April 12, 2009

Acupuntura


Ontem foi a minha primeira consulta aqui. Este lugar que achei a uns 10 minutos de casa é sinceramente o segredo mais bem guardado de Howard County: uma faculdade de pós-graduação em artes curativas, ou medicina alternativa. Cada vez que vou lá, tenho uma supresa melhor do que a outra.

Acabei chegando atrasada pois dormi tarde na noite anterior e por causa do tempo horrível que fez aqui ontem, meu GPS se recusou a trabalhar e, como quase nunca vou de casa para lá, errei o caminho. Claro que vale lembra que meu senso de direção é INEXISTENTE, mais uma coisa herdada da minha mãe, que é completamente desorientada, assim como eu.

Ao chegar lá, felizmente fui avisada que eles também estavam atrasados. Ufa! Nada pior que chegar atrsada para uma consulta gratuita, né? Preencho a ficha rapidamente e depois de alguns minutos, sou levada a uma salinha, onde aguardo a acupunturista. Dentro de pouco tempo, entra uma mulher de longos cabelos ruivos, uns trinta e poucos anos e enormes olhos verdes. A voz dela é doce e ela parece que flutua. (Pode ser impressão minha, mas este pessoal de yoga e acupuntura me passa uma tranquilidade enorme).

Ela se apresenta e pede para que eu fale um pouco de mim. Faço um resumo nem tão breve assim dos meus últimos anos, e óbvio que o fígado vem a tona. Ela presta atenção e anota tudo. Ela me explica que o fígado é regido pelo fogo, de acordo com os princípios da medicina chinesa, e este órgão também tem efeitos na nossa personalidade, nos torna determinados e cheios de energia, quando em equilíbrio. Em desequilíbrio, pode nos tornar agressivos ou letárgicos. Ela me diz também que na medicina chinesa, podemos tirar a maior força de onde existe a maior fragilidade e que o tratamento vai focar no meu fígado e no meu equilíbrio, a fim de me manter saudável e livre de câncer.

Ela me pede para virar de bruços, me explica sobre as agulhas e eu digo a ela que já faço acupuntura há anos e não tenho medo de agulha (agora!). Tiro a blusa, me deito e ela coloca um monte de agulhinhas bem fininhas nas minhas costas. Depois disso, ela sai da sala e eu fico lá sozinha ouvindo um CD com o barulho das ondas (afinal estamos em Maryland!). Desta vez, não durmo, mas fico meio grogue.

Passado o tempo, ela volta, retira as agulhas e me diz que hoje vou me sentir meio cansada/relaxada e que devo evitar embates, já que meu corpo energético está aberto. No dia seguinte devo me sentir bem melhor, após uma noite muito bem dormida.

Dito e feito. Chego em casa e, ao contrário do que normalmente acontece, resolvo tirar uma soneca à tarde... Só saio à noite, já me sentindo melhor.

Dormi uma noite muito tranquila e hoje acordei mais disposta do que ultimamente. Tomara que o tratamento mesmo! Volto lá sábado que vem...

Agora, além da yoga, incluo acupuntura, chás medicinais e massagem na minha agenda. Se dentro de poucos meses eu não me tornar zen, acho que posso me considerar um caso perdido!

6 comments:

Cristina said...

Dani,
minha mãe tá fazendo e tá viciada nas agulhinhas - legal! Mas e malhação, na sua agenda? Sente a cobrança de cá rsrs

Anonymous said...

Dani, vc viu a reportagem do fantastico de hj que fala sobre a doacao de orgaos no Br? Foi tao emocionante, fiquei penalizada pela situacao das pessoas que estao na fila a espera de um orgao. Nao sei pq me deu vontade de vir aqui desabafar um pouquinho.

Um beijo no coracao,

Tata.

Fernanda França said...

Eu disse que era bom! rs... sou fã, faço há alguns anos e toda semana. Às vezes paro, depois volto porque mesmo quando estou bem, é um equilíbrio e paz enormes para mim. Beijos!

Dani said...

Oi Cris,

Agora com o tempo melhor, vou passar a caminhar no meu novo bairro e intensificar ainda mais as yoga. Já decidi que academia não é pra mim...sou claustrofóbica ;)

Tata,

A reportagem foi linda, espero que o paciente consiga logo um transplante. Que agonia, coitado!

Fê,
Acupuntura eu já tinha feito e sabia quer ia gostar mas adorei a terapeuta! Valeu pela força!

Bjs

Isabella said...

Que delícia, Dani! Queria tanto achar um(a) bom(a) acunputirista aqui perto de mim... Não tenho carro então ter ser possível ir a pé, de metrô ou ônibus.

bjs

Cristina said...

Dani,
caminhar é uma ótima! Não adianta ficar zen se o corpo não responde à altura. Mas vem cá, e quando o tempo fica ruim? Ai ai ai, vou ter que falar com seu marido rsrs??? bjs,
Cris
ps: indo para a academia pq não é claustrofóbica, ama receber ordens da professora de body combat e andar na praia de Botafogo é perigoso :-)