Apesar do frio e das liquidações malucas, o clima de fim de ano aqui nos EUA anda fraquinho, fraquinho... Nos meus vários anos por aqui, nunca vi uma temporada tão desanimada. Andanado pela rua a gente só escuta falar na tal da crise, as pessoas com medo de perder seus empregos, outras já desempregadas, todas dizendo que o Papai Noel deste ano vai ser bem magrinho.... Parece até um país que eu conheço lá no hemisfério sul. Well, mas isto foi antes do superpresidente dizer para ninguém dar bola para crise. Veremos...
Tenho pena do coitado do Obama que vai ter muita coisa para arrumar em pouco tempo, pois convenhamos que quatro anos não são nada para consertar esta caca deixada pelo ilustre George Bush. Este baixo astral me faz lembrar um pouco o meu primeiro ano por aqui, nos idos de 1992, quando cheguei a Virginia na condição de bolsista universitária, às vésperas da eleição de Bill Clinton.
A situação não era nem de perto tão delicada como a de hoje, mas a Guerra do Golfo tinha acabado e deixado um estrago e uma conta enorme para o contribuinte pagar, a taxa de desemprego não era nenhuma maravilha para os padrões americanos e o povo estava a fim de mudança. E consegui.
No final do primeiro mandato de Clinton o clima era outro. Taxa de desemprego baixíssima, economia indo de vento em popa, a internet engatinhando e o país crescendo. No segundo mandato do democrata, apesar de alguns escândalos, o cenário ainda melhorou mais – a Nasdaq e o índice Dow Jones batendo record atrás de record, a bolha de internet cada dia mais violenta e qualquer zé mané que saía de um MBA com um business plan qualquer conseguia milhões para bancar seu start-up.
As festas... as festas vocês nem imaginam... Nova York era uma farra vinte quatro horas por dia. Até jornalista tinha festa bancada pelas agências de publicidade e RP, pelos bancos de investimento e escritórios de advocacia... Patrocinador com expense account gorda para bancar era o que não faltava. É por isto que digo que a Nova York dos anos 90 era a Paris dos anos 20 – não tinha para ninguém.
As festas de Natal então eram completamente over the top... muita ostentação, mas um clima ótimo, de euforia total, bem diferente do que se vê por aqui hoje... Que novos ventos venham a soprar aqui na Terra do Tio Sam. Agora é rezar para Barak Obama dar conta do recado. Torcida é o que não falta.
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