Que a minha fé em Deus e em alguns médicos é enorme não é novidade para ninguém, mas não é por isto que vou deixar de fazer a minha parte.
Depois de acreditar durante muitos anos que não precisava fazer nenhum mudança na minha vida, tive que voltar atrás. Logo após a minha primeira cirurgia, a única coisa que aboli do meu cardápio foi a gelatina, que apesar de dizerem ser ótima contra a celulite é uma bomba de corantes artificiais, inimigos mortais de qualquer fígado -- saudável ou não. Então aprendi a conviver melhor com as minhas celulites em prol de uma vida mais longa para meu fígado e conseqüentemente para mim.
Mas esta foi a única restrição radical. De resto, continuei a tomar muito refrigerante, muito leite com Nescau e a usar adoçante, ketchup e devorar batatas fritas uma vez ou outra. Afinal eu estava curada e podia levar uma vida normal, sem grandes excessos, mas normal.
Até que li o livro da Kris Carr, Crazy Sexy Cancer Tips, que vai sair no Brasil no mês que vem (depois faço um post especial sobre isso!), e comecei a pensar diferente. Ela prega uma dieta bem radical e vegana formada de aproximadamente 80% de alimentos crus e cita uma série de argumentos científicos que legitimam a teoria.
Na hora achei tão interessante quanto radical. Abrir mão de queijo, leite e Diet Coke? Nem pensar... Carne vermelha, tudo bem, mas ovos, laticínios e um frango de vez em quando? Muito difícil. Registrei a informação e armazenei lá no fundo do meu HD.
Mas como a vida é mesmo uma caixinha de surpresas, de um dia para o outro, assim do nada, percebi que não era tão saudável quando parecia e que a minha cura absoluta...bem não tinha sido tão absoluta assim, pois ninguém podia negar depois daquele fatídico ultra-som que havia um tumor bem grandinho de novo no meu fígado.
Se era novo ou se já estava lá desde sempre, isto só Deus um dia vai poder me dizer, pois os médicos já desistiram da idéia e como já aprendi a não chorar sobre o leite derramado, se o tumor era novo ou velho caquético, também já não me interessa. Só sei de duas coisas: ele já não está mais lá e se depender de mim não voltará nunca mais!
E foi justamente por causa da minha decisão de nunca mais fabricar tumores que revi a minha posição quanto à dieta radical proposta pela Kris Carr. Na verdade, continuo confiando muito em Deus para que esta doença não volte a atrapalhar meus planos, mas decidi conscientemente ser mais ativa no que diz respeito a fazer a minha parte. Afinal não foi Deus que nos deu o livre arbítreo?! Então nosso dever é usá-lo.
Então desde fevereiro, o Blake e eu resolvemos adotar um estilo de vida muito saudável e só estamos colhendo os benefícios. A pressão do Blake que alternava sempre mais para alta, agora não passa de 11x7 ou coisa parecida e as minhas cólicas menstruais diminuíram notavelmente. Meus exames de sangue estão perfeitos, incluindo a taxa de hematócritos. A minha mãe vai ficar feliz de saber que o ferro das folhinhas de espinafre e de brócolis está sendo mais que suficiente para mim. Os últimos hemogramas não me deixam mentir.
Uma vez que ajustei a alimentação, duas coisas ainda continuavam a me incomodar: ainda não tinha implementado uma rotina de exercícios físicos e estava afastada da igreja havia alguns meses. Mas semana passada dei um fim nisto e de uma forma muito fácil. Agora o Blake e eu caminhamos uns quatro kilômetros por dia e sempre que posso dou uma passadinha na igreja. Domingo fui a missa e me senti muito bem. Continuo as minhas orações diárias na esperança de fortalecer ainda mais a minha conexão com "Ele" lá em cima. Acho que aos poucos chego lá.
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