Confesso que nunca fui muito boa nisto, já que tenho uma enorme dificuldade em viver pura e simplesmente o presente. Passei, e ainda passo, a maior parte da minha vida no futuro. Pensando em quando eu tiver isto, quando aquilo acontecer, quando eu me livrar daquilo... E a vida vai passando. Como dizem por aí, o primeiro passo para resolver um problema é reconhecer que ele existe. Ponto para mim. (Será que isto já é pensar positivo???)
Tenho me empenhado muito em tentar viver o presente para que amanhã eu não olhe para trás e me pergunte para onde foi a minha vida que passou e nem ou percebi. Depois da história toda da segunda cirurgia, disse para mim mesma que não esperaria mais nada. Afinal esperei cinco anos para encher a boca e dizer que estava CURADA, mas esta minha pseudo-condição acabou não durando mais do que alguns meses. Então volta e meia fico repetindo para mim mesma, estou curada até que me digam o contrário, e só Deus sabe o esforço que é esquecer da parte “até que me digam ou me mostrem o contrário.” O tempo faz com que os choques sejam absorvidos, mas não creio que faça com que os traumas desapareçam. Levei uma rasteira sim e a cada dia que me levanto, luto para me livrar dela. Uns dias são mais fáceis, outros nem tanto assim.
Os últimos dias ficam na categoria do “nem tanto assim”, pois nada me parece completo sem que eu tenha a minha avozinha para comemorar comigo. A minha fé que a cada dia é mais testada, às vezes claudica, às vezes me faz perceber o quanto ainda tenho que me esforçar muito para tentar entender um pouco as coisas. As notícias mudam pouco e o medo aumenta. Tem sido difícil, muito difícil, tentar ficar nos pontos positivos quando existem tantos pontos de interrogação diante de mim.
1 comment:
Dani, nao tenho comentado mas continuo torcendo pra sua avo sair daquele CTI o mais rapido possivel. Levaram as fotos para ela?
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