Escrever nunca foi difícil para mim. não sei explicar bem, mas é algo muito instintivo, é quase como respirar ou beber água, então o blog sempre foi um depositário de ideias que povoam a minha cabeça e ao mesmo tempo uma espécie de terapia virtual. Ultimamente, entretanto, tenho tido muita dificuldade de vir aqui.
Nos últimos três meses, não parei de escrever. Nem poderia, escrevo para viver. Então durante este tempo, escrevi capítulo de livro, discurso, colunas em jornais, manuais, coleção de perfis, ensaios e relatórios. Dei voz a muita gente e vida a muitos projetos, mas não conseguia achar a minha voz.
Me escondi atrás de personagens: fui pequena empresária na Libéria, catadora de lixo na Índia, prefeita mirim na Palestina e CEO nos Estados Unidos. Fui todo mundo, menos eu. Sempre que procurava falar um pouco de mim, me deparava com um vazio enorme, a imensa lacuna da perda de alguém muito especial. Uma sensação estranha e difícil de explicar. A gente se sente completamente oca, sem alma, sem chão, sem assunto, sem vontade. Totalmente vulnerável.
Sempre escrevi para colocar minhas ideias e minha vida em ordem, para me situar no meio do caos, para achar meu rumo. No momento ainda ando meio perdida, mas aos poucos vou procurar a vir mais aqui...devagarzinho espero logo reencontrar a minha voz, que ultimamentetem andado presa na garganta.
August 31, 2012
August 13, 2012
Família
Depois de três meses de um inverno rigoroso na minha alma, aos poucos quero voltar ao blog, pois surpreendentemente é um dos maiores canais de comunicação que tenho com tantos amigos nesta vida corrida.
As fotos acima são do último aniversário da Chiara e da Giovanna, há um mês, quando corajosamente Joaquim e eu fomos ao Brasil pelo primeira vez sem o Blake. Entre ataques e choradeiras, sobrevivemos todos! Nossa temporada no Rio foi ótima e pudemos realmente aproveitar a família e a hospitalidade carioca...
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