviamente a pessoa responsável estava fora, então continuei ligando até encontrar alguém que pudesse me ajudar. Acabei falando com a agente dela que, depois de algumas perguntas, agendou a entrevista para a semana seguinte. Conversei com o pessoal da Criativa e consegui aumentar um pouquinho o prazo.

A entrevista foi superbacana e ainda que por telefone deu para sentir a vibração boa da Kris. Se no início, apesar de admirá-la muito, eu tinha alguma reservas quanto ao seu "bom humor excessivo", conversando com ela, vi que ela era uma pessoa extremamente centrada. Trocamos muitas experiências; ela me deu várias dicas de saúde, pois agora ela é especialista em alimentação, e respondeu a todas as perguntas com franqueza absoluta. Desliguei o telefone feliz e satisfeita de ter cumprido a minha missão.

Apesar da correria toda, o livro da Kris, que estava marcado para sair em agosto, foi adiado para mês que vem, sendo assim a Criativa segurou a matéria para coincidir com o lançamento, então a minha matéria sai na edição do mês que vem, setembro.

Nestas horas me lembro bem o motivo que me levou a virar jornalista: poder me aproximar de qualquer pessoa, fazer qualquer pergunta (dentro dos limites da inteligência e da sensibilidade humanas) sem precisar de justificativa. A parte ruim é que às vezes a gente acaba entrevistando quem não quer e tem que fazer perguntas que para nós não fazem a menor diferença, mas não tem opção, afinal são ossos do ofício.

Mas depois de tudo que já passei e das experiências e desilusões que tive dentro da profissão, hoje me encontro numa posição invejável: só falo e só escrevo sobre as coisas e as pessoas que me interessam. Não me interessa inventar matéria sensacionalista; não me interessa devassar a vida de inocentes, não me interessa julgar e condenar ninguém. Quero falar de gente que tem mensagens interessantes para dividir, que tem uma trajetória de vida com a qual possamos aprender, quero estar perto do que me inspira e não do que me causa nojo.

Se durante muito tempo me vi em situações onde pensei não ter escolhas, hoje vejo tudo muito diferente. Sempre há opções. Às vezes não são as alternativas ideais, mas elas elas existem e a vida é feita delas. Aprendi na marra que não se pode ter tudo na vida, ou pelo menos não exatamente do jeito que a gente sonhou, mas é justo isto que nos faz pessoas mais interessantes.

A Kris disse na entrevista, que independente do c6ancer, ela percebeu que coisas boas iriam acontecer. Acho que foi à mesma conclusão que cheguei. Ela tem razão, coisas boas vão acontecer, mas temos que estar abertos para elas e acreditar. Pena que eu tenha demorado tanto para entender isto.

2 comments:

A menina e os pensamentos said...

Uuuuuhhuuuuuuu!!!!!!!! Maravilha!!!! Feliz por vc, sempre! Muitos beijos naquela que está se tornando a minha jornalista predileta!!! kkkkkkkk

Anonymous said...

Parabéns Dani!!!
Amo ler o seu blog! Seu talento para escrever é óbvio e delicioso!
Sei q vc gosta de casamentos então vou te mandar minha página: www.ewedding.com/sites/antonandcassia

Me casei no religioso dia 16 de Agosto (Sábado passado). O padre tbm falou em inglês e em português e a cerimônia foi linda com alguns toques americanos, como as madrinhas se vestirem da mesma forma e ficar mulheres à esquera e homens à direita. As fotos que estão no newlyweds meus convidados tiraram, as profissionais virão logo logo e poderão ser vistas em: www.shmaraba.com.br/eventos
usuário:16082008
senha: antonecassia

Depois me fala o que achou! Foi melhor do que eu sonhava, mas passa tão rápido. Senti que o dia estava no fast forward! hehe

Ahh! A entrevista para o meu visto K1 será dia 16/09/08 e vou esperar o passaporte lá no Rio para eu poder ir direto para os EUA dia 20 de Set. Não vejo a hora de ficar com meu maridinho :)

Beijos,
Cássia