July 31, 2010
Joaquim - 20 semanas
Finalmente escaneamos algumas imagens do exame de semana passada. São ao mesmo tempo lindas e um pouquinho assustadoras, mas olhando assim não há dúvidas de que tenho um garotinho bem ativo crescendo dentro de mim...
O engraçado é que fomos ao mesmo hospital (Hopkins) e quem nos atendeu foi a mesma ultrassonografista que da última vez tinha sido para lá de lacônica com a gente. Quando fizemos nossa translucência nucal, ela não deu uma palavra. Só, já bem no final, respondeu que o bebê tinha o ossinho nasal e depois da minha insistência confirmou que as imagens estavam boas, mas o tal exame só seria completo depois da avaliação sanguínea, e o resultado só sairia em duas semanas... Pois é...deu medo!
Mas desta vez, eu também já estava menos preocupada pois afinal já tinha os resultados do primeiro exame e já sabia que era um menino, pois tinha feio uma ultra básica no Rio, semanas antes. Então comecei a fazer um monte de perguntas, e ela, para nossa surpresa, nos deu uma aula!
Em cada imagem, ela explicava porque ficava mais tranquila...quando ele abria a mãozinha ou se mexia de uma certa maneira. Ela ficou tão animada com a atividade do Joaquim que tirou umas 15 fotos... Reunimos algumas para colocar neste post.
Pois é, com apenas 20 semanas de vida, nosso pequeno ganhou a primeira sessão fotográfica...
July 28, 2010
Retreat
Amanha e depois estamos em retiro... Pois e, minha empresa e tres chic! Claro que como gravida ja me escalaram para motorista de plantao, ja que a galera vai beber todas no jantar (crab fest, por sinal). Sem problema, ja estou acostumada...
Depois disto, vamos ter 12 dias bem intensos em Honduras, ja vi que a agenda comeca varias vezes as seis da matina! Depois ainda tem gente que diz que o povo latino e preguicoso! hahaha
Depois disto, vamos ter 12 dias bem intensos em Honduras, ja vi que a agenda comeca varias vezes as seis da matina! Depois ainda tem gente que diz que o povo latino e preguicoso! hahaha
July 27, 2010
Arrumando as malas de novo...Honduras!
Quinta e sexta vamos ter "retiro" aqui na empresa. Vai ser bacana, todo mundo vai para Annapolis passar um dia e meio com direito a noite num hotel bacana. Claro que rolou sabotagem -- tem sempre gente querendo estragar a festa alheia -- mas no final a sabedoria e o bom senso venceram. Amém!
Mas a viagem mesmo começa domingo, praticamente de madrugada. Vou passar onze dias em Honduras e o Blake decidiu que queria ir comigo. Graças a Deus, o pessoal do trabalho achou ótimo. Ele sempre demonstrou vontade de visitar um país em desenvolvimento e fazer trabalho voluntário ao mesmo tempo, então quando surgiu esta oportunidade, achamos perfeita. Vamos rodar o país inteiro documentando histórias de pessoas que receberam ajuda de um dos nossos programas aqui. Vamos conhecer e entrevistar desde pessoas beneficiadas pelo programa de prevenção à malária até vítimas de tráfico humano e pacientes soropositivos que têm vidas produtivas. Deve ser superinteressante.
Assim que recebi o itinerário, mandei para o Blake e a resposta/preocupação dele foi engraçada: "Fora Tegucigalpa, San Pedro Sula e La Ceiba, o resto dos lugares onde vamos fica no meio do nada; não deu para achar nem no Google Maps!" Além disto, ele notou que só vamos ter um dia de descanso e que as reuniões são todas seguidas, mas já expliquei para ele, que até sabe disso, que na América Latina, tempo é algo muito fluido e que o que está escrito não necessariamente reflete a realidade...
A nossa maior preocupação é mesmo na zona de malária, mas amanhã vou conversar com a médica e ver o que ela me recomenda. Lógico que já estocamos Off e parece que há um repelente local que funciona bem.
Quem tiver dicas de Honduras -- acho que serão poucos -- favor compartilhá-las.
July 26, 2010
Trânsito
Já são quase sete da noite e ainda estou me recuperando do trauma de ter levado três horas para fazer um trajeto que em condições normais de tempo e humidade faço em 22 minutos. Tudo bem que durante a semana varia entre 30 e 45, mas passar TRÊS HORAS no carro já é ridúculo!
Sendo assim, tentei usar o tempo da melhora forma possível. Liguei para minha mãe, resolvi pendências com o plano de saúde e até comprei os móveis para o quartinho do Joaquim, ou melhor, auxiliei o Blake que comprou tudo online. O mais surpreendente entretanto foi que fiquei relativamente calma e resisti à vontade de pegar o primeiro retorno o voltar voando para casa, já que o trânsito estava mais do que livre na pista de volta. Resolvi bancar o perrengue e aguentar firme.
Lógico que deu sede, fome, vontade de ir ao banheiro e, acima de tudo, vontade de sair gritando, mas acho que o Joaquim deveser uma criança muito calma, pois alguém lá de cima manteve minha paciência intacta. Ajuda também ter um chefe bacana que só diz "tudo bem, venha com cuidado, na hora que chegar aqui está bem..."
E assim foi...três horas depois cheguei, subi e já comecei meu dia, que apesar de atrasado até que foi produtivo.
Agora é esperar que São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, me d6e uma ajudinha na hora de voltar pra casa...
E viva Maryland!
Sendo assim, tentei usar o tempo da melhora forma possível. Liguei para minha mãe, resolvi pendências com o plano de saúde e até comprei os móveis para o quartinho do Joaquim, ou melhor, auxiliei o Blake que comprou tudo online. O mais surpreendente entretanto foi que fiquei relativamente calma e resisti à vontade de pegar o primeiro retorno o voltar voando para casa, já que o trânsito estava mais do que livre na pista de volta. Resolvi bancar o perrengue e aguentar firme.
Lógico que deu sede, fome, vontade de ir ao banheiro e, acima de tudo, vontade de sair gritando, mas acho que o Joaquim deveser uma criança muito calma, pois alguém lá de cima manteve minha paciência intacta. Ajuda também ter um chefe bacana que só diz "tudo bem, venha com cuidado, na hora que chegar aqui está bem..."
E assim foi...três horas depois cheguei, subi e já comecei meu dia, que apesar de atrasado até que foi produtivo.
Agora é esperar que São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, me d6e uma ajudinha na hora de voltar pra casa...
E viva Maryland!
July 25, 2010
Espelho espelho meu, existe alguem com um barrigao mais diferente do que o meu?
Nao reparem a falta de acentos, mas o Blake desconfigurou os computadores aqui de casa e so vou consertar depois... Americano nao entende a importancia dos acentos!!!
Mudando de assunto, a foto do post de hoje e para matar a curiosidade de muita gente que ainda nao me viu barriguda. A foto nao e das melhores, pois eu tinha acabado de acordar e decidido ir a piscina aqui do condominio -- dai a cara de sono e a ausencia de producao qualquer. Mas quem liga para minha cara? O que todo mundo quer ver mesmo e a minha barriga de mercedes crescendo... Entao, voila!
Ontem, logo depois, ja na piscina, quando fiu entrar, um garotinho de mais ou menos seus seis anos nao tirava os olhos de mim. Assustado mesmo! Coitado! Nunca tinha visto uma "scarbelly" do tamanho da minha, tenho certeza. As gravidas por aqui costumam usar maios ou batinhas, mas eu ainda nao achei nada que goste, entao o pobre menino deve ter ficado duplamente chocado: uma louca mostra uma barriga daquele tamanho ainda com uma cicatriz enorme! Espero que ele tenha se recuperado do trauma e nao tenha tido pesadelos a noite.
Quanto a mim, estou otima obrigada! O Joaquim chuta e se mexe muito, e do Blake so escuto "Este vai ser jogador de futebol!" Nos tempos atuais, esta afirmacao da ate medo!
Bom domingo pra voces! Agora vou correndo para piscina!
July 19, 2010
Médicos brasileiros X Médicos americanos
Semana passada fui com a minha irmã levar as meninas ao pediatra. Consulta importante: uma ano da Giovanna e dois anos da Chiara. Já tinha sido devidamente avisada de que veria cenas fortíssimas, mas chegando lá percebi que a coisa ia ser pior do que imaginava. Já da porta do elevador, as duas mudaram completamente o comportamento e ao entrarem no consultório do médico, começaram a se queixar... Um chorinho daqui, uma empacadinha dali. Vi que não ia ser fácil.
Resumindo, na hora do exame, a cena foi uma mistura de O Exorcista com Bebê de Rosemary. As duas berravam, aliás urravam, e se debatiam o tempo inteiro. A Giovanna, que normalmente é uma fofinha, ficou tão enfurecida que decidiu manifestar seu ódio fazendo xixi na maca inteira do médico. Mesmo sendo contida por quatro pessoas, conseguiu se virar na hora da injeção. Verdade seja dita, o pânico era tanto que na hora da picada elas nem sentiram nada. Claro que separamos as duas para que uma não visse a consulta da outra, mas o pânico foi o mesmo. Até eu tive que segurar o choro. Mas o bom é que logo depois, passado o susto, elas já riam e brincavam. Eu agora já tenho uma vaga ideia do que me espera.
Mas logicamente fui a consulta com algumas dúvidas em mente e o médico, quando soube que eu morava em Maryland ficou um pouco curioso -- ele tinha passado um período em... Johns Hopkins! Na hora, expressei minha dúvida sobre a possibilidade da circuncisão, até pouco tempo padrão nos EUA, e hoje um pouco mais debatida. Ele foi tachativo e disse na hora: "Faça. Há estudos que comprovam os benefícios." Chamou a secretária e pediu que ela me entregasse um panfleto com os dados aos quais ele se referia. Na hora.
Muito diferente da conduta de um colega americano, imaginei. A grande maioria dos médicos americanos -- por medo de processo ou coisa parecida -- jamais emite uma opinião tão definitiva. A resposta é mais ou menos a mesma independente da pergunta. "Há de se avaliar se os benefícios são maiores que os riscos e esta é uma decisão que só você pode tomar," é o que ouço sem parar. Por isto, na maioria das vezes já vou com a minha pesquisa feita, com a minha opinião mais ou menos formada só para ver se não estou redondamente enganada. Até agora, não aconteceu. Mas confesso que sinto falta de um médico que se expresse mais livremente. Quando perguntei ao pediatra brasileiro se os pais estavam circuncisando mais os filhos, ele disse. "Não sei, mas é o que eu recomendo sempre."
Conversamos também sobre a estrutura médicas americanas e de novo ele manifestou opinião. "Converse com a equipe e exija um médico na hora do parto. [Ele estava se referindo às midwives (ou parteiras altamente qualificadas) que fazem parto por lá. é direito seu e é mais segurança para você e seu bebê."
Concordo com ele e, apesar de respeitar as opiniões alheias, com a minha experiência de paciente, tenho a minha formada também: quero todo o aparato médico e toda a tecnologia ao meu lado. Não me importo em tentar fazer o parto normal, mas estou preparada para o que der e vier. Não quero parto sem anestesia! Deus me livre sentir dor a toa! Já sofri demais e acho que ser mãe e amar o filho não tem nada a ver com autoflagelo. Se a medicina demorou tantos séculos para ter tantos avanços, não serei eu a contestar a ciência, que depois de Deus, é o que possibilitou que tantos dos meus sonhos se tornassem realidade.
Entendo que agora vou ser invadida por um monte de dilemas e decisões a serem tomadas, mas aos poucos vou resolvendo isto. Como acredito que cada etapa da nossa vida serve para nos preparar para outra que vem no futuro, tenho certeza que aos poucos vou encontrar o melhor caminho.
Resumindo, na hora do exame, a cena foi uma mistura de O Exorcista com Bebê de Rosemary. As duas berravam, aliás urravam, e se debatiam o tempo inteiro. A Giovanna, que normalmente é uma fofinha, ficou tão enfurecida que decidiu manifestar seu ódio fazendo xixi na maca inteira do médico. Mesmo sendo contida por quatro pessoas, conseguiu se virar na hora da injeção. Verdade seja dita, o pânico era tanto que na hora da picada elas nem sentiram nada. Claro que separamos as duas para que uma não visse a consulta da outra, mas o pânico foi o mesmo. Até eu tive que segurar o choro. Mas o bom é que logo depois, passado o susto, elas já riam e brincavam. Eu agora já tenho uma vaga ideia do que me espera.
Mas logicamente fui a consulta com algumas dúvidas em mente e o médico, quando soube que eu morava em Maryland ficou um pouco curioso -- ele tinha passado um período em... Johns Hopkins! Na hora, expressei minha dúvida sobre a possibilidade da circuncisão, até pouco tempo padrão nos EUA, e hoje um pouco mais debatida. Ele foi tachativo e disse na hora: "Faça. Há estudos que comprovam os benefícios." Chamou a secretária e pediu que ela me entregasse um panfleto com os dados aos quais ele se referia. Na hora.
Muito diferente da conduta de um colega americano, imaginei. A grande maioria dos médicos americanos -- por medo de processo ou coisa parecida -- jamais emite uma opinião tão definitiva. A resposta é mais ou menos a mesma independente da pergunta. "Há de se avaliar se os benefícios são maiores que os riscos e esta é uma decisão que só você pode tomar," é o que ouço sem parar. Por isto, na maioria das vezes já vou com a minha pesquisa feita, com a minha opinião mais ou menos formada só para ver se não estou redondamente enganada. Até agora, não aconteceu. Mas confesso que sinto falta de um médico que se expresse mais livremente. Quando perguntei ao pediatra brasileiro se os pais estavam circuncisando mais os filhos, ele disse. "Não sei, mas é o que eu recomendo sempre."
Conversamos também sobre a estrutura médicas americanas e de novo ele manifestou opinião. "Converse com a equipe e exija um médico na hora do parto. [Ele estava se referindo às midwives (ou parteiras altamente qualificadas) que fazem parto por lá. é direito seu e é mais segurança para você e seu bebê."
Concordo com ele e, apesar de respeitar as opiniões alheias, com a minha experiência de paciente, tenho a minha formada também: quero todo o aparato médico e toda a tecnologia ao meu lado. Não me importo em tentar fazer o parto normal, mas estou preparada para o que der e vier. Não quero parto sem anestesia! Deus me livre sentir dor a toa! Já sofri demais e acho que ser mãe e amar o filho não tem nada a ver com autoflagelo. Se a medicina demorou tantos séculos para ter tantos avanços, não serei eu a contestar a ciência, que depois de Deus, é o que possibilitou que tantos dos meus sonhos se tornassem realidade.
Entendo que agora vou ser invadida por um monte de dilemas e decisões a serem tomadas, mas aos poucos vou resolvendo isto. Como acredito que cada etapa da nossa vida serve para nos preparar para outra que vem no futuro, tenho certeza que aos poucos vou encontrar o melhor caminho.
July 14, 2010
Joaquim, Joaquin, Jo...who?
A ultra confirmou o que eu e quase todo mundo ja sabiamos. Depois de duas sobrinhas lindas e foferrimas, o Blake e eu vamos ganhar nosso primeiro filho, um homem. Minha irma ganha o primeiro sobrinho e meus pais o primeiro netinho!
Estamos muito felizes! E a chegada do Joaquim deve acontecer no inicio de dezembro, ou seja, ate la, de qualquer jeito temos que estar preparados para ele.
O que pouca gente sabe e que muito antes de o Joaquim nascer ou sequer ser programado ele ja tinha nome. Mas ao contrario de muitos pais, o nome do noso bebe nao saiu de um livro dos nomes ou teve alguma celebridade como inspiracao. Tambem nao e tipicamente americano, o que causa surpresa a muita gente. O nosso filho vai ser batizado em homenagem ao medico que salvou a minha vida e que tornou todo o resto possivel, o Dr. Joaquim Ribeiro. Homenagem mais do que merecida diga-se de passagem. O que descobrimos tambem foi que o significado do nome tambem tem tudo a ver. Na traducao do original hebraico, quer dizer "O que Deus deu [um filho].
Como e homenagem ao medico, devemos manter a grafia portuguesa, com M no final, o que certamente vai causar alguma confusao, mas nada que va dificultar muito a vida dele, pelo contrario, vai tornar mais interessante. [Palavra de quem se chama Danielle, nao Daniele ou Daniella!]
Parece que aqui e entre meus amigos no Brasil e nos EUA, o nome e um grande sucesso, mas a batalha do Blake deve ser um pouco mais ardua. A avo, unica pessoa da familia dele que foi informada do nome ate agora, ja perguntou por que vamos usar um nome que ninguem consegue falar... Perai, cara-palida, entao o resto da populacao do planeta nao conta? De qualquer jeito ele ja escreveu um tratado informando a familia sobre a nossa decisao e fazendo uma clara exposicao acerca do nome.
Uma amiga de trabalho do Blake tambem perguntou o nome e quando ouviu a resposta disse: "Voce quer dizer Joaquin" -- com som de "r", em espanhol. Ja decidi que dos males no menor Joaquim, pronunciado Jo-ah-kim ou Roah-kin, soa bem do mesmo jeito...
O que me importa mesmo e que o Joaquim venha cheio de saude. Que seja um homem bom e feliz.
July 6, 2010
Culpa do Felipe Mello
July 2, 2010
E a Vida que Segue...
Depois de saber da derrota do Brasil trancada em sala de reunião, com dois americanos, um inglês, um escocês, um hondurenho e uma americana, a brasileira aqui tenta se recuperar...
O mais engraçado é que a reunião/media training era coisa séria e peparação para o marco de seis meses desde o terremoto no Haiti, mas a cebeça estava mais no jogo do que em outro lugar. O Blake ia me mandando o placar por SMS e eu mal podia me conter.
Lá pelas tantas, recebo os últimos SMS "Orange 2x1" e "Sorry", bem na minha hora de falar. Quase perdi o rumo da prosa e comecei com "Bem, acabei de saber que o Brasil perdeu, mas acho que devemos colocar mais estatísticas sobre o número de empregos gerados no Haiti, blablablá." Os gringos, meio incrédulos, perguntaram "O quê?" Respondi rápido: "É isso aí, o Brasil perdeu, mas o Haiti..." Um diretores então diz, "Deixa o Haiti para lá, como assim? Respira! Explica para gente o que aconteceu. Como assim o Brasil perdeu? Tá falando sério?"
Então o meu chefe, que não presta, vira a câmera -- que estava ligada para o media traning -- e começa a narrar, enquanto eu falava com o resto do grupo: "Senhoras e senhores, um momento trágico e de muita tristeza toma conta desta sala. Aqui, ao meu lado, uma brasileira inconsolável relata..."
Muito moleque! Só ele mesmo para me fazer rir da derrota e de mim mesma... Agora é rezar pro Mick Jagger aparecer no jogo da Argentina.
Brasil 2014! Até lá vamos ver se descolo um trabalho temporário. Se alguém souber de alguma coisa ou conhecer alguém do comitê organizador, pode passar meus dados please!
O mais engraçado é que a reunião/media training era coisa séria e peparação para o marco de seis meses desde o terremoto no Haiti, mas a cebeça estava mais no jogo do que em outro lugar. O Blake ia me mandando o placar por SMS e eu mal podia me conter.
Lá pelas tantas, recebo os últimos SMS "Orange 2x1" e "Sorry", bem na minha hora de falar. Quase perdi o rumo da prosa e comecei com "Bem, acabei de saber que o Brasil perdeu, mas acho que devemos colocar mais estatísticas sobre o número de empregos gerados no Haiti, blablablá." Os gringos, meio incrédulos, perguntaram "O quê?" Respondi rápido: "É isso aí, o Brasil perdeu, mas o Haiti..." Um diretores então diz, "Deixa o Haiti para lá, como assim? Respira! Explica para gente o que aconteceu. Como assim o Brasil perdeu? Tá falando sério?"
Então o meu chefe, que não presta, vira a câmera -- que estava ligada para o media traning -- e começa a narrar, enquanto eu falava com o resto do grupo: "Senhoras e senhores, um momento trágico e de muita tristeza toma conta desta sala. Aqui, ao meu lado, uma brasileira inconsolável relata..."
Muito moleque! Só ele mesmo para me fazer rir da derrota e de mim mesma... Agora é rezar pro Mick Jagger aparecer no jogo da Argentina.
Brasil 2014! Até lá vamos ver se descolo um trabalho temporário. Se alguém souber de alguma coisa ou conhecer alguém do comitê organizador, pode passar meus dados please!
July 1, 2010
Aberrações
Hoje vi uma matéria no Today Show que me chamou bastante atenção. O assunto tratado era maternidade em idade avançada. Tudo bem, que aos 36, escuto isto aos montes cada vez que tento marcar um exame. "Você não quer aconselhamento genético, levando em consideração sua idade materna avançada?," as recepcionistas sempre me perguntam. Fico me perguntando aonde anda minha bengala... A minha resposta é sempre a mesma “Não, obrigada.” Não que eu desdenhe da ciência ou que não esteja ciente dos riscos associados à minha gravidez, mas acho que agora é tarde demais para este tal aconselhamento. Decidi que queria ser mãe depois de avaliar riscos e benefícios, agora vou em frente.
Mas estou fugindo do assunto. No caso da matéria, a mãe mais velha tinha 71 anos e um bebê de um!!!! Por causa da idade, sofria de muitas complicações de saúde, algumas provenientes da cirurgia e, imagino, do tratamento. Mas dizia-se feliz. Ao que parece, na Índia existe um enorme estigma associado às mulheres sem filhos. Só que o que me espantou de verdade, não foi um caso, ao que parece, no país há cada vez mais casos de mães acima dos sessenta anos tendo filhos.
Se no passado, a menopause era o limite, hoje a ciência torna possível uma gravidez depois aos 70 anos! Basta usar os óvulos de uma mulher bem mais nova, o esperma do parceiro ou de algum doador, entupir-se de hormônios, e voilá. Claro que grande parte destas mulheres tenta inúmeras vezes até atingir o objetivo. A pergunta que não quer calar é “Cientificamente é possível, mas até que ponto é ético?”
Longe de mim querer julgar as pessoas ou deixar de tirar vantagem da ciência – até hoje minha enorme aliada – mas fico pensando na saúde de mães e filhos e, mais a longo prazo, em caso de morte da mãe, como ficarão estas crianças? Claro que ninguém sabe o dia que vai morrer e tem muita mulher jovem que deixa os filhos órfãos, mas as estatísticas não mentem e a chance de alguém morrer ou adoecer gravemente aos 70 é bem maior do que aos 20 ou 30.
Do ponto de vista egoísta, ainda há mais pontos a favor das mães mais jovens. (Não pensem vocês que ainda não pensei no assunto...) Mas se uma mãe jovem se for – como no caso da Lilian e da Monica, que faleceram aos seus 30 e poucos anos – ainda há o pai jovem que pode cuidar da criança, auxiliado pelos avós, ainda vivos muitas vezes. Se a senhorinha de 70 anos partir, fico pensando quem vai tomar conta do bebê dela. Aconteceu com a espanhola que causou grande polêmica ao dar a luz a duas crianças em 2006. Ela faleceu em 2009 de câncer de mama e cogita-se que as drogas potentes usadas no tratamento de fertilização possam ter feito a doença se espalhar.
Mas estou fugindo do assunto. No caso da matéria, a mãe mais velha tinha 71 anos e um bebê de um!!!! Por causa da idade, sofria de muitas complicações de saúde, algumas provenientes da cirurgia e, imagino, do tratamento. Mas dizia-se feliz. Ao que parece, na Índia existe um enorme estigma associado às mulheres sem filhos. Só que o que me espantou de verdade, não foi um caso, ao que parece, no país há cada vez mais casos de mães acima dos sessenta anos tendo filhos.
Se no passado, a menopause era o limite, hoje a ciência torna possível uma gravidez depois aos 70 anos! Basta usar os óvulos de uma mulher bem mais nova, o esperma do parceiro ou de algum doador, entupir-se de hormônios, e voilá. Claro que grande parte destas mulheres tenta inúmeras vezes até atingir o objetivo. A pergunta que não quer calar é “Cientificamente é possível, mas até que ponto é ético?”
Longe de mim querer julgar as pessoas ou deixar de tirar vantagem da ciência – até hoje minha enorme aliada – mas fico pensando na saúde de mães e filhos e, mais a longo prazo, em caso de morte da mãe, como ficarão estas crianças? Claro que ninguém sabe o dia que vai morrer e tem muita mulher jovem que deixa os filhos órfãos, mas as estatísticas não mentem e a chance de alguém morrer ou adoecer gravemente aos 70 é bem maior do que aos 20 ou 30.
Do ponto de vista egoísta, ainda há mais pontos a favor das mães mais jovens. (Não pensem vocês que ainda não pensei no assunto...) Mas se uma mãe jovem se for – como no caso da Lilian e da Monica, que faleceram aos seus 30 e poucos anos – ainda há o pai jovem que pode cuidar da criança, auxiliado pelos avós, ainda vivos muitas vezes. Se a senhorinha de 70 anos partir, fico pensando quem vai tomar conta do bebê dela. Aconteceu com a espanhola que causou grande polêmica ao dar a luz a duas crianças em 2006. Ela faleceu em 2009 de câncer de mama e cogita-se que as drogas potentes usadas no tratamento de fertilização possam ter feito a doença se espalhar.
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