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January 27, 2008

Decisões

Hoje li a entrevista da Letícia Sabatella no Globo. Lá pelo meio da matéria, ela falava do nascimento da filha Clara, há quinze anos. Para quem não lembra, a menina nasceu prematura e muito frágil e passou uns três meses na UTI neo-natal. Na época o nascimento foi amplamente noticiado porque a Letícia tinha acabado de fazer a novela O Dono do Mundo e todos tinham se apaixonado por aquela atriz novata e linda.

Ela disse que passou os primeiros dias junto à filha e escondida na UTI. Saía disfarçada parar não ser vista pela imprensa, mas depois que o fato veio à tona, resolveu abrir o jogo de vez e fez até coletiva. Para a surpresa dela, que no início não queria que ninguém soubesse do fato, a reação das pessoas foi incrível: demonstrações de carinho e afeto por todos os cantos.

Esta mesma decisão também pairou sobre mim, duas vezes. Em 2002, era tudo muito assustador e as notícias mudavam com uma velocidade absurda e geralmente iam de mal a pior. Ao mesmo tempo que tínhamos que processar tudo, nos víamos às voltas com perguntas de amigos e familiares que queriam saber exatamente o que acontecia comigo. Como responder a tantas perguntas se nem eu mesma sabia o que se passava? Obviamente a maioria das pessoas se importava comigo de verdade, mas uns poucos eram só mensageiros do Apocalipse que a cada chance decretavam minha morte. Como me proteger daquilo? Como separar o joio do trigo?

Meus pais mal podiam pronunciar o nome da doença, quanto mais falar sobre ela com outras pessoas. No fundo deviam achar que se fingissem que a doença não existia, mais cedo ou mais tarde ela me deixaria em paz. Eu, ao contrário, achava que se não conhecesse a fundo o inimigo não poderia vencê-lo, então fazia muita questão de chamá-lo pelo nome, como se fôssemos velhos conhecidos. Achava que só conhecendo a fundo meu inimigo teria chance contra ele e me fortaleceria para enfrentar comentários maldosos.

Depois de encontrar coragem para enfrentar meu inimigo, consegui falar sobre ele e decidi contar a minha história a todos que tivessem interesse. Não queria me transformar na chata panfletária, mas não julgava certo varrer toda aquela experiência para baixo do tapete.

Foi um alívio imenso quando enfim pude entender o que me acontecia e falar abertamente sobre um assunto tão angustiante. Mas o melhor de tudo foi poder receber. Logo eu, que não consigo receber nada naturalmente, que tenho uma imensa dificuldade em ficar num lugar "passivo"... Mas a experiência foi maravilhosa. Perceber que você é importante para outras pessoas é uma descoberta e tanto. Saber que muita gente que você ama retribui este afeto na mesma intensidade e descobrir que há pessoas que você nem conhece e que se importam com você... é uma sensação indescritível!

Foi por isso que desta vez, logo que soube do tumor, não tive dúvidas: disparei um email (em inglês e português! ) para todos os meus amigos explicando tintim por tintim tudo que tinha acontecido e pedindo muito para que todos torcessem por mim. E mais uma vez fui inundada por demonstrações e mensagens de carinho e apoio vindas de todos os lugares. Uma corrente ainda maior e mais forte! Eu, que acredito mais que tudo no poder da fé, da oração e do pensamento positivo, não tenho dúvidas que acertei em cheio quando em vez de me fechar com os meus problemas, me abri para o mundo e para as pessoas que sempre torceram por mim. A temporada relâmpago no hospital e a recuperação fantástica não me deixam mentir.

January 11, 2008

A Hora Mais Difícil

Ainda tem muita idéia borbulhando na minha cabeça. Às vezes acho que ainda não digeri toda esta história direito e vez ou outra fico me perguntando qual teria sido o momento mais difícil de toda esta caminhada. Terá sido o primeiro diagnóstico há cinco anos, que me pegou completamente de surpresa, ou terá sido este do mês passado, que também me pegou de surpresa, mas me lançou numa viagem apavorante através do tempo?

Tenho gravados na minha memória muitos momentos marcantes, desde a reação da Dra. Alice Moll, ao ver um tumor gigante no meu fígado, até as palavras do maqueiro que me levou ao centro cirúrgico para a grande batalha. Tudo como se fosse um filme. E agora as cenas se misturam ao c apítulo mais recente: a mesma médica, o mesmo hospital, a mesma sala fria e escura, e o pior, o mesmo diagnóstico.

Considero o primeiro diagnóstico como uma espécie de "perda da inocência". No auge dos meus vinte e tantos anos a idéia de morte ou mesmo de doença jamais havia passado pela minha cabeça. Sei que algumas famílias sempre têm aquele irmão/filho/primo/tio doente que passa longas temporadas internado, mas na minha simplesmente não há, ou o povo morre velhinho ou morre de acidente. Antes de tudo isso começar só tinha dormido no hospital uma vez, quando a minha irmã tinha sofrido um acidente de carro e precisou ficar em observação. Nem sangue vi.

Então aquilo tudo me parecia surreal. Um dia você está ótima, no outro tem um tumor no fígado que precisa ser retirado urgentemente e no outro está lutando pela vida no leito de um CTI. Como aquilo tinha acontecido comigo? As notícias só pioravam: a cirurgia tinha sido quase impossível, as complicações se multiplicavam e o diagnóstico cada vez mais complexo. Parecia um interminável filme de terror. Mas se alguma lição ficou comigo é de que tudo acaba; todo o sofrimento tem fim. Foi aí que aprendi a rezar assim pedindo apenas que o dia de amanhã seja melhor que o dia de hoje e que Deus aumente a minha fé e a minha força para que eu possa encarar os desafios que se apresentam diante de mim.

Mas justo quando achava que já tinha aprendido e processado todas as tais lições, um outro terremoto se abateu sobre mim. De novo eu ali, deitada na sala de ultrassom, passados mais de cinco anos, mas aquela expressão no rosto da Dra. Alice era inconfundível. Conversávamos animadamente quando de repente um silêncio tomou conta da sala escura. Olhei para ela, que olhava para a tela incrédula. Não podia ser. Tudo de novo?! Não!

Mas era. Ela tinha visto a tal massa no lobo direito do meu fígado, onde tudo tinha começado. Eu implorava para que ela olhasse mais uma vez, para que encontrasse algum engano ou para que tudo aquilo não passasse de um sonho ruim. Mas era a verdade e eu sabia exatamente o caminho a trilhar. Isso era o pior.

Implorei a ela que me dissesse que o caso não era cirúrgico, mas obviamente nós duas sabíamos bem do que se tratava e da estrada que eu tinha pela frente. Saí da sala aos prantos. Na sala de espera vi meu pai que imediatamente percebeu que havia algo de muito errado. Me sentia no meio de um terremoto, via o chão se abrir sob meus pés mas não tinha para onde fugir. Me desesperei e revivi o momento mais assustador da minha vida.

Então tudo acontece como num filme onde sou um misto de espectadora e protagonista. Pareço viver um transe. Saio da sala de espera e me encaminho para a sala de ressonância magnética. Troco as minhas roupas pelo pijama cinza e sento para esperar minha sentença. Num instante surge a enfermeira com a tão temida agulha para a prova de contraste. A minha veia se esconde, como sempre, mas finalmente é puncionada. Sento na cadeira com a veia espetada aguardando o chamado. Olho meu pai sentado no final do corredor, arrasado. Só quero chorar, mas não posso, ainda não. Entro na outra sala escura, deito na maca, entro tubo a dentro. Nem os fones abafam os sons metálicos, uma voz robótica me passa as instruções: "respire fundo, prenda a respiração, expire." Por trinta minutos faço o que me pedem. Rezo e seguro as minhas lágrimas. Saio do tubo, ciente da minha condição, volto para a cabine, troco de roupa e espero o juízo final.

Os médicos evitam me dar detalhes, mas a tal massa está la, não restam dúvidas. Eles se encarregam de entrar em contato com os médicos que me acompanham. Ainda me pergunto se tudo aquilo é real. Peço para que Deus me tire dali imediatamente, mas então penso que se trata de mais uma provação que devo enfrentar.

Ao sair do hospital, resolvo ir à capela, a mesma que fui naquele dia ensolarado de outubro de 2002. Esta tarde de dezembro é assustadoramente semelhante: quente e linda; tudo parece tão normal a minha volta. Olho no rosto de São Francisco, o mesmo santo padroeiro da igreja onde tinha me casado há menos de um ano, vejo a imagem de São José e peço ao Cristo na cruz mais força e fé. Sei que a caminhada será árdua e vou precisar de ajuda.

Aquela viagem de carro foi a mais longa de toda a minha vida. Se na primeira vez, tudo era nebuloso e as dúvidas muitas, desta vez, tudo me parecia muito escuro e algumas respostas eu já tinha, por mais duras que elas pudessem ser.

Enfim falo com a secretária do meu médico que me agenda para o dia seguinte. Será que vou poder esperar? Chego a casa dos meus pais destruída, suada, com o choro engasgado na garganta. Olho nos olhos assustados do meu marido, não consigo me conter. Choramos abraçados. Nosso pior medo ali de frente para nós.

Chorei muitas e muitas vezes, com meus pais, meus irmãos, meus avós, meus amigos e com os médicos, que neste momento mostravam seu lado mais humano. Chorei todas as noites durante semanas até que um dia resolvi que aquilo também tinha que acabar. Pedi a Deus que falasse comigo e apesar de não ter conseguido ouvir nenhum som, percebi que uma uma força poderosa havia me trazido uma sensação de paz. Entendi que minhas preces tinham sido atendidas naquele momento.

Dali para frente algo mudou fundamentalmente em mim. Onde só havia dúvidas já reinava uma tranquilidade soberana. O medo que tinha me engolido havia dias, aos poucos dava uma trégua e eu sentia que estava cada vez mais forte e cada vez mais pronta para encarar o meu algoz. Por incrível que pareça, há uma sensação de paz quando nos vemos face a face com nossos maiores temores, deve ser nosso instinto de sobrevivência que se manifesta nestas horas e sabemos que só nos resta lutar.

December 30, 2007

A Vida É Bela

Hoje faz um dia lindo aqui no Rio...um dia daqueles de guardar na memória: um sol perfeito, nenhuma nuvem no céu, último domingo do ano, todo mundo de bom humor. Como penso em dias como este quando estou longe daqui. E que felicidade é poder estar aqui curtindo todas as coisas que eu gosto: família, amigos, sol e piscina. (Só não fui à praia porque hoje deve estar uma loucura!)

Desde ontem à tarde, uma energia diferente tomou conta de mim. Como todo mundo sabe, depois daquele fatídico dia 18 de dezembro, entrei numa depressão forte. Nem quero falar muito no assunto para não mudar a vibração positiva do momento. Mas o fato é que desde ontem, algo muito bom aconteceu comigo e espero continuar assim por um bom tempo. Uma onda de otimismo entrou no meu coração e me fez sorrir de novo.

O Blake acha que sou meio doida, mas estou sempre recebendo mensagens divinas. Não sei se é porque eu gosto muito de semiologia, mas sempre vejo mensagens em tudo ao meu redor. Ontem fui ao salão fazer unha e como não tinha nenhuma revista nova por perto, resolvi olhar uma Veja de março! Advinhem a matéria principal? O Segredo!!! Já falei que achei o livro meio baboseira, mas a idéia central fantástica. E pelo jeito o repórter da Veja pensa igual a mim. Desde que o mundo é mundo, a idéia do pensamento positivo existe, inclusive na Biblia há trechos que dizem exatamente isto.

"Portanto, vos digo que tudo que pedires em oração credes que recebereis e assim será convosco. " Marcos 11:24

“Tudo que pedires em oração, com fé, o receberá” Mateus 21:22

E acho que minhas preces foram atendidas. Agora eu já entendi e já consigo encarar esta situação com a serenidade necessária. Talvez tenha desvendado "O Segredo", que de segredo não tem nada, pois está na Bíblia há muito tempo...

Então fecho o ano com uma frases bem poderosas que achei na Internet e pretendo usar para o resto da minha vida.

Que 2008 traga muita saúde, muita paz, muito amor e muito sucesso para todos nós!

O meu maior pedido será que a minha fé seja ainda mais forte e me faça superar todos os obstáculos que vierem pela frente.

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Dica - Repita as frases de Jesus

Eunice Ferrari


As palavras de Jesus são verdadeiros mantras, ou seja, são palavras carregadas do poder que o próprio Jesus possuía. Quando repetimos essas palavras, nos ligamos ao seu poder e transformamos nosso estado de espírito. Fale muitas vezes por dia cada uma dessas frases de Jesus:
1. "Se tens fé, cumpre saberes que tudo é possível àquele que a tem"
2. "Por isso vos digo, que tudo quanto pedires em oração, credes que receberás, assim será para convosco"
3. "Não lhe disse eu, que se crerdes tu verás a glória de Deus?"
4. "Tudo quanto pedires em meu nome eu o farei, a fim de que o Pai seja glorificado através do Filho. Por isso, repito: Se pedires em meu nome, eu o farei."

De seus apóstolos:
1. "Se Deus é por nós, quem será contra nós!" (S.Paulo)
2. "Posso vencer todas as coisas pelo poder de Cristo. Ele me dará forças!" (S.Paulo)
3. "Porque tudo aquilo que é gerado por Deus vence o mundo e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé!" (S.Paulo)

Fonte: http://esoterico.terra.com.br/vidainterior/interna/0,,OI866900-EI5928,00.html