May 9, 2012
I Be Liberia
Tem vezes que fotos dizem mais que mil palavras e no caso da minha viagem a Libéria, um dos países mais pobres do mundo, esta é a verdade absoluta. Como nunca tinha ido à África, não tinha a menor ideia do que esperar.E mesmo de acordo com amigos que conhecem o continente de cabo a rabo, não há muito o que dizer sobre a Libéria, uma país destruído por 14 anos de guerra civil e sem a menor infraestrutura disponível --não há eletricidade (só por gerador), não há sinais de trânsito ou hospitais em funcionamento. Fui com um certo medo do desconhecido e voltei encantada com a resiliência do ser humano e com capacidade das pessoas de colocar em prática seus sonhos, mesmo em circunstâncias extremamente desfavoráveis.
Conheci lugares que jamais sonhara em visitar e pessoas que nunca teria a chance de encontrar e que me transformaram profundamente. Ao olhar nos olhos de uma jovem empresária de 30 anos quando ela diz que sua família perdeu tudo na guerra mas ela nunca pensou em abandonar seu país e nem deixou de sonhar em ter seu próprio negócio, entendo perfeitamente o significado da palavra sobrevivente.
Incrível perceber que a expressão dela é bem parecida com a minha, quando me perguntam como reagi à minha doença. É estranho perceber o quanto temos em comum: eu uma mulher de classe média brasileira, educada nos EUA e ela, hoje uma empresária de sucesso num país paupérrimo como a Libéria. a verdade é que nós duas recebemos um punhado de cartas ruins em um determinado ponto de nossas vidas. Mas invés de desistir, não abandonamos o jogo, talvez até por acharmos que não tínhamos outra escolha. Seguimos em frente e estamos aqui para contar e viver nossas histórias. Me enche de felicidade saber hoje que o meu trabalho é contar as histórias destas pessoas fascinantes. A certeza que fica é que viver vale muito a pena, não tem doença ou guerra que mude isto.
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5 comments:
Viver sempre vale a pena, né, Dani!! Que legal essa sua experiência... Beijos e já estava com saudade de vc aqui no blog!
Continuo te lendo sempre e depois que meu filhote nasceu raramente tenho tempo para te deixar um recadinho, mas essa, mesmo sendo super tarde da noite aqui, eu tinha que te deixar um recadinho! Obrigada por dividir com o mundo seu olhar e suas experiencias! Beijos da fiel leitora aqui!
Paula,
Vale sim! A gente aprende muito quando deixa de olhar para o próprio umbigo!
Bjs
Futuremaman, que agora é já é maman!
Obrigada pela visita e pelo carinho. é muito legal saber que tem gente tão bacana acompanhando por aqui.
Beijos pra vc e pro seu baby!
Dani, fiquei emocionada com o relato! E fico feliz que seu trabalho é tão recompensador assim! E pensar que trabalhávamos uma na sala ao lado da outra....ainda bem que a vida anda para frente né? Você indo para Libéria e eu indo para Quixadá, onde a presença da empresa que eu trabalho transformou a cidade.
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