Well, a verdade é que nunca mais a rotina vai ser a mesma, mas a gente se adapta. O Joaquim parece feliz e está se adaptando muito bem à creche. Ontem comeu bem e dormiu tranquilo quando chegou em casa. O chato é que com tanta coisa para fazer -- jantar, arrumar as coisas dele para o dia seguinte, lavar as roupinhas dele -- sobra pouco tempo para curtir o gorducho.
Hoje ele dormiu até tarde e o Blake praticamente teve que acordá-lo para sair. (Ao passo que eu acordei às 5.45!!) O bom é que ele puxou a mãe e sempre acorda de bom humor. Fomos os dois felizes para creche, mas confesso que foi difícil deixá-lo lá, mesmo ele estando feliz e brincado...
Saudade do gorducho!
March 30, 2011
March 29, 2011
E Agora José?
Acabei de entrar no site do Globo e saber da morte do Ex-Vice-Presidente José Alencar. Senti muito, aliás sinto muito, porque posições políticas e ideologias à parte, este homem foi exemplo de coragem, determinação e dignidade para muita gente, inclusive para mim. Treze anos de luta, dezenas de cirurgias e uma fé e um bom humor impressionantes. Lição de vida.
Estava resignado, pelo que pude ler nas entrevistas. Em horas assim, sinto que deve haver algo maior. Noto que no fim, como acontenceu com Alencar, muitos doentes parecem encontrar a paz. Acho que transcendem mesmo, veem algo diferente, talvez a luz.
Mas não posso negar que cada vez que ouço que alguém se foi por causa desta maldita doença, meu coração se parte mais um pouquinho. Todos sabíamos que o caso dele era gravíssimo, que todas as opções haviam se esgotado, mas lá no fundo sempre ficava a esperança de que de alguma forma ele poderia se safar de mais esta. Ele lutou tanto, nunca pensou sequer em entregar os pontos. Emocionante.
Missão cumprida, a esta hora o ex-vice-presidente deve estar lá sendo recebido por seus pais, como ele tanto queria. Descanse em paz.
Estava resignado, pelo que pude ler nas entrevistas. Em horas assim, sinto que deve haver algo maior. Noto que no fim, como acontenceu com Alencar, muitos doentes parecem encontrar a paz. Acho que transcendem mesmo, veem algo diferente, talvez a luz.
Mas não posso negar que cada vez que ouço que alguém se foi por causa desta maldita doença, meu coração se parte mais um pouquinho. Todos sabíamos que o caso dele era gravíssimo, que todas as opções haviam se esgotado, mas lá no fundo sempre ficava a esperança de que de alguma forma ele poderia se safar de mais esta. Ele lutou tanto, nunca pensou sequer em entregar os pontos. Emocionante.
Missão cumprida, a esta hora o ex-vice-presidente deve estar lá sendo recebido por seus pais, como ele tanto queria. Descanse em paz.
March 28, 2011
Primeiro dia de Aula
Pois é, hoje o Joaquim começou na creche, que aqui se chama daycare. Eu já tinha visitado a creche umas milhões de vezes e o Joaquim já tinha ficado lá uns dias nas últimas semanas, mas sempre ao meu lado. Hoje, pela primeira vez, está lá sozinho com as outras crianças.
Como disse meu pai, "A vida dele começou mesmo: creche, pré-escola, escola...daqui a pouco vamos ficar sabendo que ele começou a trabalhar!"
Já tinham me avisado que este primeiro dia seria difícil, mas hoje, logo cedo, ficava olhando para a carinha dele e imaginando que iríamos passar o dia todo longe um do outro e que desta vez ele não estaria com ninguém da família... Pela primeira vez também estou em casa sozinha e trabalhando sem ouvir os "agugus" dele pela casa.
Dá saudade. Dá curiosidade de saber com ele está, se está comendo bem, se está dormindo ou se está chorando...
Estou torcendo para o tempo passar logo e eu poder apertar aquelas bochechas fofas no fim da tarde!
March 24, 2011
Bouncer ou Cadeirinha que Vibra
Hoje estou usando o computadir do Blake, entao mil desculpas mas nao posso usar acentos! Mas voltando aos produtos de bebe interessantes, tenho mais um item para as futuras mamaes que e sucesso de publico e critica no Brasil e por aqui: a tal bouncing chair ou bouncer, que nada mais e que a cadeirinha que vibra e toca musiquinha que os bebes adoram. Antes que voces me perguntem se e mais uma tralha, digo que e, mas para quem tem um bebe hardcore como o Joaquim vale a pena. Durantes as primeiras semanas a minah vida era muda-lo de lugar. Do moises (que ele odiava!) para o tapetinho de atividades, para o car seat/carrinho, para o bouncer, para o balancinho...e depois tudo de novo!
Agora, um pouco maiorzinho, ele ja fica bastante tempo em um lugar so, mas os que me dao mais tempo pra fazer outra coisa sao sao duvida o balancinho (onde ele ate tira umas sonecas) e o bouncer, que fica em cima da mesa enquanto jantamos ou quando estou na cozinha.
O nosso e da mesma colecao Little Lamb da Fisher Price e ele adora. Pensando bem quem nao ia gostar de ficar numa cadeirinha fofinha que vibra e toca musiquinha?
March 22, 2011
Carinhas do Joaquim
Está aí a prova de que deixei para brincar de boneca -- ou boneco! -- depois de velha. O coitado do Joaquim troca de roupa umas 10 vezes por dia e qualquer ocasião -- Carnaval, Valentine's Day, St. Patrick's Day -- é motivo para uma roupa diferente!
A propósito, a última foto, tirada no carnaval -- que aqui só aconteceu lá em casa e na minha cabeça e retocada no Photoshop -- é uma referência ao Dr. Joaquim Ribeiro, que é cirurgião e que me operou duas vezes. Para quem (ainda!) não sabe, o Joaquim recebeu este nome em homenagem a ele.
March 21, 2011
Culpa
Daqui a uma semana, volto a trabalhar full-time e o Joaquim começa na creche, aqui chamada de daycare. Tenho que admitir que sonhei muito com este dia, com o dia que a minha vida iria -- doce ilusão -- voltar ao normal. Dia que eu ia deixar de ser "café com leite" no trabalho e poder me dedicar com o empenho de sempre aos meus projetos e planos. Também pensei que talvez pudesse enfim dormir uma noite inteira...
Antes que me chamem de mãe desnaturada esclareço que não tenho vontade de me separar do meu filho, que aliás lutei muito para que viesse ao mundo. O que tem sido mais difícil para mim é justo este isolamento e dedicação total a um serzinho que depende exclusivamente de mim. Para mim foi muito difícil perceber que meu tempo e a minha vida já não me pertenciam mais e que agora eu respondia a um senhorzinho tirano de poucas semanas de vida.
Depois que a gente tem filho a vida muda de vez. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi esta frase, mas é a mais absoluta verdade. Mesmo depois do casamento a gente consegue manter uma boa independência e até uma certa dose de egoísmo, mas depois de filho, adeus! Então estaria mentindo se disesse que não estranhei muito tudo isto. Até as minhas horas de sono eram cronometradas e passaram a ser motivo de discussão com o Blake.
Depois do nascimento do Joaquim, me dediquei bastante à maternidade mas nunca deixei de me preocupar com o que seria de mim, pois acho que toda mãe sonha que no futuro o filho tenha orgulho dela e de suas escolhas. Sendo assim, não me vejo mãe em tempo integral. Ao contrário de muitas mulheres aqui, nunca achei que ser mãe fosse preencher todas as lacunas da minha vida. Imaginava que iria me tornar mais plena depois de ter um filho, mas que ser mãe seria mais uma faceta minha, claro que a mais importante, mas uma parte e não um todo.
Então sempre tive a certeza de que o Joaquim iria para creche, pois abrir mão da minha carreira jamais me passou pela cabeça e a ideia de uma babá longe de mim também não me agradava nada. Depois de um busca incessante, encontrei uma creche superbacana e mesmo depois de ter feito a minha escolha fui lá várias vezes para ver se não achava nada de errado. E a cada visita gostei mais do que vi.
Então hoje me vi tomada por um sentimento estranho e inesperado. Apesar de todo mundo me dizer, não acreditava muito, mas noto que já estou ficando triste de saber que vou passar cinco dias da semana longe do Joaquim. Claro que ele vai estar em boas mãos, claro que vou continuar dando banho e amamentando, mas o nosso tempo será infinitamente mais curto e isto dói. Mesmo hoje, trabalhando de casa, já está difícil não ficar com ele o tempo todo na sala sabendo que vamos estar longe a partir de semana que vem. É claro que o laço não se rompe, mas acho que segunda vai ser outro parto.
Ser mãe é mesmo mais difícil do que eu pensava!
Antes que me chamem de mãe desnaturada esclareço que não tenho vontade de me separar do meu filho, que aliás lutei muito para que viesse ao mundo. O que tem sido mais difícil para mim é justo este isolamento e dedicação total a um serzinho que depende exclusivamente de mim. Para mim foi muito difícil perceber que meu tempo e a minha vida já não me pertenciam mais e que agora eu respondia a um senhorzinho tirano de poucas semanas de vida.
Depois que a gente tem filho a vida muda de vez. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi esta frase, mas é a mais absoluta verdade. Mesmo depois do casamento a gente consegue manter uma boa independência e até uma certa dose de egoísmo, mas depois de filho, adeus! Então estaria mentindo se disesse que não estranhei muito tudo isto. Até as minhas horas de sono eram cronometradas e passaram a ser motivo de discussão com o Blake.
Depois do nascimento do Joaquim, me dediquei bastante à maternidade mas nunca deixei de me preocupar com o que seria de mim, pois acho que toda mãe sonha que no futuro o filho tenha orgulho dela e de suas escolhas. Sendo assim, não me vejo mãe em tempo integral. Ao contrário de muitas mulheres aqui, nunca achei que ser mãe fosse preencher todas as lacunas da minha vida. Imaginava que iria me tornar mais plena depois de ter um filho, mas que ser mãe seria mais uma faceta minha, claro que a mais importante, mas uma parte e não um todo.
Então sempre tive a certeza de que o Joaquim iria para creche, pois abrir mão da minha carreira jamais me passou pela cabeça e a ideia de uma babá longe de mim também não me agradava nada. Depois de um busca incessante, encontrei uma creche superbacana e mesmo depois de ter feito a minha escolha fui lá várias vezes para ver se não achava nada de errado. E a cada visita gostei mais do que vi.
Então hoje me vi tomada por um sentimento estranho e inesperado. Apesar de todo mundo me dizer, não acreditava muito, mas noto que já estou ficando triste de saber que vou passar cinco dias da semana longe do Joaquim. Claro que ele vai estar em boas mãos, claro que vou continuar dando banho e amamentando, mas o nosso tempo será infinitamente mais curto e isto dói. Mesmo hoje, trabalhando de casa, já está difícil não ficar com ele o tempo todo na sala sabendo que vamos estar longe a partir de semana que vem. É claro que o laço não se rompe, mas acho que segunda vai ser outro parto.
Ser mãe é mesmo mais difícil do que eu pensava!
March 17, 2011
Kit Amamentação
Esta foto (tosca!) é para mostrar a quantidade de tralhas que amamentar envolve, principalmente se você resolver usar a bomba e congelar o leite.
Dá para ver bem como a Freestyle é pequena -- cabe na plama da mão -- mas os adereços realmente tomam espaço. Outra dica boa que a Lola me deu foi este creme Lanolin da Lansinoh, que salva a vida de uma mãe naqueles primeiros dias mais críticos. O resto dos itens é autoexplicativo: saquinhos para congelar o leite, tubinhos para tirar e guardar o leite, o soutien nem alças para amamentar, e a mamadeira da Medela que pode ser usada com a bomba na hora de tira leite...
Ah, ainda tem uma bolsinha térmica para guardar o leite depois de extraído...Não é a toa que toda vez que vou ao trabalho sinto que estou de mudança!
March 16, 2011
Por favor, assinem esta petição
O post de hoje vai sair um pouco do tema de produtos de bebê, mas continua a abordar o assunto superimportante da maternidade.
Quem está sempre por aqui, talvez se lembre de eu ter comentado sobre uma amiga minha que estava na fila para adotar duas crianças da Etiópia. Ela e o marido estão na espera há mais de dois anos e venho acompanhando o drama deles desde que comecei a trabalhar aqui, há um ano. na qualidade de mera espectadora, digo de cadeira, é muito mais difícil do que qualquer fertilização in-vitro. Regras que mudam a todo momento, invasão total de privacidade (eles têm que comprvar todos os gastos, como supermercado, roupas, viagens), burocracia infernal (periodicamente eles têm que ir a polícia para obter certificado de antecedentes criminais atualizado), e completa falta de informação. Montanha-russa é pouco par ao que eles têm vivido.
Depois de serem avisados de que a recomendação da adoção demoraria mais de um ano,quando eles pensavam ter chegado à reta final, há um mês eles tiveram a ótima notícia de que a agência havia localizado dois irmãos que poderiam ser adotados. Muito embora de início meus amigos tivessem dito que preferiam ao menos um bebê, ao ver as fotos dos meninos --que hoje têm 2 1/2 e 3 1/2 anos -- mudaram de ideia na mesma hora.
A minha amiga virou mãe imediatamente! Fotos dos meninos por todos os lados, planos de compras de roupas e móveis, escolas, passeios, todos os sonhos acalentados por tanto tempo tão perto de se tornarem realidade. O plano era ir até a Etiópia adotar os meninos em três meses e voltar dois meses depois para finalizar a papelada e pegar os passaporte americano deles para enfim trazê-los para casa. O final feliz estava próximo.
Mas infelizmente, parece que mais uma vez o Governo da Etiópia muda as regras e os poucos meses que separavam meus amigos dos filhos agora podem se tornar anos, já que o Governo vai restringir em 90% as adoções no país, o que pode impactar todos os pais que ainda não trouxeram os filhos para casa.
As notícias são poucas e conflitantes e ainda não se sabe muito bem o que fazer. No momento há esta petição circulando na internet e eu peço para que cada um de vocês assine e, se possível, passe para frente.
Eu tenho acompanhado o drama e o sofrimento de uma família de perto, mas posso imaginar as centenas de outras que vivem o mesmo problema e agora mais do que nunca, sinto a dor delas.
Aqui vai o link: Para quem tem Twitter, Facebook...vale a pena espalhar!
Quem está sempre por aqui, talvez se lembre de eu ter comentado sobre uma amiga minha que estava na fila para adotar duas crianças da Etiópia. Ela e o marido estão na espera há mais de dois anos e venho acompanhando o drama deles desde que comecei a trabalhar aqui, há um ano. na qualidade de mera espectadora, digo de cadeira, é muito mais difícil do que qualquer fertilização in-vitro. Regras que mudam a todo momento, invasão total de privacidade (eles têm que comprvar todos os gastos, como supermercado, roupas, viagens), burocracia infernal (periodicamente eles têm que ir a polícia para obter certificado de antecedentes criminais atualizado), e completa falta de informação. Montanha-russa é pouco par ao que eles têm vivido.
Depois de serem avisados de que a recomendação da adoção demoraria mais de um ano,quando eles pensavam ter chegado à reta final, há um mês eles tiveram a ótima notícia de que a agência havia localizado dois irmãos que poderiam ser adotados. Muito embora de início meus amigos tivessem dito que preferiam ao menos um bebê, ao ver as fotos dos meninos --que hoje têm 2 1/2 e 3 1/2 anos -- mudaram de ideia na mesma hora.
A minha amiga virou mãe imediatamente! Fotos dos meninos por todos os lados, planos de compras de roupas e móveis, escolas, passeios, todos os sonhos acalentados por tanto tempo tão perto de se tornarem realidade. O plano era ir até a Etiópia adotar os meninos em três meses e voltar dois meses depois para finalizar a papelada e pegar os passaporte americano deles para enfim trazê-los para casa. O final feliz estava próximo.
Mas infelizmente, parece que mais uma vez o Governo da Etiópia muda as regras e os poucos meses que separavam meus amigos dos filhos agora podem se tornar anos, já que o Governo vai restringir em 90% as adoções no país, o que pode impactar todos os pais que ainda não trouxeram os filhos para casa.
As notícias são poucas e conflitantes e ainda não se sabe muito bem o que fazer. No momento há esta petição circulando na internet e eu peço para que cada um de vocês assine e, se possível, passe para frente.
Eu tenho acompanhado o drama e o sofrimento de uma família de perto, mas posso imaginar as centenas de outras que vivem o mesmo problema e agora mais do que nunca, sinto a dor delas.
Aqui vai o link: Para quem tem Twitter, Facebook...vale a pena espalhar!
March 15, 2011
Breast Pump ou Bomba de Tirar Leite
Pessoal, não vale rir das fotos, por favor!
Nunca diga desta água não beberei, já dizia o velho ditado... Pois é exatamente esta a minha situação com meu mais novo objeto e fruto de uma relação intensa de amor e ódio. Estou falando da superpopular – ao menos por estas bandas – breast pump.
Jamais pensei que fosse usar e muito menos comprar uma, mas eis que estou aqui fazendo uso diário desta maquininha que nos eleva à condição nobre de vacas! Sim, pois o mecanismo é o mesmo, o produto idem, só que em versão supostamente high-tech.
No mundo das mães, nenhum assunto gera mais discussão do que amamentação. Todo mundo tem o que dizer e tem uma paixão enorme por suas posições, tanto a mulher que optou pela mamadeira ainda na maternidade, quanto àquela que só parou de amamentar quando seu filho de cinco anos disse “Vamos, mamãe, me dá logo as tetinhas!” (Antes que me perguntem, sim, é verdade. Uma amiga minha ouviu na casa de uma amiga dela. Parece lenda urbana, mas ela jura de pés juntos que é verdade.)
Enfim, todo mundo tem mil dicas, mil motivos e mil críticas ao que você vai fazer. Se você não amamenta porque não tem leite, dizem que é mentirosa. Se diz que vai amamentar até o bebê fazer sies meses, é acusada de exagerada. Se confessa que vai suplementar com fórmula é chamada de preguiçosa. E a lista continua...É bom começar a ligar o botão de “não tô nem aí” desde já.
No meu caso, achei que amamentar seria probolemático desde sempre, talvez pelo fato de que as mulheres da minha família não terem tido muita sorte no quesito “abundância”, mas como sempre, estava disposta a tentar. Depois de pensar muito, decidi nem incluir a tal breast pump, ou bomba de tirar leite, na minha lista. O negócio é caríssimo e eu não sabia se ia mesmo usar. Segui o conselho do meu chefe – sim, ele é homem mas é casado e sabe das coisas! – e aluguei uma profissional de uma das consultoras do hospital.
No início é muito estranho e dói! Mas amamentar nos primeiros dias também dói pacas, então sem muita escolha comecei a usar o tal aparelho e a ficar plugada na tomada por uns 20 minutos umas três vezes por dia. Pois é, mãe sofre. Só que aos poucos passa e você simplesmente se acostuma à dor, pois “ser mãe é padecer no paraíso”, lembra?
Hoje posso dizer que a bomba e eu somos melhores amigas. Somos tão amigas que na verdade tenho duas lá em casa: a alugada profissional e o modelo portátil que comprei para usar no trabalho. (Pois é gente, no trabalho também!). E o plano é continuar usando o bomba até o Joaquim completar seis meses ou quase. O quase é porque se eu tiver bastante leite congelado, posso parar antes.
A maioria das mulheres compra a bomba para ter leite extra para que o pai ou alguém possa dar a famosa mamada da madruga ou para poder dar uma fugida em alguma hora do dia, sem sacrificar o bebê. No meu caso, comprei para aumentar a minha produção e ter leite materno extra quando o Joaquim estiver longe de mim ou quando ele encrencar com meu peito. (Sim, isto também acontece de vez em quando. Já jurei umas 20 vezes que ele tinha enjoado do peito e só ia querer mamadeira, como todo mundo me assustou. Mentira, ele só estava de mau humor naquela hora e continua no peito até hoje!)
Nunca tive a ilusão de que poderia suprir 100% a demanda do Joaquim que desde que nasceu mama que é uma loucura. Ainda me lembro da segunda noite quando ele chorou das 10 da noite até às 8:30 da manhã e a minha irmã entrou desesperada no nosso quarto implorando para que a gente desse mamadeira para ele. "Acreditem em mim, este choro é fome! Eu conheço bem, tenho duas filhas. Pelo amor de Deus peguem uma mamadeira agora," ela disse quase chorando.
Fim de semana passado, ele com três meses, estava mamando UM LITRO por dia! Tudo bem que foi o que aqui chamam de “growth spurt”, ou crescimento acelerado, mas nenhuma vaquinha daria conta de tanta demanda! Então a bomba serve para manter a “produção” e para que eu possa aproveitá-la ao máximo. A verdade é que ele toma uma mamadeira de 100 a 180 ml depois de cada mamada. E eu acho que entre a minha votla ao trabalho e o humor dele, a tal bomba tem garantido que meu leite não seque prematuramente.
Então se você está pensando seriamente em amamentar e a) contempla voltar ao trabalho e continuar amamentando por um tempo, b) ter algum tipo de vida social longe do seu bebê, c) ter uma reserva de leite materno guardada, a tal bomba é um bom investimento. E conselho de quem pesquisou muito e passou muitas horas (mais do que devia) na internet, invista num modelo bom, nada de porcaria. Neste caso eu garanto que o barato sai muito caro! Se você vai mesmo usar a tal bomba e assumir seu lado Dairy Queen, nem pense em comprar aqueles modelos baratinhos manuais... Melhor ir se preparando para gastar entre $200 e $300. Se você quiser mesmo a tal bomba, me mande um email porque eu descobri o preço mais em conta, tipo $100 a menos que no Target e na Babies R Us.
A minha é a Freestyle da Medela e o diferencial dela é que como a bateria é recarregável, você não fica literalmente presa na tomada! Ela é bem levinha, pesa uns 400 gramas, e você pode andar para um lado e para o outro durante o processo. Pode acreditar, para mãe de recém-nascido que tem que limpar a casa, trocar fralda, lavar mamadeira e arrumar a cama, esta comodidade não tem preço.
Junto com a minha improvável aquisição da Freestyle comprei algo que sequer sabia existir até minha primeira visita à BuyBuyBaby: um handsfree bra, ou um soutien que deixa as mãos livres. Juro que da primeira vez que dei de cara com a tal mercadoria caí na gargalhada e fiz graça com o vendedor dizendo “Tem maluco ou maluca para tudo, né? Imagina quem vai comprar um treco destes?” Fast-forward para seis meses mais tarde: A maluca sou eu! E mais uma vez, juro que vale muito a pena. Afinal o que adianta uma bomba que te deixa circular pela casa se você tem que ficar segurando as mamadeiras enquanto as abastece. Pode confiar em mim e em todas as minhas amigas do Clubinho das Mães e colocar o tal item sui-generis na sua listinha.
Bom e de tanto falar em bomba e em leite, vou ter que ficar por aqui...
March 7, 2011
Glider Recliner
Um outro item que tem sido muito útil aqui em casa é o tal glider recliner, que para quem não conhece é uma mistura da tal cadeira do papai com a cadeira de balanço. Na verdade, acho que é uma reincarnação da tal cadeira de balanço usada há séculos para ninar bebês. Me lembro que a minha avo tinha uma em casa que foi usada por todos os netos, e foi seguindo conselho dela que comprei a minha versão mais moderninha.
Neste quesito confesso que abri mão da estética em prol do conforto, já que não gosto muito de móveis grandalhões. Mas a nossa cadeira é de couro, supermacia e prática e fica no nosso quarto, mais escondidinha.
Nas primeiras semanas de vida do nosso pequeno eu praticamente vivi na tal cadeira, pois me recusava a colocá-lo para dormir longe de mim, então nestas horas a gente realmente precisa de um móvel bem confortável, pois não há quem aguente passar horas a fio morrendo de dor nas costas.
Temos uma outra cadeira mais compacta e por isto muito menos usada no quarto do Joaquim, mas a que está no nosso quarto realmente é mil vezes melhor. A do quarto dele é usada quando contamos historinhas ou lemos para ele, mas na hora de dormir, vamos todos para o nosso quarto.
Toda noite nosso ritual é o mesmo: banho na tummy tub com os produtos Sleepy Time da Johnson, mamadeira, cadeira de balanço (glider recliner), música clássica ou ópera no Ipod e boa noite, Joaquim!
March 1, 2011
Baby Activity Mat ou Tapetinho de Atividades para Bebê
Todo mundo está cansado de saber que agora os bebês têm que dormir de barriga para cima para diminuir o risco de Síndrome da Morte Súbita Intantil - SMSI, também conhecida como morte do berço. Aqui nos EUA, a campanha é "Back to Bed" e é um dos conceitos que mais martelam na cabeça de novos pais. Dizem os estudos, que a incidência de morte causada pela SMSI caiu muito desde que a academia americana de pediatria lançou a campanha.
Pelo menos para mim funcionou. Até demais. Nas primeiras semanas eu não dormia e vivia colocando a mão na frente do rosto do Joaquim para ver se ele estava respirando. Quem quase morreu de cansaço e estresse fui eu!
Mas como agora os bebês passam quase todo o tempo de barriguinha para cima, um outro problema surgiu: a cabeça chatinha na parte posterior e os músculos do pescoço enfraquecidos por falta de uso. É claro que tem sempre alguém a oferecer uma solução imediata, e é claro que a solução normalmente envolve um produto novo e uma boa grana. E foi assim que surgiram os agora indispensáveis activity mats!
Parece mentira, mas o Joaquim usa os dele -- sim, pois ele tem três! -- desde que nasceu. Com dois ou três dias de vida, o Blake colocava o pequenino de barriga para baixo para ele se exercitar. Depois ficava mais um tempinho de barriga para cima olhando seu reflexo no espelho ou admirando os animais pendurados por todos os cantos e as cores fortes. Quem vê as fotos no Facebook já deve ter notado que o Joaquim passa bastante tempo lá, a julgar pela quantidade de fotos tiradas.
Um dos modelos que temos tem até música de Mozart! Outro tem luzes e animações e ainda temos um outro portátil. Antes que vocês pensem que somos compulsivos, explico, todos os três nos foram dados de presente. Ainda bem, pois o Joaquim passa um bom tempinho lá, ainda mais agora que aprendeu a pegar e segurar. E ainda temos um menorzinho que a minha sogra usa no Pack N Play dele, aliás, preciso fazer um posto sobre o tal Pack N Play!
Tenho uma história engraçada. Uns dois anos atrás,quando ia visitar a minha irmã no Brasil e levava um Pack N Play a pedido dela, a senhora do check-in no aeroporto me disse: "Você é a primeira não-brasileira que vejo levar este tal de Pack N Play. Nunca vejo americano comprar isto, mas praticamente todo brasileiro que vem fazer compras para bebê acaba levando isto na bagagem!" O Blake e eu começamos a rir e ela ficou meio sem entender...até que entreguei a ela meu passaporte, e ela disse: "Bom, agora está explicado!"
Bem, no meu caso agora, quem comprou o Pack N Play -- bem verdade, a meu pedido -- foi a minha sogra para ficar com o Joaquim na casa dela.
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